Everything gonna be alright, baby

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POV. Lauren

Eu parei por alguns segundos, li a folha de relatório e suspirei, definitivamente eu precisava de um tempo. Afastei a cadeira da mesa e tirei o óculo o deixando em cima da mesa, soltei um longo bocejo enquanto pegava o telefone, teclei o botão que chamava Annelize e aguardei ela me atender.

-Sim Srta. Jauregui –sua voz soava suave, parecia haver esquecido a pequena briga que havíamos tido alguns minutos atrás por causa de um atraso nas minhas passagens para Tóquio.

-Eu quero...não, eu preciso de um café bem forte –digo suspirando e giro a cadeira tendo visão de toda cidade de Nova York diante de mim.

-Tudo bem, estou indo buscar –ouço o barulho do elevador e logo eu sorrio.

Sempre eficiente.

Assim que desligo eu batuco as unhas no braço da cadeira enquanto eu ainda olhava a cidade, era um lugar maravilhoso. Ao longe eu podia ver o Empire State, uma das minhas construções favoritas no mundo, provavelmente o prédio mais perfeito de Nova York.

Depois da torre Jauregui, obvio.

Soltei um risinho baixo comigo mesma e me virei de costas para as vidraças, eu precisava trabalhar, claro. Coloquei o óculos outra vez e voltei a ler o relatório enviado da Alemanha sobre as avaliações do governo diante do fornecimento da minha empresa e, como já era de se esperar, as melhores avaliações sobre a mesma.

Desde que eu havia entrado na vida de Lauren Jauregui, de tudo que eu havia feito, colocar a empresa no topo fora o que mais me deixara feliz e me dava prazer, depois do sexo com as Brasileiras, elas estavam no topo de prazeres da minha vida.

Eu não conhecia o céu e provavelmente nunca conheceria, mas acredito que ele deve se parecer com os seios das brasileiras.

Uma risada rompeu o silencio do escritório. A minha risada.

Passei as mãos pelos meus cabelos e assinei o papel a minha frente o colocando na pilha a minha direita, sem mais devaneios.

O telefone na minha mesa tocou me fazendo dar um pulo na cadeira e me arrancando uma careta, encaro o telefone tocando e bufo, esperava que fosse algum erro na linha; atendo o mesmo e ouço então gritos desesperados ao fundo da voz de Annelize.

Mas que porra...?!

-Lauren...Lauren, precisa descer até o saguão principal –a voz trêmula de Anne me fez saltar no mesmo instante da cadeira- Camila esta aqui...eu...não sei o que aconteceu...não sei explicar...venha aqui...rapido –e então ela desligou; na minha cara.

Camila?!

Eu nem sequer me preocupei em pegar meu casaco ou sair com a mesma calma e classe com que eu sempre saia de meu escritório, apenas abri a porta de supetão fazendo todas as meninas que estavam no hall de entrada do andar saltarem, uma delas correu na minha frente e chamou o elevador para mim enquanto eu caminhava até o mesmo; elas estavam espantadas com a minha pressa e notável desespero.

Eu estava desesperada!

Anne sabia exatamente como manter a calma e descrição para os momentos, ela sabia bem como resolver os problemas sem nem mesmo eu precisar mover um músculo, mas naquela ligação eu ouvi seus desespero e sua confusão, ela sabia o que Camila era para mim e que estávamos metidas em problemas.

Ela sabia sobre tudo.

O elevador se abre e eu entrei imediatamente apertando o botão do térreo enquanto meu pé batia de forma inquietante no chão de mármore do local. Logo em seguida as portas se abrem e a primeira coisa que eu vejo é Camila ajoelhada no meio do hall de entrada, chorando, gritando como se estivesse sentindo a pior dor de sua vida.

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