Diário de uma lésbica

Quem disse que amor precisa ser novo?!

Será que é ou foi amor quando simplesmente passamos a sentir a necessidade do novo? O novo beijo, o novo colo, o novo toque, o novo frio na barriga, as novas músicas sentimentais, as primeiras novas mensagens fofas, o novo cheiro, cheiro de tinta fresca, de paredes mais uma vez pintadas, com um novo tom. Os novos planos, que pareciam um pouco com os que costumávamos ter, mas que mesmo assim, continuavam novos. As novas fotos publicadas, novo relacionamento, uma nova família para se mostrar ser capaz de ter o coração de seu filho. Talvez nos seguramos ao que acreditamos ser amor. Procuramos o novo, e fazemos dele especial, até voltarmos a insegurança, a solidão e ter de procurar em um novo alguém, um novo lugar, pq amor, ele eh suficiente, eh completo, sem deixar abertura para a vontade do novo. Queremos apenas tempo para viver repetidas vezes os mesmos momentos, beijos, declarações, e sensações de felicidade a dois, ao lado do seu amor antigo, aquele que todo dia parece novo, vivo e suficiente para te fazer feliz.