Capítulo 37

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 Depois que aluguei o Apartamento, conseguir de fato arrumar tudo e o melhor (ou pior) é que sou vizinha do Pedro, ou seja, nada de campainha. Tudo vai no grito mesmo e não faz nem três semanas direito que moro aqui e já tenho uma vizinha que se pudessem me dava um tiro. Motivo? O Pedro me grita, eu respondo com grito e a velha do 105 grita mandando a gente calar a boca. 

Eu já falei para aquele tapado para de gritar para saber se eu estou em casa é só me mandar um SMS, me ligar ou simplesmente tocar a campainha como pessoas normais fazem. Mas não! O Pedro não poderia simplesmente agir como pessoa normal, afinal, ele não é normal.
Sobre minha gravidez, estamos todos radiantes, minha barriga está enorme, a minha mãe não se aguenta e não pode ver a barriga mexendo que já fica eufórica, eu não vou nem falar nada da Ella e da Thaís, o Pedro não pode ver uma coisinha bonitinha que já traz para os bebês, por enquanto estamos comprando cores neutras não sabemos se vai ser menina ou menino ainda. Sobre o Alexandre, tenho o evitado por completo, ele não merece fazer parte da vida dos meus bebês e ele não sabe que são gêmeos, pelo menos eu não falei nada e pedi para os outros também não falarem nada.
Eu me demiti da BeckHam, estou apenas cumprindo aviso prévio. Eu terei que ir mais uma semana daí que completar o mês. Depois eu irei viajar junto com a Ella, tínhamos planejado essa viajem já faz vários meses, mas nunca tínhamos um tempo certo para ir. Enfim, deixei ela escolher o local da nossa viajem. Espero que ela não exagere. Ela me perguntou seu e aguentava muitas horas em um avião e por aí eu já suspeitei que seria uma viajem Internacional. Ultimamente eu estou vivendo apenas um dia após outro. É melhor assim, sem preocupação. Não totalmente, mas tentar se livrar um pouco de problemas pode fazer bem para a minha saúde. Estou pensando apenas nos bebês, já tenho várias mamadeiras, chupetas entre outros. Alexandre pediu para entregar na casa da minha mãe um monte de roupinhas brancas e fraudas, eu não sei se irei repensar se ele verá ou não os bebês. Eu sei que ele é o pai e tem por direito conhecer os filhos, mas ainda é o meu momento e eles ainda estão guardados. Eu posso deixar esse assunto para depois.
Sobre as crianças, eu sinto muita falta daqueles pirralhos encrenqueiros, eles eram minha diversão principalmente quando brincávamos no jardim ou em qualquer outro lugar, eles me faziam entrar em um mundo mágico totalmente deles. Eu ligo para eles, não toda vez. Sinto imensa falta deles.

Coloquei o prato e o copo na pia, peguei minha bolsa, a chave do carro e fui para a empresa.
Eu costumo chegar no mesmo horário que chegava quando morava com o Alexandre, mas procuro o evitar por completo.
Nós não tivemos nenhuma conversa formal depois da briga, eu não quis. Ele até tentou, mas aquilo foi a gota d'água, a ponta do iceberg. Nada de conversa, por enquanto.

Entrei na empresa e fui direto para a minha sala. Arrumei a mesa, peguei o Ipad e segui até a sala da megera.

Dei dois toques na porta.

—Entre!

Eu a enjoei, espero que meus bebês não se pareçam com ela. Espero mesmo.

—Bom dia Senhorita Daphne, vim repassar sua agenda!

—Pode começar!

—As nove e meia a Senhorita tem uma reunião com os contratantes terceirizados, As 10:20h tem que checar as exportações, às 14:00 você..._o telefone começou a tocar e eu me calei.

—Ahan, ok! Não se preocupe, ela é profissional. Ela vai! _terminou e sorriu— Você vai ficar com o Alexandre hoje, a secretaria dele faltou de novo e você vai acompanhá-lo nas obrigações de hoje! _sorriu.

Ela sabe que nós terminamos, mas não mede esforços para me deixar constrangida.

—Mas...

—Nada de "mas" Júlia! Seja profissional!

A BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora