II

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  Quando chego na superfície de casa, sigo o caminho da cozinha e abro a geladeira, vejo um pote com carne crua cheio o sangue no e sinto meus dentes caninos pararem de doer, beliscarem meu lábio inferior e ficarem afiados. Pego o recipiente e bebo todo o sangue do fundo. Doce sangue.
  Logo depois vou ao meu quarto para pegar meu celular e ligar para alguém para pedir ajuda. Ao passar pelo espelho do quarto, vejo meus olhos vermelhos e presas afiadas, minha pele muito pálida, então à toco e percebo que a mesma está gelada.
  Quando vou pegar meu celular em cima da cômoda sinto uma imensa dor em meu rosto, que me impede de pegar o celular e me jogou para a sombra. Logo percebo que o Sol me queima como o Fogo queima o papel.
  Fui ao porão e peguei o corpo de meus pais os trazendo para casa sem um pingo de esforço. Deixo de ir para o colégio e vi uma mensagem de Gabi no visor do celular mas ignoro. Passei o dia em uma sombra do jardim, esperando o pôr do sol para enterrar meus amados pais no fundo das roseiras plantadas pela minha mãe.

- Mamãe e Papai eu juro matar aqueles, aqueles... Malditos homens! - Digo eu, com a voz embriagada de amargura e raiva, seguindo para meu quarto.

  Pego minha mochila e jogo os materiais escolares no chão, substituindo-os pelos meus pertences, uma foto dos meus pais me abraçando e pego as chaves de casa para trancá-la.
  Assim que saio de casa me deparei com a vaca da minha vizinha a Lilian.

- Onde pensa que vai senhorita? - Disse ela com um sorriso irônico em seus lábios. - Eu vou contar para seus pais Isabelli, me responda!

  Eu sempre quis matar aquela vadia, então aproveitei que agora sou um monstro e não pensei duas vezes antes de matá-la. A vaca não tinha filhos nem marido, sua profissão era fofocar, então ninguém sentiria sua falta, mas mesmo assim a escondi em um buraco cavado por baixo da terra, perfeito para ser sua cova.
  Depois de enterrar Lilian, peguei meu carro e fui ao Orfanato de Gabrielle. Estacionei em uma vaga ao lado do Brilho de Sol e tive que pular o muro pois já era horário das crianças dormirem, bati na janela do quarto de minha amiga para a mesma acordar.
  Sonolenta, Gabi abriu a janela e disse:

- O que faz aqui por essas horas Isa, ficou maluca?

- Longa história, não tenho muito tempo, faça suas malas e entre no carro, temos que sair daqui antes que amanheça!

  Gabi já tinha me pedido para fugir, já que tínhamos 17 anos e em breve ela teria de deixar o Orfanato, então não exitou em fugir.
  Já dentro do carro e na estrada para a saída de Nova Iorque, Gabi pergunta:

- Agora já pode falar, o que deu em sua cabeça para fugir?

- Pode parecer bizarro para você, mas eu sou uma vampira. - Digo com o olhar fixo na estrada.

- O-o que? - Ela me olhou com espanto. - Você está de brincadeira?

- Não, eu não tô de brincadeira e infelizmente isso não é um sonho.

- Então me prova! - Disse ela, me encarando com sarcasmo.

  Paro o carro e faço minhas presas saírem para fora e meus olhos ficarem vermelhos.
  Gabrielle arregala os olhos e se joga para trás, logo fecho a cara, volto ao normal e digo:

-Viu, já disse para não duvidar de mim! - Digo ligando o carro novamente, quase desmaiando de sono. Sim, Vampiros sentem sono.

Oi, oi gente! Tudo bom? Estão gostando? Pra onde será que Isa e Gabi estão indo? Deixem suas apostas nos comentários e dêem aquela estrelinha amiga para a divulgação do livro!
Att, Isabelli.

Caçadora De VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora