Eu não sabia que você já sabia

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- Eu posso explicar. - Romeo Mateo disse assim que conseguimos sair do salão de festas.

- Não. - eu disse. - Não precisa. Sério.

- Ah, Dios. Você deve estar pensando que sou mais um cara famoso que se aproveita das chicas. Não sou assim, juro.

- Não. Eu sei que você não é assim. Na verdade, eu já sabia que você era famoso e tudo mais. Para ser totalmente sincera, eu sou sua fã.

Ele me encarou, com o rosto inexpressivo. Não sabia no que ele pensava, e isso era angustiante.

Estraguei tudo, pensei assim que disse a verdade.

- Eu no sabia que você já sabia. - ele disse baixinho.

Nunca em toda a minha vida me senti mais idiota.

- Desculpa. Eu deveria ter dito a verdade desde o início. - admiti.

Ele respirou fundo.

- Bom, no podemos mudar o passado. Ãhm... quer dizer, tudo bem. Só espero que você no tenha sido uma... como se diz? Falsiane?

Ri.

- Não! Não fui uma falsiane contigo. No início não soube muito bem como agir a essa situação. Mas depois... me senti não como uma fã, sabe? Mas como se fosse, sei lá, sua amiga.

- Mi amiga? - ele perguntou sorridente. - Talvez.

- Enfim, pra onde vamos agora? - perguntei. - De volta ao aeroporto?

Ele olhou as horas.

- No. Ainda é cedo. Vamos aproveitar um pouco mais. A propósito, você encontrou o Jason?

Refleti durante uns segundos se contava ou não tudo o que aconteceu, mas enfim disse:

- Sim, e falei que ele era um babacão.

- Essa é mi chica! - ele disse estendendo a mão para um high - five.

- Então, como podemos aproveitar um pouco mais? - perguntei ansiosa e aflita para a próxima aventura.

- Deixa eu ver o que temos acá. - Romeu disse revirando os bolsos. - Mi identidade, uma goma sete belos e... ah! Achei! - ele disse mostrando-me dois tickets.

- O que é isso? - perguntei.

- Dois acessos livres ao rodízio de pizza mais caro de Rio. Aquela chica, Larissa, me deu em agradecimento. Pelo que eu entendi o pai dela é o dono, além de ser político. Achei estranho ela andar com acessos livres à pizzaria do pai até em sua festa de 15 anos, mas, enfim, só agradeci. Tô verde de fome, você também deve estar, não é?

Concordei.

- Você quer que eu chame um táxi? - perguntei.

- No será preciso. - ele disse acenando para um homem vestindo um terno à lá choffer. - Vamos agora. - Romeu disse ao homem, que abriu a porta de uma Limousine que estava à nossa frente. - A Larissa também me emprestou a Limousine. Vamos?

- Nossa, deve ser muito bom ter fãs que te dão acesso livre a tudo.

Ele riu.

- Nem tudo, chica nerd. Nem tudo...

E entramos.

Na minha humilde opinião, toda pessoa deveria ter a oportunidade de andar de Limousine pelo menos uma vez na vida. Claro que minhas opiniões geralmente são utópicas. Mas, sério, andar de Limousine foi incrível!

Depois de inteiros cinco minutos falando "olha isso" e "olha aquilo" para cada legal e diferente que via no carro, parei, sentindo-me uma criança que acaba de descobrir como veio ao mundo. Às vezes eu esquecia que estava com Romeo Mateo, um astro rico!

Probabilisticamente ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora