2. Luposlipafobia

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Deem play no vídeo da multimídia quando eu pedir.
Boa leitura :)

Quando finalmente consigo parar de encarar a porta, voltamos para a sala de Namjoon para continuarmos a conversa. A cadeira de couro na qual me sento parece ser mais cara que meu apartamento. Todo esse escritório é, na verdade.

A sala possui altas paredes brancas com móveis de madeira vermelha. A mesa de Namjoon é larga e comprida, as gavetas são grandes e espaçosas, sua cadeira de couro é alta, parece até um trono. Ao lado da mesa, num canto da sala há um armário alto e da mesma cor dor outros móveis. Provavelmente é lá que ele guarda dados de todos os pacientes.

- Dr. Jeon, creio que você já saiba seu horário de trabalho. -  eu concordo. Foi tudo me enviado por e-mail essa semana. - Então, o que nos resta é decidir a sua ala de pacientes, fique à vontade para escolher onde achar que trabalhará melhor. Bem, eu acho mais apropriado a ala de fobias. Não são pacientes muito difíceis de lidar e posso avaliar seu trabalho e te promover assim. Conforme você vai se destacando, vai subindo de andar. O que acha? - penso em sua oferta e percebo que para um psiquiatra um tanto inexperiente como eu, pode ser melhor para mim, ficar no local menos louco desse lugar.

- Eu acho que está tudo bem. Será que eu posso começar com a Jihyo? Ela está disponível agora. - parece ser alguém que consigo lidar inicialmente, mas ao mesmo tempo ela parece ser um desafio para mim. É estranho, mas quero ver no que vai dar.

- É claro, ela ficou sem um psiquiatra no último mês, pode ir agora. Esta é a ficha dela. - ele vai até o armário e logo, me entrega uma pasta com seus documentos. A primeira coisa que leio: Seu nome é Park Jihyo, tem 19 anos e seu problema é Luposlipafobia. Tem o nome dos pais e familiares, a idade que chegou e uma escala com os avanços que o hospital teve com relação ao seu tratamento. Não parece muito bom. Aparentemente, Jihyo desenvolveu essa fobia há 6 anos após a morte de sua irmã.

- É só isso? Não tem mais nada?- pergunto um pouco perdido.

- Desde que chegou aqui, há quase quatro anos, ela não disse para nenhuma psiquiatra o que aconteceu, não conseguimos descobrir mais nada.

- Bom, acho que não tem problema. - acho - Muito obrigado pela oportunidade Sr. Kim. - levanto da cadeira, faço uma breve reverencia e me viro para sair da sala.

- Ah, Dr. Jeon... - me viro de novo para encará-lo.

- Aqui está seu uniforme. - ele estende na minha direção um jaleco branco dentro de um saco plástico. - O senhor pode mostrar o seu crachá para algum segurança daquela ala que ele permitirá sua entrada. Quando sua sessão terminar, um dos nossos seguranças irá avisá-lo e então o senhor pode vir aqui ver qual será seu novo paciente. Vou deixar uma escala pronta.

- Tudo certo. Obrigado mais uma vez Sr. Kim. - me viro de novo e saio da sala.

Visto o jaleco enquanto caminho até a ala de fobias. Não foi difícil achar o quarto de Jihyo, pois assim que entro na ala procurada, consigo ouvir seus gritos de socorro. Vejo um dos seguranças passando em frente ao quarto que quero entrar, então lhe mostro o meu crachá.

-  Eu nunca te vi por aqui. Você é novo? - o segurança, um pouco mais alto que eu, pergunta.

-  Sim, sou Jeon Jeongguk, novo psiquiatra. - respondo balançando levemente a cabeça para cumprimentá-lo. Será que eu já disse muitas vezes essa frase hoje?

-  Prazer, eu sou Seokjin. Vai ser psiquiatra da Jihyo? - eu concordo - Boa sorte, então. Ela está aqui desde a adolescência. As últimas três psiquiatras que tentaram falar com ela, pediram para trocar de ala por terem perdido a paciência, ela parece um caso perdido.

Psycho • [kth+jjk]Onde histórias criam vida. Descubra agora