Valentine apenas uma rainha

Não sei quem ele é

No principio estava apreensiva, várias pessoas me olhavam surpresas e curiosas, pessoas que eu nem conhecia, mas o lugar era lindo, uma arvore majestosa de flores rosas destacava o local, havia vários sucos e frutas a disposição, vasos dourados carregavam flores de diversas cores, tamanhos e tipos, a música que tocava pude reconhecer na hora, Four Seasons, a mesma música que tocou no baile de aniversario da rainha. 

-Princesa Valentine- uma mulher de certa idade me chama- que honra enorme temos em recebe-la  em nosso jardim, esses são meus netos, Nathasha e Mikhail 

Ela me apresenta dois adolescente com cara de esnobe e eu finjo estar interessada na vida deles. 

-O prazer é todo meu Svetlana- só que não- pelo qual eu saiba, Nathasha é muito boa quando se trata de violino, não é? - digo lançando um sorriso para a menina,ela tinha cabelos negros ondulados na ponta, seus olhos azuis combinavam com seu vestido de renda branca 

Marlon me obrigara a decorar o nome de todos os convidados para o baile, realmente é um saco fingir que está contente de estar ali. Além disso, há uma tradição que os príncipes e princesas do palácio de Manchester devem dançar com os homens solteiros nas festas de primavera. 

Descendentes = Eu 

Eu + dança = calos 

Calos + Eu = Descendentes 

Perai tem alguma coisa errada nessa conta. 

Enquanto discutia com minha mente um jovem se aproxima de mim lentamente, segura minha mão e num gesto gentil pra muitos, mas nojento pra mim, beija a. 

-Valentine, muito tenho ouvido falar de você, aceita dançar com o filho do conde Waterberg?

-Por que não- respondo querendo parecer gentil

Marlon também disse que eu não podia parecer desleixada ou mal educada, alias eu prendi um membro muito importante da família deles, tinha que me dar o respeito e provar a eles que eu não era uma princesa tirana e injusta, tinha que me mostrar confiante e sbia, até agora eu estou indo bem, ninguém me deu um tiro ainda. 

-É tão refrescante poder dançar com vossa alteza ao som de Vivaldi-  ele fala todo reverente, colocando uma das mãos em minha cintura e tomando posição para dançar 

-Vival o que? - não entendi nada 

-Vivaldi minha princesa, nunca ouviste? 

-Digamos que não é meu estilo favorito- respondo 

-E qual é o seu estilo favorito? - ele arqueá uma sobrancelha 

-Rock- Marlon disse para eu ser educada, mas não disse nada de não poder ser sincera 

-Que gosto peculiar para uma princesa 

-Valeu 

Continuamos a dançar naquele ritmo lento, depois de dançar com o filho do conte, que nem sei o nome por que uma abelha me distraiu, dancei com vários outros rapazes. O neto de Svetlana, o primogênito da família Nicoladelli, os gêmeos Dave e Daniel e com mais cinco rapazes, meus pés estavam apertados nos sapatos de salto, o vestido azul da cor do céu que eu usava parecia mais o inferno de tão apertado, eu quero ir pra casa. 

Em um minuto me afasto um pouco da festa e vou observar algumas rosas solitárias em um canteiro ao longe. 

-Creio eu que essas conbinam com você- uma voz ecoa atrás de mim 

-Saymon! - me surpreendo ao vê-lo e corro até seus braços, apertando o com força

-Nossa que força- ela fala me abraçando de volta 

-É a saudade 

-Por que você não mata ela enquanto dança comigo- ele fala me estendendo a mão

-É claro- seguro nela e nos voltamos para o baile 

Começamos a dançar e para mim é como se uma música mais animada começasse a tocar, Saymon me passa um sentimento de alegria e animação, talvez por termos nos tornados ótimos amigos ele ainda me passe essa impressão mesmo depois de tanto tempo. 

Ele me gira e dou risada quando me inclina para o chão, não sei se estamos dançando valsa, tango ou... sei lá. Estranhamente ouço alguém dizer que formamos um casal lindo. Nunca é tarde demais. Continuamos a dançar até eu me assustar com a cara de Marlon, ele estava ao lado de Sofia, todos estavam sorrindo, menos ele. Ele nos olhava com um tom de preocupação nos olhos misturado com raiva, alguma coisa parecia ferver dentro dele. 

-Credo- murmuro para mim mesma

-O que? - Saymon estranha 

-A cara de Marlon, credo, parece que comeu bosta e não quer vomitar 

Saymon dá risada e eu também. Não percebo quando Marlon se aproxima de nós, ele toca no ombro de Saymon. 

-Posso? - ele pergunta 

-Certamente vossa majestade- Saymon abaixa a cabeça e sai de vagar 

-Que... que se tá fazendo? - estranho quando Marlon se posiciona em dança

-Ué... to dançando

-Mas comigo? 

-Sim 

-Por que? 

-Cala boca e dança- ele manda 

Uma música mais lenta começa e Marlon me puxa para mais perto dele. 

-Que cara era aquela que você fez? - pergunto a ele

-Que cara? 

-Você fez uma cara quando eu tava dançando com Saymon

-Ah, aquilo? 

-Ciumes? - proponho 

-Será? 

Encaro o tentando decifrar suas palavras, ele tá brincando comigo né? Isso... isso não e de verdade, NÉ? 

-Ah muitas coisas minhas que você nunca vai entender- ele sussurra em meu ouvido

-O que? 

-Finja que está rindo de alguma coisa que eu disse

Obedeço e começo a rir igual a uma idiota, foi quando notei Sofia nos olhando a poucos metros, agora eu entendi. 

Tomo distância de Marlon e encaro o tentando compreende-lo.  

-O que foi?- ele fala com um sorriso nos lábios 

-O que há com você? - pergunto 

-Na- nada 

-Ah... não é nada? Não é o que parece? 

-Do que você tá falando Valentine? - ele estreita o senho 

-Por que você não pergunta pra Sofia? - respondo em tom interrogativo 

Ele olha para ela que o encara tristemente, depois se volta para mim e solta um suspiro ao ver uma fina lágrima minha descer pelo meu rosto.

Saio a passos apresados me segurando para não voltar e socar a cara dele.  

Não acredito que Marlon foi capaz de fazer isso, ele poderia falar que não me ama, poderia nunca mais falar comigo, poderia me culpar de várias coisas, poderia até dizer que eu o abandonei, mas ele não tinha direito de machucar Sofia. Fazendo ciumes para a própria noiva só mostra que ele não está  serio para essa responsabilidade, e eu achando que ele a amava de verdade. 

Mas o sentimento que não consigo afastar é de ter achado que ele realmente queria dançar comigo, não por amor, mas por amizade, a amizade que sempre cultivamos não parece significar mais nada para ele, não sei quando Marlon está brincando ou quando está falando sério, não sei quando ele vai tentar me atacar ou quando vai se mostrar um verdadeiro amigo. 

Eu não sei mais quem ele é.