Capítulo 31

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Deixei a minha bolsa em minha sala e liguei o meu computador, eu iria até a sala do Alexandre. Precisava deixá-lo a par da situação, mesmo sem saber ao certo como falar. Nem eu estou acreditando que estou realmente grávida, eu nem deveria estar grávida, não queria e nem estava psicologicamente preparada para estar gravida, precisava dividir isso com o Alexandre depois que eu entender calmamente o que aconteceu com o meu método ultra mega seguro. Suspirei, ele já foi pai cinco vezes, saberia como agir muito melhor que eu.

Acenei para a Joana.

—Bom dia! Ele tá aí? _Apontei para a porta.

—Tá, mas eu não tenho certeza se já acabou a reunião. Bate aí para ver.

Dei dois toques na porta.

— A reunião não acabou. _uma voz feminina falou.

— Pelo visto ele ainda está em reunião, eu volto mais tarde! Tenha um bom dia Jô!!

Adiantei o meu trabalho da tarde e tive que organizar toda a agenda da Daphne, agregando o eventos do e-mail dela que ela faz questão de ignorar e depois me faz remanejar para algum dia vago. Abaixei a cabeça sobre a mesa e suspirei. O que eu vou fazer agora? Eu precisava de alguns dias para entender isso e só então falar em voz alta. Alexandre só irá saber depois, depois que eu entender como isso aconteceu, claro, eu sei como aconteceu. Não sou nem uma idiota para se fingir de sonsa, mas poxa! A chances de eu estar grávida era mínima.
O Alexandre me propôs trabalhar diretamente com ele, mas não iria dar certo, então preferi ficar mais afastada e aqui na empresa nosso relacionamento em tese era para ser absolutamente profissional. Mas é claro que ele não aceitou isso de bom grado e direto dá suas escapadas e aparece na minha sala.

Terminei de agendar todos os eventos da agenda dela e peguei também o relatório do setor comercial, fui levar para a Daphne .
Dei dois toques na porta e a abrir.

— Senhorita Glinfger, o relatório que me pediu!

—Ótimo! Leve para a Darlene e peça para o Christian assinar.

— Ok, com licença!

Darlene ficava no andar de cima, ela é a secretária do Christian. Entreguei o relatório para ela e a ajudei a procurar a ata da reunião do dia anterior. Bem, além disso, dei um google e vi que havia a possibilidade de o bebê não ser gerado no útero. Óbvio que eu me desesperei, antes era só com a possibilidade da gravidez, mas agora tem essa do bebê não ser gerado no útero. Se ele não for gerado no útero, onde que ele será gerado? Ok, eu estava tremula, tonta e com o coração acelerado. Essa notícia era tudo que eu não precisava. Caminhei até a sala do Alexandre, o avisaria que iria almoçar na minha mãe, mas da gravidez eu ainda não falaria nada. Eu preciso fazer um checkup geral, um laboratório que faça um exame completo sobre tudo e só então me acalmaria. Talvez eu nem esteja gravida, erros acontecem.

Joana deixou avisado em um post it que iria almoçar, abrir a porta da sala do Alexandre.

— Amor eu... _parei na mesma hora em que o vi analisando o rosto de uma moça ao segurar suas bochechas._ Ah me desculpem, eu achei que já havia terminado, eu só vim avisar que vou almoçar na minha mãe.

A moça analisou-me e revirou os olhos.

— E você não tem celular para avisar?_ ela esbravejou.

Ok, não precisava dessa grosseria. Mas eu não precisava de mais um problema hoje, caso contrário, meu cérebro surtaria.

— Tenho, me desculpem._ Fechei a porta e voltei ao elevador.

Estou com a cabeça fritando demais para agregar novas preocupações a ela. Já basta o fato de existir 99,8% de chance de eu estar grávida e o bebê não ser gerado no útero. Encostei a cabeça na parede do elevador e suspirei.

A BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora