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  Acordei com o despertador tocando em meus ouvidos, infelizmente já marcavam oito e trinta e cinco no meu relógio.
  Dou um pulo da cama, calço minhas pantufas e vou direto ao banheiro tomar um banho e fazer minhas higienes.
  Deixei a água quente cair pelo meu corpo inteiro, observando cada gota deslizar dos meus braços aos meus pés.
  Logo após de um banho muito relaxante, volto novamente ao meu quarto para trocar de roupa. Visto uma calça jeans branca e uma blusa larga azul, e desço para tomar café junto dos meus pais.
  Ao descer as escadas, vejo eles já acordados sentados na cozinha, em frente à janela que dava vista ao nosso belo jardim de inverno.

- Bom dia meu amor, dormiu bem? - Disse minha mãe, com sua voz calma e doce, pegando um dos confeitos que estavam ao meio da mesa.

- Dormi bem sim, e vocês?

- Dormimos bem também, sente-se para comer filha. - Disseram meus pais em conjunto.

  Logo depois, meu pai se levantou, me deu um beijo na testa e saiu para trabalhar e resolver os negócios.
  Terminei de comer minhas torradas e tomar meu suco de laranja para logo subir ao meu quarto e fazer meus deveres.

  Assim que vesti me uniforme, arrumei meus cabelos castanhos e passei um batom roxo fraco, almocei e fui a escola. Me despedi da minha mãe, dei um forte abraço nela e sai.
  Ainda no caminho me encontro com Gabrielle, minha melhor amiga. Ela era linda, tinha cabelos castanhos e lisos que caíam como uma cascata sob seus ombros e seus olhos eram negros como a noite, era órfã e morava no famoso Orfanato Brilho de Sol.
  Quando chegamos à um edifício vermelho, com letras brancas que escreviam: Colégio de Nova Orleans. Entramos em nossa sala e nos sentamos nas carteiras do fundo.
  A primeira aula foi de Geografia com a professora Ana. Depois fomos ao laboratório para a aula de ciências do professor Marcelo, ele era legal e adorava fazer piadas durante as aulas.
Quando estávamos prestes a terminar a terceira experiência do dia, o sinal para o recreio tocou então eu e Gabi fomos ao pátio onde havia a recreação. A voz da diretora Elisa nos desejando uma Boa Tarde saiu pelos alto falantes. Assim que pegamos nossas bandejas do almoço, encontramos nossas outras amigas a Júlia e a Nicole, então passamos o recreio inteiro conversando sobre coisas banais e comendo.
  Seguimos o corredor e fomos a sala de aula para a aula de Português. Quando acabou a aula, a Gabi foi para o Orfanato e eu para minha casa.
  No meio do caminho, sinto um leve arrepio subir minha espinha e algo ruim, imediatamente penso em meus pais e na Gabrielle.
  Começo a andar mais rápido até chegar em casa, preocupada com o "presságio" que tive. Quando entrei estava tudo escuro, fui acender a luz mas a mesma não acendia.
  Escutei barulhos vindo do porão e resolvi descer até que vejo a pior imagem da minha vida: Os corpos desfalecidos dos meus pais caídos no chão e dois homens de preto ao redor deles. Eles olham para minha direção e em um piscar de olhos estão na minha frente, sou jogada ao chão com muita força.

- Me soltem, por favor! - Supliquei a eles, com minha linha d'água preenchida.

- Parece que hoje estamos com sorte! - Diz o homem de olhos vermelhos da esquerda gargalhando cinicamente

  Ele me segura pelo braço e me morde.
  O Vampiro da direita se esquiva dos meus inúteis golpes e me segura forte, fui ficando fraca e a última coisa que vi foi o sol entrar pela pequena janela de vidro do porão queimar o homem que me mordia incansavelmente, na intenção de matar-me.

Acordei com uma dor insuportável no pescoço e nos meus dentes caninos, avisto dois corpos a minha frente e vou até eles, os corpos dos meus pais.
  Chorei e chorei.
  Mal eu sabia que ali mesmo, naquele porão, nascia a temível, bela e má Caçadora de Vampiros.

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Att, Isabelli e Izabela.

Caçadora De VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora