Vinte e seis

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Por Ellen

•••

Assim que sai do hospital, depois de ter levado outra surra da Juliana e ser expulsa pelo pai da Fernanda, fiquei ainda mais irritada. Eles não tinha o dinheiro de me tratarem daquele jeito, principalmente aquela vadia ruiva. Então resolvi dá a cartada final, o famoso xeque-mate. Se Fernanda sobrevivesse ela jamais ficaria com a vadia da Juliana.

Perguntei para algumas amigas que eu tinha lá onde elas estudavam, onde a Juliana morava e uma delas pra minha sorte, sabia. Peguei um taxi e fui bater lá na casa dela. Toquei a campainha e um senhor atendeu a porta.

- Oi, aqui é a casa da Juliana? - pergunto.

- É sim, mas ela não se encontra. Quer deixar recado? - Ele pergunta.

- Não, na verdade eu precioso conversar com os pais dela. - disse, fingindo está magoada.

- Aconteceu alguma coisa com a minha filha? - o pai dela pergunta.

- Sim, Ela roubou minha namorada - minha voz saiu esganiçada e  furiosa - E exijo que vocês a repreendam por isso.

- Menina acho que você se enganou de casa. Minha filha não é lésbica. Nunca foi.

- Pelo visto o senhor não conhece mesmo a sua filha.

- O que está acontecendo ai Pedro? - uma mulher sai na porta.

- Essa garota, Sandra. - ele vira um pouco de lado e me encara de prospecto - Ela está aqui afirmando que nossa filha roubou a namorada dela. Como coisa que nossa filha fosse lésbica.

- O que isso garota? - Ela pergunta - Quem é você?

- Eu sou a Ellen, namorada da Fernanda.

- E o que você vai ganhar fazendo esses tipos de coisas? - Ela se irritou. - Me diz.

- Eu só quero que sua filha saia da vida da Fernanda .

- E eu exijo que você vá embora daqui.

- Tudo bem, eu vou. - cerrei os olhos e os punhos - Mas, quero deixar bem claro que a filha de vocês está atrapalhando uma felicidade. Ela esta tentando roubar a mulher da minha vida e pra completar ela está colocando o Pai e a Irmã da Fernanda contra mim. - digo séria - Ela até me agrediu hoje lá na escola e no hospital.

- Que hospital? - o pai da Juliana pergunta.

- Francamente, é muito triste vocês não saberem onde a vagabunda, a vadia...

- Limpe a sua boca antes de falar da minha filha - A mulher me interrompi, passando pelo homem e apontando o dedo no meu nariz - Vai embora daqui... Agora.

- Eu vou, mas avisem sua filha. - dou as costas para eles e vou embora. Agora mesmo que elas não ficam juntas.

Estava satisfeita com os meus feitos.

💕

Por Sandra e Pedro

•••

- É muita audácia dessa pentelha vi aqui na porta da minha casa falar mal da minha filha. - Sandra diz irritada - Vamos meu bem, vamos entrar.

- Você sabe alguma coisa dessa história Sandra? - Pedro pergunta sério.

- Sei. - ela afirma.

- Então é verdade?! A Juliana é lesbica? - Ele disse irritado - Ela vai ter que me explicar toda essa história.

- E se ela for? - Sandra pergunta - Qual o problema nisso?

- Do nada ela vira lésbica?

- Conversa com sua filha, mas vai com calma. - Sandra fala - Eu particulamente, não vejo nada de mais nisso.

- Mas todos vão comentar. - Ele diz.

- E eu com isso! A filha é minha e eu vou apoiar ela em qualquer situação e espero que você faça o mesmo. - Sandra diz seria e se retira.

- Vou ligar para ela. - ele grita.

A mulher assentiu. O homem pegou o celular no bolso e digitou o número da filha.

- Oi pai. Eu já ia ligar, estou no hospital com uma amiga e não vou dorme em casa hoje. - Juliana disse após o terceiro toque.

- Essa sua amiga por acaso é a Fernanda? - Pedro pergunta.

- Sim, por quê?

- Veio uma garota aqui dizer que você está roubando a namorada dela. Isso é verdade? - Ele pergunta.

- Pai, podemos falar sobre isso quando eu chegar em casa? - a voz de Juliana fica um pouco tensa.

- Vou te esperar aqui, por favor amanhã bem cedo em casa.

- Okay pai.

- Tchau. - Pedro diz.

O homem pois o celular no bolso e logo foi surpreendido pela esposa.

- E ai? - Sandra pergunta para ele.

- Falei com ela. Juliana está no hospital com a tal garota. Amanhã vamos ter essa conversa.

- Só não fale pra ela algo para magoá-la. Não fale para nossa filha o que você não gostaria de ouvir se estivesse na situação dela. - Sandra diz.

Pedro franziu o cenho. Aquiesceu.

- Você vai sair?

- Sim.

- Vai onde? - Ele pergunta.

- Vou na acadêmica, não demoro.

- Ta bom amor.

- Tchau.

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