Capítulo 41

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Dor de cabeça, febre, garganta inflamada, corpo dolorido e frio, isso me definia nesse momento.
Em pleno Sábado, eu estou doente e sem coragem alguma para fazer nada.
Ontem depois que cheguei da casa do Alexandre, meia noite a Gabi me ligou para buscá-la em uma festa. Segundo ela, os amigos não estava nem um pouco amigável. E como a minha mãe viajou e o Chris provavelmente está no apartamento da Thaís, a pirralha me ligou.
Ela deve estar desmaiada de sono no outro quarto.
Me levantei da cama para beber água, olhei no relógio 09:20.
Provavelmente peguei uma gripe das bravas, por talvez ter ficado muito tempo na piscina com as crianças. Alexandre insistiu para que eu dormisse lá. Mas eu tinha algumas coisas para fazer aqui e hoje pela manhã a avó materna das crianças iria buscá-las.
Fui à caixinha de medicamentos pegar o remédio e como era de se esperar, eu não comprei o remédio para gripe, pelo simples fato de ter esquecido. Como dizia Candinha, eu só não esqueço a cabeça porque é grudada no corpo.

Peguei o telefone para ligar para farmácia mais próxima que faça entrega e de preferência me dê o remédio na boca com um pouquinho de água e se não for muito abuso que me pegue no colo e me coloque na cama pra dormir. Duvido muito alguém querer pegar uma grávida de quase oito meses, no colo.

Liguei para a farmácia e fui me deitar. Alexandre não me responde desde ontem. Eu já mandei um milhão de mensagens e ele visualiza e ignora, eu espero realmente que o celular estoure na mão dele. Para ele aprender a não ignorar uma grávida doente. Aliás, ele nem sabe que eu estou doente.
Me encolhi mais na cama com o propósito de me manter quente e afastar esse frio que faz meu corpo todo arrepiar.

Dez minutos depois a campainha toca, provavelmente o carinha da farmácia veio a jato ou por ter ouvido a minha voz tão baixa resolveu me atender primeiro. Isso pode ser considerado um privilégio.
Levantei da cama praticamente me arrastando, peguei o dinheiro na minha carteira, espero que com esse remédio eu pare com essa agonia e fique logo ótima. Até porque combinei de almoçar com a Thaís.
Abrir a porta...

Ah, agora ele resolve aparecer! Me ignora vinte e quatro horas e só agora resolve aparecer na minha porta exageradamente lindo e pelo o que parece com comida. Revirei os olhos.

—Amor o que houve? Você está bem? _Me deu um selinho.

Eu não estava nem um pouco ajeitada, usei todos os meios para me esquentar, meias, moletons, toca. Eu estava parecendo uma doida.

—Eu estou maravilhosa, não está vendo? _ironizei e fui para o meu quarto.

Cobri todo o meu corpo, eu estava com muito frio e com um pouco de raiva do Alexandre por me ignorar, ouvir dizer que a gravidez deixa a mulher mais sensível que o normal.

—Amor o que você tem? _perguntou provavelmente me olhando.

—Nada! Eu tô bem!

Ah, eu estou super bem! Quase nem conseguindo respirar, mas estou super bem!

—Jú se tem uma coisa que você não tá, é bem!—tirou a coberta do meu rosto.—Você está queimando de febre!

Não, eu só estou com frio!

Óbvio que eu não estava bem.
A campainha tocou.

—Está esperando alguém?

—Sim... O carinha da farmácia!_ Eu iria me levantar, mas desistir ao ver meu corpo todo arrepiar com o vento que entrava da pequena brecha da janela.

Ele sorriu.

—Pode pegar pra mim?

—Já volto!

Saiu do quarto.

Agora sim eu espero ficar novinha em folha e dormir, pelo menos até a hora do almoço.

A BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora