Capítulo 5 - Aura

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Passo o restante da noite grudada em um balde, tudo bem, é oficial eu odeio barco e o mar.

Não sei em que momento eu dormir, ou se apenas dei um cochilo só sei que acordei sentada no chão que pelo menos está limpo. Levanto do chão e vou tomar banho, que por sinal é bem gelado.

Não demoro para estar na cozinha e começar a preparar o desjejum, eu não sei o que fazer muito bem e espero que Yumi venha aqui logo. Falando em Yumi, ontem ela me deu moedas, de prata para ser exata e talvez ela me queira longe.

– Anastácia – um homem chamo adentrando na cozinha. – Espero que les haya hecho algo bueno!

– Perdão senhor, mas eu não falo sua língua – digo de cabeça baixa.

– Quem é você? – ele pergunta incrédulo. – Olhe para mim quando eu falar.

– S-sou Aura – respondo o encarando.

– Como? – o homem ainda me olha com atenção.

– Aura – olho em seus olhos.

– O que faz aqui? E cadê a Anastásia? – ele questiona.

– Eu trabalho aqui – respondo. – E eu não sei quem é essa, a senhora Yumi me colocou aqui.

– Yumi – ele gargalha me olhando. – Esa mujer se está volviendo loco, y está dejando mi aflicción.

– Perdão?!

– Frutas, menos vermelhas no meu gabinete – ele manda. – E traga meu rum.

– Sim senhor! – falo indo preparar as coisas.

– Seja bem-vinda a tripulação garota – ele fala antes de sair.

Começo a preparar seu desjejum, não sei quem é esse homem, mas ele me parece ser alguém importante e não é bom deixa-lo esperando.

[...]

Meu corpo aos poucos vem se acostumando com o balanço do mar, pelo que o Senhor Willians havia me contado enquanto o servia iriamos atracar a qualquer momento no porto de los ángeles. A senhora Yumi parece piorar cada vez mais o seu jeito de ser comigo, na primeira oportunidade ela manda eu fazer alguma coisa.

A marísia do mar bate contra minha pele, e isso me faz senti um frio mesmo assim continuo a esfregar o convés. Duas noite no desconhecido e pude ter certeza que piratas fazem muita sujeira, e comem demais.

– Meus homens fazem muita sujeira – uma voz fala quebrando o silêncio.

– Bastante – sou sincera vendo o senhor Willians se aproximar.

– Como venho parar aqui? – ele questionou. – Minha mulher foge do assunto.

– Seus homens me encontraram no mar – conto sem parar de esfregar o chão.

– E Yumi lhe deu serviço – ele completo me olhando. – Me acompanhe.

– Perdão senhor, tenho que terminar isso! – aponto para o chão.

Lembro que hoje a tarde Yumi deixou bem claro que não era para falar nada com seu marido, melhor, não era nem para dirigir a palavra.

Termino de limpar o convés e vou para o meu quarto, a noite é silênciosa diferente de Londres, mesmo estando apenas dois dias aqui já sinto falta da tia Eleonora, mesmo ela não tendo num sentimento por mim.

A Herdeira dos MaresOnde histórias criam vida. Descubra agora