Eight

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              16 de janeiro de 2015                                             20:27h

   Esperei o seu retorno durante a semana toda. Neste dia, havia chegado em casa no horário certo. Oito horas da noite fechei a livraria e caminhei até minha casa.
  Meus pais dormem cedo por conta de seus trabalhos no dia seguinte. Mesmo amanhã sendo sábado, duas vezes por mês eles trabalhavam nesse dia. A luz da sala estava apagada, deixando apenas o brilho da luz da cozinha clarear o caminho.
  Subi as escadas totalmente distraído e abri a porta, adentrando meu quarto escuro. Ao procurar o interruptor, senti uma mão tapando minha boca. Meu corpo congelou e eu fui impedido de gritar por uma voz familiar.
-Não grite, Sehun. - Sua voz estava baixa, mas mesmo de costas, pude notar que segurava o riso. - Minha intenção foi assustar você, não os seus pais. Acredito que eles estejam dormindo, então seria bastante inconveniente acordá-los agora.
 Eu assenti e fui tirando sua mão de minha boca conforme virava para te encarar na pouca luz, já que por conta do susto, esqueci completamente de iluminar o cômodo.
 Seus dedos estavam gelados contra a pele do meu rosto, que até poucos minutos atrás estava coberto pela máscara. Segurei seu pulso e, sem soltá-lo, me estiquei até o interruptor, deixando assim a luz revelar sua silhueta. Um gorro vermelho cobria seu cabelo escuro e meio bagunçado, seu tronco era protegido por um casaco grosso que acompanhava o jeans pesado e botas. Você ia à algum lugar? Soltei seu pulso e falei:
-Enlouqueceu, Luhan? - Perguntei baixo e meio irritado.
-Não. Você sabia que eu viria, Sehun.
-Esperava que você viesse mais cedo! Preferencialmente de tarde ou de manhã. - Acabei soltando.
-Então você ficou me esperando? - Seu sorriso tinha um tom de malícia e zoação.
-Eu...eu... - Fiquei nervoso ao tentar te explicar alguma coisa. - Não é nada disso! - Senti meu rosto esquentar um pouco e respirei fundo.
-Estou apenas brincando. - Você riu baixo e foi caminhando até a janela. - Bom, vamos?
-"Vamos"? - Me virei confuso.
-Prefere sair pela porta como uma "pessoa normal"? - Desdenhou.
-Prefiro não sair. Já viu as horas? - Respondi e me sentei na cama.
-Vamos lá, Sehun! Iremos apenas andar. - Não tinha me convencido, mas por mais estranho que possa parecer, eu fiquei com vontade de ir. Não sabia para onde, mas eu queria ir. - Curta sua vida enquanto ainda pode! Se aventure como uma pessoa da sua idade faria!
  Fi o empurrão necessário para eu levantar da cama e ir na direção da janela, levando seu pulso e consequentemente seu corpo comigo.
-Vou te levar em um lugar que eu gosto. - Já sabia onde eu queria ir, e tinha que ser agora. Você sorriu vitorioso e me acompanhou.
-Tem certeza de que quer sair por aqui?
-Já que é para "me aventurar", irei fazer direito. - Olhei em seus olhos que estavam focados em meus movimentos. - Me explique como faz para descer.
                               💡
  Descemos tentando fazer o mínimo de barulho e começamos a caminhar.
  Ainda tinha bastante movimento de carros naquela hora.
-É engraçado. - Você comentou.
-O que? - Respondi sem parar de andar. Meu olhar estava focado no chão da calçada.
-Eu que fiz o "convite" e você que está me levando. - Ri e eu acabo te acompanhando.
-Pelo menos estamos saindo de casa como você queria. - Seu sorriso apareceu e você assentiu.
-Para onde vamos? - Parecia uma criança presta a ganhar um doce de tanta animação para chegar em um lugar desconhecido. Sorri minimamente ao ver que o local já poderia ser visto de longe.
-Aguente um pouco, Luhan...muito pouco... - Apertei o passo para chegarmos mais rápido. - Chegamos! - Falei assim que minhas botas tocaram a grama ainda com resquícios de neve.
  Seus olhos rodaram o lugar e você sorriu.
-Um parquinho? Por que? -Meu olhar encontrou o seu.
-Meus pais costumavam me trazer aqui quando eu era criança. - Fui andando até o balanço, que havia resistido fortemente ao tempo, e sentei, balançando minimamente de trás para frente. - Nunca tive muitos amigos porquê não era tão sociável. Sempre ficava no meu canto e minha mãe, principalmente, fazia de tudo para me tirar de dentro de casa, mas eu nunca gostava dos lugares que eles me levavam, apenas daqui.
O céu estava nublado e eu senti a baixa temperatura do ferro ultrapassar minhas luvas não tão grossa.
-O que esse lugar tem de especial para só querer vir aqui? - Você parecia entretido e pensativo com a história.
-Acho que o fato de ser mais vazio que os outros. As crianças não gostavam daqui por não ter tantos brinquedos. - Olhei em volta e vi o escorrega de madeira e ferro que não se encontrava em uma situação melhor que a do balanço. - Sempre me diverti mais sozinho. Em locais tumultuados eu não sei como agir ou até mesmo reagir diante das situações.
-Entendo. - Você sentou no balanço ao lado do meu. - Mas gostei de vir aqui. É especial para você e como sou seu amigo, se tornou especial para mim também.
  Sorri e encarei o chão.
-Podemos vir aqui mais vezes se quiser. - Comentei.
Você murmurrou um sim e o silêncio fez-se presente.
-É isso que somos, não é Sehun? - Perguntou.
-O que? - Te encarei.
-Amigos. - Seus olhar se prendeu em mim. - Somos amigos?
-Sim, Luhan. Somos amigos.
         

                                 💡

ALÔ ALÔ VOLTEI!!!!! Sumi de novo, eu sei, desculpa aishaishiazhiahaa. Enfim, estou de volta e passando para deixar vocês mais nervosas como próximo capítulo. Como será que o Luhan vai reagir ao ler a carta do Sehun? Tenho muitas ideias na minha cabeça hehehehehe o que vocês acham que vai acontecer no final de 6 Days????? comentem comentem comentem, eu adoraria ler :)
Até o próximo, pessoas ❤❤







































6 Days | HunHanOnde histórias criam vida. Descubra agora