Ficamos em silêncio e eu abaixo a cabeça tentando assimilar tudo que rolou, levanto a cabeça e ele me encara, coloca uma mecha do meu cabelo para trás e quando ia me beija eu o abraço com todas as minhas forças, ele não entende, mas mesmo assim me abraça e afoga suas mão em meu cabelo, me senti protegida naquela hora.
- o que foi isso? Ele fala se afastando de mim.
- er...desculpa. Ele repara as lágrimas descendo em meu rosto.
- por que? Ele limpa as lágrimas do meu rosto- o que foi?
- nada, nada está tudo bem.
- Você tava chorando e agora está dizendo que está tudo bem, pare de mentir e fale a verdade.
- é que sou uma idiota. Falo/grito.
- Você não é idiota, por que seria?
- por que...por que...esquece você nunca entenderia mesmo.
- claro que entenderia, passamos por coisas parecidas.
- coisas parecidas, você é idiota ou se finge, a única coisa é que somos órfãos mas nada.
- nossos pais morreram, coisa parecida.
- com quantos anos você perdeu seus pais? Pergunto em meio de lágrimas.
- com 3 anos, porque?
- então você nunca, nunca vai sentir isso que estou sentindo.
- por que?
- não te interessa, e eu não tava mal pelos meus pais e sim pelo idiota o Arthur.
- quem é Arthur?
- a pessoa que mais me fez sofrer, e você me lembra ele para caramba.
- desculpa, não era minha intenção te machucar.
- não foi você que me machucou e sim ele.
- o que ele fez?
- me traiu com minha melhor amiga, no dia do nosso aniversário de namoro, que seria no caso hoje.
- vocês completariam quanto tempo juntos?
- hoje seria exatos um ano, mas naquela dia foi 8 meses.
- ata.
- foi mal tinha que contar isso a alguém. Falo limpando o rosto.
- sem problemas, gosto de ouvir sua voz, sei lá me faz bem.
- então tá, o que é que você me chamou para assistir mesmo?
- Friends, nunca assistisse não?
- não, parece legal, vamos assistir
- a gente tem que assistir da primeira temporada.
- então tá.
Sento no sofá e ele logo ao meu lado, com o tempo fomos relaxando deitando, e novamente dormimos no sofá, ele tava tirando minha insônia.
<•><•><•><•><•>
- ei acorda, hoje tem escola. Fala sua linda voz suave e doce, e um pouco rouca.
- bom dia.
- bom dia nutellinha.
- amei esse apelido.
- que bom.
- eu você está bem? sua voz está estranha.
- ele tá doendo um pouco. Coloco a mão em sua testa, tava quente para caramba.
- Poha minha mão.
- deixa de ser escandalosa.
Me levanto, vou até a cozinha, pego remédios e água.
- toma. Dou a ele e ele toma tudo.
Pego um cobertor, ligo em Castle, não sei se ele gosta, e que tem 1000 episódios gravados, faço café, ou seja sanduíche e suco de laranja, dou tudo a ele.
- nossa quanto mimo. Ele fala rindo.
- quero que melhore.
- assim você vai se atrasar.
- é por uma boa causa. Falo com um sorriso estampado no rosto- Igi hoje é integral, então se cuide quando eu tiver fora, tem lasanha congelada e suco na geladeira, quando eu chegar faço o jantar.
- e você sabe cozinhar?
- vou fazer minha especialidade, arroz com bife acebolado.
- ok. Ele fala rindo e depois começa a tossir.
- se cuida e melhoras. Falo depositando um beijo em sua testa.
P.S: já tinha me arrumado.
Vou até a escola caminhado tranquilamente.
- bom dia Cristina( nossa diretora ) vim pegar a autorização para poder entrar no meio da segunda aula. Falo com um sorriso no rosto.
- claro, mas antes temos que conversar, sentisse por favor. Me sentei.
- soube que você troca demais de escolas.
- pois é.
- conversei com sua mãe e ela disse que você tem uma personalidade forte.
- pode falar, sou puta com a vida.
- olhe como você fala.
- aff, sim continue.
- vou fazer de tudo para você permanecer nessa escola.
- pode deixa vou dar uma passarinha aqui todos os dias. Fala me levantando e soltando um beijinho para ela.
- aqui está sua autorização, bom que você chegou a tempo de fazer a prova da bolsa.
- fiz o possível.
Subi direto para sala onde ia rolar a tal prova, entrei e entreguei a autorização ao professor, que estava lá era a Bel e o Carlos, sentei em meu lugar e peguei a prova, tava como o Igor tinha dito, só questões de assuntos antigos.
Lembrei de ontem, e de cada pergunta que ele me fez, respondi as que sabia e lembrei do que o Igor avia dito, para eu me concentrar, fiz isso e logo as respostas surgiram em minha cabeça, fiz tudo, pelo jeito fui a primeira a terminar, coloquei meus fones abaixei a cabeça e acabei dormindo.
- ACORDA. Reconheço a voz na hora.
- Poha Bel, deixava eu dormir.
- nada disso. Ele me puxa pelo braço e meio que me carrega até a cantina e me senta no banco.
- cadê o povo? Pergunto os procurando.
- disse para dar um tempo de garotas para nós.
- o Vitor fez merda de novo?
- não.
- então o que é?
- o que rola entre você e o Igor?
- nada por que?
- é que ele disse que vocês moravam juntos então...
- então vocês pensaram merda, tô ligada.
- mas o que rola?
Expliquei tudo a ela, inclusive o sentimento que cresce por ele.
- ata, mas você está gostando dele.
- aff não sei, talvez seja amor fraternal.
- ata. Fala com ironia em sua voz.
- eai tiveram a conversa entre meninas? Pergunta o Pedro se aproximando.
- sim. Bel fala se levantando.
Fomos até a mesa e todos me olhavam estranho.
- Poha, vocês não sabem nem desfaçar né.
- nós estamos preocupados com você. Fala o Carlos.
- o que cê tem com ele? Pergunta Vitor sendo direto.
- nada, deixa eu explicar a vocês.
- explicar o que? Que você está pegando o boy e o levando para casa todos os dias. Elisa fala.
- nossa nada a ver, escutem.
Explico tudo, menos a parte de achar que estou gostando dele.
- o que tua mãe tem na cabeça? Grita Pedro alterando a voz.
- fala direito caralho, e não sei.
- colocar um garoto para cuidar de você. Vitor reclama.
- até agora estou viva, não tem o que reclamar.
- não morreu, tá tudo bem. Fala Bel que não tinha se pronunciado em nenhum momento anteriormente.
- oi Kamila. Três meninas que nunca vi na vida sentam ao meu lado.
- oi?
- Você não lembra de nós né? Sou a Bia, aquele é a Flavia e essa aqui é a Gabriela.
- oi para vocês. Fala o Vitor.
- oi, enfim vinhedos perguntar sobre aquele gato novato.
- quem? O Igor? Pergunto.
- esse mesmo, então tá solteiro?
- acho que sim. Falei insegura.
- ata, valeu, só isso mesmo. Ele levanta e sai, escutei ela resmungando: essa vadia não serve para nada, meu sangue ferveu.
- o que você falou? Grito.
- que você é uma vadia, por que?
- a única vadia que estou vendo é você.
- meninas saiam de perto, vou dar uma surra nessa garota. Ela fala para sua escravas.
- quer dizer que a loira oxigenada vai dar em mim.
- Meu loiro é natural querida.
- iludida.
Ela vem até mim e puxa meu cabelo, foi a gota d'água, pulo encima dela fazendo que ela caia no chão, dou vários socos, garantindo que todos batam em seu rosto, me levantei e cuspi em sua cara.
- Você não toca no meu cabelo.
Volto e me sento, começo a conversar como se nada tivesse acontecido.
O sinal toca e nós subimos. Depois de um tempo de aula a diretora vem até nossa classe e me chama para sala dela, apenas vou, afinal não tenho nada a temer.
Entro na sala dela e me jogo no banco para que ela deixe o celular e me olhe.
- Você sabe por que está aqui?
- não.
- por que você atacou uma aluna.
- eu a ataquei com motivo.
- e qual é esse motivo?
- ela me chamou de vadia, e ainda puxou meu cabelo muito forte e ainda está doendo-mentira.
- alguém para comprovar?
- todos que estavam na cantina.
- ok verificarei com eles, está liberada.
- vou voltar para casa tá?
- mas você tem integral hoje.
- e olha minha cara de quem está ligando para a poha do integral, então estou vasando. Falo pego minha bolsa e vou enbora.
Assim que chego em casa está tudo escuro e nem sinal do Igor.
- fudeu.
Procurei na casa toda, liguei, mandei milhões de mensagens e nada, me desesperei, deitei no sofá que ele tava hoje cedo, dava para sentir o seu cheiro, me senti na sua ''bolha de proteção''( assim que apelidei os abraços dele) fiquei lá por muito tempo, até esculta o barulho da fechadura sendo aberta, dou um pulo do sofá e vou para perto da porta, assim que ele abre vejo que ele está segurando uma garafa de 51 e que está a completamente bêbado.
- o que você foi fazer, quase morri de preocupação.
- deixa de ser assim não foi nada de mais.
- não foi nada de mais, você sumiu por horas e chega bêbado e não é nada de mais.
- eu não tô bêbado. Ele fala entrando em casa tombando.
- não sou eu.
Tomo a garrafa de sua mão e coloco encima da mesa.
- agora pode me explicar por que fez isso?
Ele dá um suspiro.M.E
Deixo suspense mesmo kkk
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Beijos e beijinhos... entendedores entenderão.
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Por acaso?
Teen FictionKamila, menina louca, determinada e pavil curto, não mexa com ela se não vai ser ferar, a sua vida vai virar uma bagunça assim que sua mãe se muda para África. Esse livro contém erros de português, tipo muitos. Plágio é crime, não copie seja criativ...