Trégua?

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Rafa se encolheu. Deus, a expressão dele era assustadora! Aquele homem era perigoso.

-C-como chegou até aqui?- Ela perguntou num fio de voz.- Como me-me achou?

- Isso não interessa, o que importa é que a achei antes que fizesse uma idiotice!- Ele disse alto, furioso.

Se aproximou mais dela e a sacudiu pelos ombros.

- Nem queira pensar no que teria acontecido se tivesse partido, Rafella!- Ele gritou.- Não me conhece...acho bom não tentar nunca mais uma coisa assim! Eu iria atrás de você nem que fosse no inferno, e a traria de volta!

Rafaella gelou.

- Eu esperei muito para tê-la, e não seria idiota de perdê-la a! Você é minha, só minha... aceite isso.- Ele disse baixando a voz e a olhando no fundo dos olhos.

Rafaella estava tão assustada que não conseguia sequer mover a boca para dizer algo.

- Deus meu, você é uma desmiolada mesmo!- Ele disse de repente.- Está congelando!

Felippe tirou o próprio casaco e passou pelos ombros dela.

- Você é frágil demais, pequena demais...pode pegar uma pneumonia!- Ele murmurou com frieza, abotoando o casaco ao redor da morena.

Quando foi fechar os botões na frente, sua mão roçou sem querer no seio de Rafa e ela sentiu-se quente por dentro, de embaraço. Olhou para Felippe mas ele não pareceu ter notado.

- V-você...

- Silêncio, está tremendo.- Ele mandou, apanhando a maleta da mão pequena dela. - Espero não vê-la mais em situação parecida. Foi tão tola que arriscou sua saúde por uma ideia absurda. E não só a saúde, mas a vida também! - Ele disse olhando-a irritado. - Tem ideia do que poderia ter-lhe acontecido por estar sozinha na rua à essa hora?! Poderiam ter te atacado e abusado de você, sem que pudesse chamar ajuda! Poderia estar morta! Será que não pensou nisso?!

Rafaella estava de olhos arregalados, chocada.

- Não...
- Nunca vou deixar que escape de mim.

Felippe pareceu feroz quando a olhou, e de repente se inclinou e devorou a boca dela com a sua.

Felippe a apertou contra seu corpo por um momento, machucando-a, e em seguida a soltou.

- Vou levá-la de volta para casa.- Ele murmurou sem olhá-la.- E nem tente fugir de novo; terão vários seguranças meus ao redor da Mansão até amanhã de manhã.

Rafa o olhou, infeliz e indignada.

- Você é cruel...e não gosto de você.

- Que pena.- Ele deu um sorriso perverso para ela, a puxou pela mão com força.

Naquela noite, foi dito e feito. Ele fez Rafa entrar em casa.

- Vá tomar um banho quente.

Ela tremia-se de tanto frio. Mal conseguia andar. Felippe a tomou nos braços, e a levou para o banheiro. Colocou-a de pé, e tirou a roupa dela.

- Vai me dar banho de novo ? - ela disse com o dentes batendo de frio.

- Sim.

Felippe encheu a banheira e a colocou dentro.

Assim que entrou em contato com a água quente os seios de Rafa ficaram arrepiados pelo frio, e Felippe desceu os olhos para observar isto na mesma hora. Ele não aguentou e entrou na banheira junto com ela. Rafaella ficou com medo e se encolheu toda, como um bichinho encurralado. Felippe a puxou pela mão. Fazendo-a sentar-se em seu colo. Ele a agarrou e a beijou. Um beijo quente, e cheio de malícia. Por incrível que fosse Rafaella estava gostando.
Era um beijo bom, e estava despertando muitas reações que ela nunca havia sentido. Ele deitou-a, fazendo-a apoiar a cabeça na bordada banheira.

Um Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora