E Lá Vamos Nós...

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Era sexta de manhã. Felippe não havia ido trabalhar, mas quando Raffa acordou ele também não estava no quarto, ela tomou um banho e desceu. Felippe estava esperando-a para tomar café.

- Bom dia. - ela disse ao entrar

- Bom dia. - ele disse seco sem olhá-la.

- Você já arrumou suas coisas? - Perguntou tentando quebrar o clima

- Por que o interesse? - ele a encarou

- Só queria saber se você precisa de ajuda. - ela disse num tom suave

- Não, eu não preciso.

:: Aline só pode estar louca, eu gostando do Felippe? Deus que me livre, homem grosso, não tem a menor educação ::

Terminaram o café. Rafa foi para a biblioteca. E Felippe foi fazer a mala.
Pronto estava tudo arrumado. Já eram 17h20. Rafa subiu e foi tomar um banho. Se trocou. Felippe tomou um banho rápido e também se trocou. Desceram e foram esperar Alfredo.

Ficaram na sala de estar. Não ouve troca de olhares muito menos palavras ditas. Mas a beleza e o modo como Felippe estava vestido deixa ela inquieta.

Dulce informou-lhes que Alfredo os esperavam do lado de fora da mansão.
O carro era enorme, cabiam 7 pessoas, então Rafa ficou mais aliviada em pensar na possibilidade de não sentar-se perto da irmã.

Alfredo desceu do carro e os ajudou a guardar as malas. Miriam e Patricia estavam no banco de trás. Alfredo entrou para dirigir, e abriu a porta do carona para Felippe entrar.

- Vamos Felippe entre.

- Prefiro ir ao lado de minha esposa.

- Como quiser.

Rafaella estava de queixo caído, ele queria sentar do lado dela?

Felippe abriu a porta para ela entrar, Sentaram-se na parte de trás do caro, atras de Miriam e Patricia. Felippe passou o braço pelos ombros de Rafa, o que fez ela olhá-lo confusa.
Ele colou os lábios no ouvido dela e disse:

- Sabe fingir ? - ele sussurrou.

Ela olhou para ele sem entender muito. Até que lembrou o que Aline lhe disse no dia de seu casamento "Aparência e fingimento, essas duas palavras agora farão parte da sua vida." É aquilo começava a fazer sentido. Ela balançou a cabeça confirmando a resposta dele.
Ele voltou os lábios no ouvido dela, dessa vez mais próximos e disse:

- Então você sabe o que fazer. - disse num sussurro rouco. O que fez a morena arrepiar-se inteira.

Ela baixou os olhos e mais uma vez balançou a cabeça concordando. Ele subiu os lábios e deu um beijo em sua cabeça. Patricia não estava exatamente sentada para frente estava sentada de lado. E cada 10 minutos olhava para Felippe.

A viagem seria incrivelmente longa, isso era fato.

Felippe e Alfredo começaram a falar sobre a empresa. Alfredo elogiava o empenho dele.

Por volta de umas 20h00, Rafa estava com muito sono. E acabou cochilando no ombro de Felippe mas acordou rapidamente quando se deu conta que dormia no ombro dele.

- Está com sono?

- Um pouco .... - disse passando as mãos no rosto

- Durma um pouco. - disse colocando a mão sobre a cabeça dela, para que deitasse no ombro dele novamente.

Rafa ficou um tanto surpresa com a atitude dele, mas logo lembrou-se de que tudo aquilo não passava de fingimento. Felippe continuou com a mão sobre a cabeça dela e fazia carinho em seus cabelos. Rafa percebeu que Patricia olhava a cena. Ela riu por dentro.

Rafaella não conseguiu pegar no sono novamente, mas ficou quietinha no ombro do marido. De repente ele a olhou. E percebeu que a morena estava acordada.

- Achei que estava dormindo.

- Não consegui dormir. - ela disse sem graça.

Felippe continuou a encará-la, passou a outra mão pelo rosto de Rafaella, e sem que ela tivesse qualquer reação ele colou os lábios no dela. Beijaram-se com ternura. Rafaella não queria mas não conseguiu resistir aquele homem. Patricia assistia a cena com os olhos grudados neles. (menina gansa). Terminaram o beijo com um selinho. Rafa estava pasma. O beijo tinha sido incrivelmente bom e diferente. Olharam-se e de repente o carro parou.

Pararam em um posto de gasolina. Todos desceram, usaram o banheiro e foram comer algo. Já estavam próximos da fazenda, e o frio era cortante. Rafaella estava com os lábios quase azuis de tanto frio. Felippe havia ido comprar algo. Ela estava em pé, com os braços em volta do corpo. Sentiu algo quente em cima dos ombros. Era Felippe, ele havia tirado o próprio casaco e dado a ela. Ela sorriu como um agradecimento.

Voltaram para o carro.

Seguiram viagem novamente. Rafaella estava realmente com muito frio ainda, Felipe voltou os braços em volta dos ombros dela, ela passou os braços pela cintura dele. Foram assim até o sitio mais ou menos uns 40 min e chegaram.

Um Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora