Democracia e Monarquia

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Democracia e Monarquia.

Há muita mentira e engodo em torno de ambas as palavras. Especialmente nos países republicanos, e no nosso Brasil, fomos ensinados a entender o nosso sistema de governo atual como a "perfeição da democracia", e a ter estorvo ou uma sensação de contos-de-fadas à menor menção de "monarquia". Podemos amadurecer. Por que não?
Primeiramente, uns conceitos talvez chocantes, mas que procurarei expor com clareza factível. Democracia absoluta é um sistema anti-legislativo. Democracia representativa sem poder moderador ou descentralizado (ou um contrapeso) é um engodo e sempre autofágico. Na democracia absoluta, o povo manda em tudo. E se é o povo quem manda, não é a lei quem manda, é o povo que manda. Na revolução francesa foi um banho de sangue, 40.000 mortos. E geralmente escolhem "democraticamente" um líder vigoroso: Fidel Castro fuzilou 17.000, e mais 80.000 cubanos morreram afogados tentando fugir de sua própria Cuba; na China, Mao Tse Tung matou 70.000.000; o Secretário e camarada Stálin, 25.000.000, e o Chanceler e Führer (líder, em alemão) Hitler, outros milhões. O que todos têm em comum, além do banho de sangue? Renegaram suas monarquias em busca de liberdade e "justiça social".
Quando se diz que o povo exerce o poder por meio de um representante, na prática o eleito exerce domínio sobre o povo e se faz legitimado por meio da exploração, obtenção e até mesmo usurpação de votos manipulados. A alegação que o povo exerce o poder porque escolhe seu representante é uma fraude. O povo não escolhe, meramente opta por um líder, o qual recebe o poder para o exercer a despeito da vontade do povo, pois já foi eleito e seu poder está garantido. Este sistema é a permissividade das mentiras de campanha, a aceitação sistemática de promessas e lisonjas em troca de votos a qualquer custo. E após vitória em maioria de votos, usa-se a nomeação pseudo-democrática como salvo-conduto para os mais diversos tipos de corrupção, tirania, favorecimento ideológico e partidário. Especialmente nesse sistema em que o Chefe de Estado é também o Chefe de Governo: a república presidencialista brasileira.
Por outro lado, um tirano que recebeu o seu poder por uma aclamação de um ancestral, após uma batalha sangrenta há vários séculos é obviamente inaceitável.
Na monarquia parlamentar, existe a democracia representativa, através de votos em parlamentares. Estes parlamentares são pertencentes a diversos partidos e fazem as leis. Além disso, eles elegem um primeiro-ministro para ser o Chefe de Governo. Este Chefe de Governo possui automaticamente a maioria do apoio do parlamento e poderá governar sem transtornos, enquanto mantiver os interesses de seus pares e dos seus eleitores. Mas se ele apenas favorecer seus partidários, o que pode acontecer, ele pode ser destituído. Se ele governar para seus próprios interesses ou de uma minoria, não terá apoio do parlamento e terminará tendo por necessidade a renúncia. Ou se ele não governar a favor do Povo, o Povo pressionará o parlamento para que o destitua. E se o parlamento não atender o Povo, se todo o Governo se corromper? Existe outro poder, o poder moderador, apartidário, que só existe porque o Povo o reconhece. Não através de votos, não porque uma maioria dos votos válidos dos votantes daquele ano o deu vitória. É um personagem que os antepassados reconheceram, foi preparado desde criança para este papel, e sua descendência está ligada e este mesmo vínculo com as gerações que virão: o monarca. Ele não tem partido, não tem preocupações com votos, não tem preocupação em agradar uma bancada ou mesmo o parlamento inteiro. Ele tem poder para dissolver um parlamento corrupto que o Povo, apesar de ter votado no ano passado, já não aceita. Ele tem o poder moderador.
Este monarca é completamente diferente do Monarca Absoluto. O Monarca Absoluto tinha o poder ativo, governava, reinava, outorgava leis, ditava a constituição, julgava, etc, e não era derrubado senão com sangue. O monarca no sistema parlamentar age quando solicitado pelo Povo; sua legitimidade é o reconhecimento do Povo pela sua dinastia e por exercer ao longo de sua vida o poder com sabedoria. Por seu pai ter sido um bom monarca, e por esperarem que seu filho também o seja. Uma constituição o impede de exercer poder acima disto, mantendo limitações claras ao seu exercício, cuja quebra porá fim ao seu reinado a toda dinastia, ou mesmo ao sistema monárquico-parlamentar. Ainda assim, em caso de corrupção do monarca, ou de doença limitadora, o parlamento pode afastá-lo e nomear um regente. Mas o que acontece é que para manter a legitimidade, vemos na história que nesses casos, os próprios monarcas abdicam.
A monarquia parlamentar foi um sistema criado por pessoas inspiradas que entendiam a necessidade de um poder tão contínuo quanto o território da pátria, quanto as gerações dos seus cidadãos, acima de vontades passageiras, de partidos de ideologia duvidosa, de votos de uma população iludida por lisonjas e propagandas; os criadores desse sistema perceberam que o povo precisa de instrumentos, instituições e mecanismos para limitar e se proteger de um eventual "mal monarca". Pessoas que perceberam a importância da representatividade política direta pelo Povo, e que todo poder terreno emana do Povo, mas que para manter este Povo coeso, é fundamental uma convergência, tradições, símbolos legítimos. Os revolucionários guilhotinadores romperam todas essas convergências e se batem por forjar do vácuo o aço temperado da nacionalidade e do sentimento de pátria, faltar-lhes-á para sempre a autenticidade atemporal. É um sistema criado por patriotas que amavam a história do próprio país e, ao invés de romper com tudo que foi construído, construir sobre seus alicerces. O rei, praticamente já não é rei, neste sistema. Não tem poder algum sobre o Povo senão o que o Povo quer e permite que exerça. É antes disso, uma instituição cuja presença influencia e inspira a fidelidade por um país e pelos cidadãos uns pelos outros. Mas seria uma arrogância chamar de Moderador, aquela pessoa que voluntariamente aceitou jurar à constituição e abdicou de todos os poderes que outrora possuía. "Rei" permaneceu mais como um título de honra, que pela função da coisa. Os criadores desse sistema incluíram afinal, os próprios reis, ao invés de bani-los ou os fuzilar (com toda sua família junto, de preferência)
Diante do exposto, há em nossos dias, mesmo hoje e em todos os continentes da Terra, presidentes de república com mais poder que reis. Há reis com maior aceitação que muitos presidentes. Há repúblicas cujo poder é exercido sobre o Povo com tirania. E monarquias em que o Povo é soberano. Sonháramos com um tempo que já não haveria reis exercendo poder sobre o povo. Eliminaram este nome "rei", e no lugar deste nome "assustador" puseram presidente, ministro, cônsul, secretário... tiraram coroas e puseram faixas, medalhas, cartas... Como disse Julieta a romeu: "A flor que chamamos de rosa se outro nome tivesse inda teria o mesmo perfume". Só que esta flor, nada tem de flor, e seu olor a nada bom recende.
Vamos abrir nossas mentes, com moderação e entendimento.

Recomendo os vídeos:
https://youtu.be/u0vpIuj8mLU
https://youtu.be/cezH8EXPKMk
https://youtu.be/0kyQwD1nNzk
https://youtu.be/MS4f_H7P2P8
https://youtu.be/mltN0ZTgo1Y
https://youtu.be/8RaRt52rXVY

Páginas para conhecer mais sobre a monarquia parlamentar:

http://causaimperial.com.br
http://www.monarquia.org.br/
http://www.digasimamonarquia.com.br/
https://pt-br.facebook.com/promonarquia/
https://www.facebook.com/geracaomonarquia/
https://www.facebook.com/monarquiamaceio/posts/1768803086686605

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