"- Logan, pare, por favor... - Eu me debatia inquietantemente debaixo dele implorando para que ele parasse, mas Logan ignorava meus pedidos e continuava a beijar meu pescoço e meu colo. Enquanto sua boca ficava encarregada de marcar minha pele, suas mãos desciam minha calcinha e logo trataram de fazer a mesma coisa com seu jeans.
Eu chorava baixinho, totalmente sem folego ou disposição para continuar a me debater, não tinha mais escolhas e nem salvação, Logan realmente iria fazer aquilo comigo... Antes que eu pudesse me preparar fisicamente e psicologicamente para o que iria acontecer, ele me penetrou profundamente e com força me fazendo gritar de dor..."
- Anahí... - Uma voz doce ecoava no fundo me fazendo voltar preguiçosamente à realidade. - Anny, meu anjo, acorde... - Eu abri meus olhos lentamente piscando várias vezes para tentar me acostumar com a claridade do ambiente, Alfonso estava sentado ao meu lado na cama e me olhava atentamente um tanto preocupado. - Foi só um sonho ruim... - Ele sorriu de leve e eu suspirei me espreguiçando. Instantaneamente meu corpo todo reclamou, meus músculos estavam terrivelmente doloridos e uma exaustão tomou conta de mim, depois de uma noite praticamente em claro tendo pesadelos todas as vezes que conseguia relaxar, era de se esperar que no dia seguinte eu estivesse no mínimo imprestável.
- Que horas são? - Minha voz saiu como um sussurro por eu ter acabado de acordar e eu me concentrava em manter meus olhos abertos.
- São oito e meia ainda, eu acordei para levar Emily para o treino mas já vou voltar a dormir... Desculpe ter te acordado, mas você parecia estar sofrendo com o pesadelo. - Ele disse encolhendo os ombros como se pedisse perdão.
- Tudo bem. - Suspirei fundo mais uma vez e tentei esboçar um sorriso leve para tranquiliza-lo.
- Durma, Anny, você parece exausta... Eu vou me deitar de novo também.
Sem falar nada, eu apenas aceno com a cabeça e o assisto tirar sua regata e a bermuda ficando apenas de cueca para então voltar a se deitar. Alfonso se aconchegou ao meu lado na cama e então me puxou para seus braços me deitando em seu peitoral.
Mesmo que eu estivesse um tanto atordoada pelo sono, não pude deixar de sorrir deslumbrada pelo seu gesto carinhoso. Aninhei-me melhor em seus braços sendo envolvida pelo seu calor enquanto seu cheiro delicioso me inebriava aos poucos e me empurrava cada vez mais para a inconsciência. Aquela mesma sensação de segurança e paz ao estar em seus braços me atingiu e eu me entreguei à inconsciência sem temer pelos meus pesadelos que provavelmente viriam... Eu estava nos braços de Alfonso, a muralha em volta de mim estava erguida e era isso que importava.
Como era possível isso? Como que uma pessoa tinha tanta influencia sobre outra dessa forma? Alfonso me fazia um bem imenso que nem se eu passasse o dia inteiro tentando explicar era possível de ser entendido. Alfonso me fez uma pessoa completamente diferente, ele havia criado uma nova Anahí que nem eu sabia que existia, com apenas um sorriso ou demonstrações de carinho eu baixava toda minha retaguarda me deixando completamente submissa a ele. Às vezes eu me perguntava se ele fazia ideia o quão vulnerável e frágil ele me deixava, eu não sabia com o que estava lidando, era uma amadora no assunto, nunca imaginei me sentir daquela forma em relação a uma pessoa e muito menos sustentar um sentimento com tamanha imensidão por ela. Era a primeira vez que me apaixonara de verdade e eu estava me entregando de corpo e alma a essa paixão, sem nem pensar nas consequências que ela pudesse me trazer caso não desse certo, eu tinha plena consciência de que ficaria devastada se algo acontecesse, mas não podia deixar de me envolver cada vez mais com ele ou impedir o sentimento que se mostrava cada vez mais presente em meu peito...
Eu queria poder contar a Alfonso o que realmente sentia por ele, mas temia sua reação, provavelmente ele não iria reagir como eu esperava e eu entendia perfeitamente o seu lado, nós tínhamos acabado de concordar em tentar assumir um relacionamento e falar que eu estava apaixonada por ele iria contra o nosso acordo de ir com calma... Só queria saber se valia mesmo a pena investir nesse sentimento, se era seguro e claro, se o que eu sentia era recíproco...
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Soho Dolls (Adaptada)
RomanceAnahí Portilla era uma prostituta de vinte e três anos. Alfonso Herrera um médico bem sucedido de trinta e três. Ela perdera os pais aos dezesseis e ele a esposa aos vinte e nove. Ela não tinha ninguém e a única pessoa que ele possuía era sua filha...