Ex. Mercenária

Eu te amo

  Líli ficou olhando Jemison, dando um tempo para ele recuperar o fôlego.

- Se eu realmente tivesse ido embora, você nunca mais iria me ver. - Líli finalmente decide falar.

- Eu sei disso... Por isso o meu coração estava apertado. - Ele fala isso com uma expressão de dar pena.

  O sol estava se pondo e as luzes dos postes estavam se acendendo. Líli se senta de novo no banco, junto com J.

- Eu sair um pouco para espairecer... Eu não sabia que iria preocupar tento alguém.

- Claro que iria me preocupar, e eu n sou qualquer um... Mas mudando de assunto. Você já pensou na minha proposta? - J. fala isso olhando para a mata, tentando não demostras ansiedade, mas o coração o denunciava.

- Eu... queria muito que fosse tão fácil assim.

- Mas é! - Ele finalmente olha para Líli.

- Não é não... um vampiro sempre deixa rastros. Por isso não, podemos ficar muito tempo em um lugar.

- Você nunca ficou em um lugar por muito tempo não? então você já andou pelo mundo todo? - Por algum motivo ele fala não muito preocupado, como já tivesse a solução.

- Quase isso... Eu não fico mais de um mês no mesmo lugar, isso evita muita dor de cabeça...

- Entendo. Mas você não gostaria de ter um lugar confortável, que se sinta segura... que possa chamar de lar?

  Ele espera a resposta dela. Líli olha para o céu, que já dava para ver as estrelas.

- Já tive esse lugar uma vez... Mas ele se foi a um tempo. - Ela olha para uma estrela que brilhava mais forte que os outros. Líli levanta o braço para tentar pega-lo.

- Você pode criar um lar aqui... Tentar de novo.

- Você não entende... Mas por algum motivo, você me faz querer ficar. Mesmo sabendo que é errado. - Ela finalmente desiste de tentar pegar a estrela e olha para Jemison.  

- O que tanto te preocupa? pode falar tudo o que te faz sair dos lugares antes de um mês. - J. tira a coberta da cabeça dela, para poder ver melhor o rosto dela, fazendo o coração dele bater ainda mais rápido.

- Sangue. Eu preciso me alimentar com frequência. quanto mais tempo em um lugar, mais pessoas vão saber que à um vampiro na cidade.

- Eu posso te dar o meu sangue. Isso até seria normal se a gente estivesse namorando.

- Eu não posso fazer isso... o seu sangue é doce demais, é atraente demais.

  Jemison fica vermelho e abre um sorriso largo.

- Você... Esta apaixonada por mim!

  Líli fica surpresa, finalmente percebendo do que tinha acabado de revelar para ele. Ela se levanta no pulo e começa a anda de cabeça baixa. J. se levanta e começa a rir, ele alcança ela e segura a mão dela, fazendo ela parar.

- Como você sabe disso... Vampiros não sai por ai falando das suas fraquezas. - Líli fala ainda de costas para ele.

- Não importa agora... Quando você percebeu que esta apaixonada por mim?

- Agora, eu acho... Eu na verdade estava confusa, ou mentindo para mim mesma...- Ela vira para ele e olha para os seu olhos, com uma expressão de dor. - Isso não está acontecendo comigo. Isso é a maior burrice que um vampiro pode fazer... Isso é errado.

  Líli estava atordoada com os próprios prensamentos: " Eu apaixonada? O sangue dele vai ser a unica coisa que vai me satisfazer pelo resto da minha vida. Mas ele é um humano... a vida de um humano é curta... e se ele morrer, e se eu o colocar em perigo... e se eu acabar o matando? eu nunca iria me perdoar-". Os pensamentos dela é silenciados quando J. da um beijo nela. Um beijo acolhedor, como a tive-se dizendo para se acalmar. 

  O beijo não demorou muito, e foi virando apenas selinhos. quando decidiram se afastar, Líli estava mais calma e o coração de Jemison batia em um ritmo tranquilo.

- O que mais te faz sair dos lugares?- J. finalmente fala quebrando o silencio.

  Líli respira fundo. Se recupera, do que tinha acabado de acontecer e o responde:

- Só sair a noite, ou toda coberta, é algo que chama bastante à atenção. E com o tempo as pessoas que me conhecem vão questionar, e se forem espertos o bastante vão descobrir fácil fácil que sou uma vampira.

  Ele vai até o banco da praça que eles estavam sentados, e pega o cobertor que havia caído do ombro de Líli quando ela pulou de lá.

- Nós podemos dar um jeito nisso.- E mostra o cobertor.- Podemos fazer ele ficar como um sobre tudo com capuz, e esse negocio de só sair a noite, não vai causar estranheza. Eu e a Lana só saia a noite...- Líli franzi o cenho.- Ok, eu não só saio a noite como os vampiros, mas eu só saio pela manhã quando eu tenho algo para comprar. E a noite para trabalhar com a banda. O que eu quero dizer é que, isso não vai ser estranho para algumas pessoas.

  J. entrega o cobertor para  Líli, que o dobra e fica olhando os detalhes azuis.

- Eu... tenho um passado muito difícil de ignorar. A minha vida não é fácil, se eu parar em um lugar, eu temo que certas pessoas me encontre,pessoas que eu já ferir, caçadores- 

  J. a interrompe falando:

- Eu não vou permitir que te machuquem. Como eu falei antes: Eu te dou a minha vida, um novo nome, os meus amigos, essa cidade... Pode não ser uma cidade grande, e amigos malucos. Mas é tudo o que eu tenho.

- É tudo o que eu preciso, no memento.- Líli fala olhando para J. com afeto.

  De novo o coração dele dispara. E acaba lembrando de algo.

- Eu me lembrei de algo que deveria ter feito a muito tempo. - Ele se ajoelha - Você quer namorar comigo?

  Líli se espanta, mas logo se recupera e involuntariamente ela abre um sorriso.

- Com uma condição.- Líli fala olhando nos olhos dele. - Você não pode perguntar nada sobre o meu passado. Nada.

- Eu quero viver o agora. Eu não sou de olhar para trás.

  Ele se levanta e espera a sua resposta.

- Sim. a partir de hoje você esta namorando uma vampira.- Ela da um sorriso meio acanhado.

  Ele a abraça com uma felicidade imensa. E Líli engole seco.

- Jemison... O seu cheiro, esta me matando...- Líli se afasta do abraço dele.  

- Então vamos para casa. - J. segura a mão de dela e seguem para a porta azul, que agora significava Muito para Líli "Agora a porta do meu lar, é azul." Ela pensa, esquecendo de toda a preocupação que havia quando tinha ido para a praça.