César?

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    Seus olhos se abriam com a visão de uma mulher embaçada, ia abrindo os olhos devagarinho e percebeu que era sua mãe que estava acordando o garoto:
- Meu filho, acorda, já está quase na hora de ir na agência. Falava sua mãe baixinho enquanto dava breves empurrãozinhos em seu ombro. Ao ouvir aquelas doces palavras , deu um salto de sua cama, havia esquecido totalmente sobre a reunião na agência,  pegou a toalha mais próxima e correu para o banheiro, a água estava muito fria, seu corpo estava muito gelado, o desespero tinha sido tão grande que esqueceu de ligar o chuveiro elétrico de seu banheiro.
     Seu banho tinha sido bem rápido, demorou uns 3 minutos e já havia terminado, foi para seu quarto e procurou suas melhores roupas, pois não queria causar má impressão na sua primeira , procurou aquelas roupas que guardava para eventos especiais, pegou todas e jogou em sua cama, analisou bem todas as roupas e já sabia o que iria vestir, pegou uma calça branca e uma blusa com estampa indiana preta que possuia, rapidamente vestiu e correu para cozinha,  seu café já estava pronto e sua mãe estava na sala assistindo seus programas preferidos da manhã.
     Ao chegar na mesa da cozinha, viu suas torradas e seu suco de laranja, sentou na mesa e começou a comer, seu corpo estava ali, mas sua mente rondava atrás de imagens de como seria lá,  quanta gente ele ia ver, o sucesso que poderia ter , entre outras coisas, seus pensamentos estavam desorganizados,  era muita coisa para aquela cabecinha pensar, mas não poderia perde o foco, ele ainda tinha que conseguir o dinheiro pro tratamento de sua mãe, que a cada dia que se passava parecia mais doente.
     Com o termino do seu café,  limpou sua boca e foi em direção a sala, onde estava sua mãe,  ela parecia estar cansada, seu rosto estava com aspecto de morto, mal conseguia abrir seus olhos de tanto sono, tinha acordado muito cedo para preparar as coisas de Lito, que a olhava com um olhar de orgulho, orgulho de ter uma pessoa tão incrivel na família:
- Mãe já estou indo lá. Falou Lito indo em direção a porta.
- Boa sorte meu filho. Respondia a mãe com um lindo sorriso, enquanto o filho saía pela porta.
       Lito se dirigia na direção da calçada com passos largos, na esperança de aparecer algum táxi naquela área, estava rodando e rodando e nada de aparecer,  até que dobrou uma esquina próxima e logo viu um táxi, acenou para o rapaz na esperança de que ele parace, pois havia uma outra pessoa no táxi,  que com toda certeza seria um outro cliente, foi quando percebeu um movimento estranho dentro do táxi,  como se a pessoa do banco traseiro comunicasse algo para o motorista, que ao chegar perto do garoto, logo parou, o menino achou estranho, mas não podia perde mais tempo e entrou rapidamente, sentou no banco da frente e disse seu destino ao taxista, que tentava encontrar no garoto o motivo pelo rapaz do banco traseiro ter mandado parar.
    Lito olhava discretamente pelo espelho afim de descobrir quem era aquele rapaz, seu rosto estava totalmente coberto, não conseguia identificar aquela pessoa, apenas o que mais lhe chamava atenção era seu terno vermelho com um imenso broche de lagarto todo produzido a ouro, aquela lagarto não sairia mais de sua cabeça, o ouro era reluzente e os traços perfeitos, um broche impecável,  até que o motorista resolveu quebrar aquele silêncio e ao observa o broche fez um breve comentario:
- Nossa, seu broche é muito bonito , caro?                      
     -R$ 3.000 para ser exato. Falava o homem com um sorriso debochado. Aquela voz era estranha, parecia forçada, "Quem é esse cara e o porque dele me ajudar? " pensava o jovem garoto que ao perceber estava enfrente a agência,  seus olhos estavam vidrados no tamanho daquele prédio, pagou o taxista e saiu parando ainda na frente do prédio, aquela agência era enorme, eram várias e várias pessoas entrando sem parar, os trabalhos ali deveriam ser contínuos,  mesmo ludibriado com o tamanho do local, respirou fundo e disse a si mesmo:
- chegou a hora, não estrague tudo garoto.
    Com a confiança muito iminente,  o garoto levantou seu queixo e entrou na agência,  para as pessoas que o olhavam trasmitia uma segurança incrivelmente admirável,  mal sabendo eles que por dentro o garoto estava quase chorando de tão nervoso, ainda com seus passos longos e confiantes o garoto foi em direção a um balcão onde havia duas atendentes que o comia com os olhos :
- Bom dia, tenho hora marcada com o Sr. William Amethyst. Falou Lito todo imperioso com uma das atendentes.
- Seu nome por favor? Perguntou a mulher enquanto o olhava dos pés a cabeça, admirada com tanta beleza em um homem só.
- Lito. Respondia o garoto, enquanto ajeitava seu cabelo,  arrancando suspiros da outra mulher que estava no balcão.
- Esta aqui, bom, entre a direita e pegue o elevador de cor vermelha, Sr. Amethyst está a sua espera. Respondia a mulher com um olhar sedutor na tentativa de ludibriar o garoto que ao ouvir as instruções saiu sem dar bola para as duas mulheres que ali estavam a se derreter pelo jovem rapaz loiro.
    Seguiu o caminho e chegou ao elevador de cor vermelha, enfrente avia um segurança negro , com um belo corpo malhado, que ao ver o garoto , abriu o elevador para que Lito entrasse, sem dizer nenhuma palavra o garoto entrou e virou em direção aos botões do elevador, que para sua surpresa havia somente 1, com um pequeno desenho nele, ainda nervoso e um pouco confuso o garoto apertou e logo o elevador começou a subir em direção ao destino que não demorou muito a chegar.
    Respirou fundo novamente e andou para fora do elevador, não havia ninguem no local , a sala era completamente vermelha, possuindo um cheiro agradável de morangos, seguiu caminhando em frente,  o local era cheio de salas, cada uma com um número de identificação,  mas, o que seria aquilo? Seu caminho era reto e levava para uma porta central isolada, sem um pingo de dúvida deveria ser a sala de William, o garoto caminhava calmamente observando cada detalhe, até que abaixou sua cabeça e continuo andando em direção a sala, o caminho era um pouco longo, havia umas 20 portas antes da principal, andando como sempre destraido o menino Lito barroa em uma pessoa:
- Opa, desculpa. Falou Lito enquanto se limpava e ao olhar para o rosto do indivíduo para ajuda-lo a se limpar se deparou com seu professor, sim, o professor César, " primeiro a droga , agora isso?  O que ele faz aqui?" pensava Lito enquanto olhava vidrado para César que o observava como se já soubesse o que rolava lá,  ele parecia não acreditar que aquele garoto estava ali, mas o por que o homem estava tão impressionado,  o que aquele lindo lugar escondia?
- Você não me viu aqui garoto, me ajude que eu te ajudo. Falou César com um tom de ameaça enquanto ia em direção ao elevador, o garoto ainda estava sem acreditar, o que seu professor fazia ali?
    Pensou melhor e resolveu continuar a andar em direção a sala de William que estava ainda esperando, foi quando olhou para o lado e viu a porta de onde César saiu, semi aberta, e pra sua surpresa havia uma pessoa lá,  um garoto pelado em cima da cama, Lito estava em choque, "César estava fazendo programa? Hahaha estão os boatos eram verdadeiros, que safado " pensava Lito que continuava indo em direção a sala, andou mais algus passos e finalmente havia chegado, era uma porta enorme, com um pintura um pouco grotesca de largatos.
Toc Toc Toc
- ENTRE LITO. Gritou William indicando que o garoto já estava ao esperar.
    Respirou fundo pela ultima vez e abriu a porta , seus olhos estavam fechados.
- Estava a sua espera. Falou o homem com um tom um pouco ousado.
   Foi então que o jovem Lito abriu seus olhos e para sua surpresa...

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