Amigos de Sangue

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Pt.4   

E a casa estava super mal cuidada, cheia de mofo, poeira...totalmente abandonada. Esse ambiente me deixava triste, a ponto de querer chorar, e eu sentia um peso enorme em minhas costas.
Apesar de tudo aquilo, eu me sentia em um lugar familiar, até demais. Por essa mesma razão me apressei a sair desta casa, pois também não achará aquela mulher.
Ao chegar em casa minha mãe me abraçou e perguntou onde eu estava, então eu respondi que entrei na velha casa, ela disse meio assustada e gritando para mim “EU NÃO QUERO QUE VOCÊ ENTRE LÁ” eu disse que tudo bem, afinal ela tem a razão de não querer que eu entre lá.
Não aconteceram mais coisas nesse final de semana, não saímos para nada.
Quando acordamos na segunda-feira, arrumamos nossas coisas para ir para a escola, hoje teríamos educação física, após estarmos todos prontos seguimos para a escola, nada de estranho aconteceu no trajeto até lá, tudo estava estranhamente normal.
Todos fomos para nossas salas, sempre em todos os anos estudávamos separados, pois a diretora odiava o fato de nos entretermos com o terror, mas incrivelmente nós ficávamos todos juntos na educação física. Eu só gostava dessa matéria por isso.
A aula foi normal, como sempre de segunda-feira nossas aulas dessa matéria eram as ultimas.
Quando a aula terminou, todo nos dirigimos aos vestiários, mas Jessy ficou procurando sua corrente que sua mãe lhe dera como herança de família. Quando íamos embora, Jessy ainda estava procurando sua corrente. Então perguntamos se ela queria ajuda para achar a corrente, ela respondeu com um sorriso que não, e complementou:
-se vocês quiserem me esperar na biblioteca eu agradeço.
Sem questionar, fomos para lá esperar ela.
O que irei contar a vocês foi exatamente o que ela disse a nós.
Ela havia ido para o banheiro procurar sua corrente, mas não achava de jeito nenhum, então resolveu ir para o banho. Assim que ela terminou, ouviu a porta fechar, mas não deu muita atenção para isso, ela saiu andando em direção aos armários dos vestiários, para se trocar. Ela foi em direção aos espelhos, mas graças ao vapor estavam todos embaçados. Ela olhou para trás e viu sua corrente no chão do banheiro, ela se ajoelhou e pegou sua corrente, após levantar percebeu uma coisa...macabra...escrita em sangue no espelho “Hey...Jéssica...por que não fica comigo...para sempre?” (Jessy era apelido do verdadeiro nome) e ao mesmo tempo ela ouviu uma risada jovem masculina, e sentiu seu tendão do tornozelo sendo cortado, ela caiu aos gritos no chão, e imediatamente o menino manchado surgiu em cima dela, dando inúmeros cortes pelo seu corpo.
Ao ouvimos os gritos dela, fomos correndo para lá, mas a porta estava trancada. Eu é claro, como não poderia deixar uma amiga morrer, arrombei a porta.
Quando o garoto me viu, pude ver seu rosto, pálido, com uma franja loura em seu rosto e os olhos negros totalmente, e como se tivessem lágrimas negras pelo seu rosto (lembra levemente os olhos do eyeless Jack). Então ele sorriu e desapareceu.
Jessy estava a beira da morte, totalmente cortada...ensanguentada...inconsciente. A escola toda que ainda ficava lá após as últimas aulas entrou em estado de histeria coletiva, e logo os professores chamaram a ambulância.
(obs: a Jessy não morreu!)

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