Fugindo da Morte

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13 de Março de 2012

Lima Hospital, Lima, OH

5:45 PM

- Ande Rachel, acorde! - Quinn Fabray sacudia sua antiga colega do clube de coral desesperada. - Vamos, Rach, eu preciso de você aqui!

Uma lâmpada estourou acima delas. Quinn deitou-se sobre o corpo inerte de Rachel para protegê-la dos estilhaços. Os gritos vindos do lado de fora aterrorizavam a garota. Tiros também eram ouvidos. Ela voltou às inúteis tentativas de acordar Rachel Berry.

- Por favor, Rachel! Estamos sem tempo! Sabe o quanto custou fazer Santana parar aqui para te levar?! Acorde, Rachel, por favor!

Quinn sentiu o chão estremecer e mais tiros, agora muito mais perto. Ela engoliu em seco, apavorada. Estavam no corredor, pensou. A guarda estava no corredor. Isso significava que os walkers tinham se aproximado terrivelmente.

Ela olhou para a porta, que tremia devido à pressão. Sua expressão estava perdida. Ou trancava Rachel ali e saía pela janela como entrara ou esperava o exército para ser morta. Era uma decisão difícil, mas as palavras de Santana invadiram sua mente, "Faça o que der." Querendo obrigar seu corpo a não fazer aquilo, ela encaminhou-se à janela, lançando um último olhar sofrido à Rachel.

- O que está acontecendo?

Quinn arfou. Ao voltar sua atenção à Rachel, seu coração deu um salto enorme. Rachel Berry tentava sentar-se, olhando confusamente para o quarto e apalpando seu peito cheio de fios ligados aos aparelhos. Quinn deu um grito de felicidade e correu de volta à garota.

- Rachel! N-nós... Precisamos sair daqui, agora! - Quinn analisou os equipamentos que prendiam Rachel, se perguntando como levaria ela com aquele tanto de fios. - Aconteceu algo... Tem walkers para todos os lados... Santana está nos esperando do lado de fora... Droga!

Quinn chutou o aparelho que controlava a respiração de Rachel. Toda a iluminação tinha ido embora; os equipamentos do quarto também haviam se desligado. Agradeceu pelo Sol ainda não ter descido completamente e começou a desconectar os aparelhos da garota. Os rugidos dos walkers, os gritos e os tiros dos humanos começavam a perturbá-la.

- O que são walkers? - indagou Rachel, confusa pelas inúmeras informações que Quinn dera em tão pouco tempo.

- Zumbis, Rachel - respondeu a outra, tendo dificuldade com alguns adesivos no peito de Rachel. - Estamos no meio de um apocalipse zumbi. - Ela tirou o último fio que prendia a garota à cama e rapidamente a pôs em seu colo. - Vamos.

Rachel sequer questionou quando Quinn tirou uma pistola de um coldre nas suas costas e foi em direção à janela, parando apenas para colocar no ombro uma mochila pesada, carregada que medicamentos que conseguira roubar ao entrar no hospital.

Quinn nunca ficou tão feliz em ter sugerido colocar a colega de coral no primeiro andar. Ela pulou a janela com facilidade, procurando seu carro que Santana estava dirigindo.

- Ah, meu Deus! - exclamou Rachel horrorizada, olhando para o lado.

Quinn xingou Santana em voz alta. O walker se aproximava ligeiramente mais rápido ao notar duas garotas vivas ali. Quinn não hesitou e atirou no morto-vivo, mirando no meio de sua testa enquanto sentia o rosto de Rachel afundar em seu peito.

Felizmente, um carro vermelho virou a esquina do hospital. Santana dirigia com um olhar psicopata; no banco do passageiro estava Brittany recarregando um pistolão. Quinn gritou para que elas parassem, fazendo a motorista dar um cavalo de pau. Ela abriu a porta de trás do carro, jogando Rachel sem muita cerimônia no banco, entrando rapidamente e fechando a porta, falando para Santana avançar.

Running Away From HellWhere stories live. Discover now