Capítulo 25 - Nobody said it was easy

86 3 0
                                    

N/a: Os capítulos serão grandes daqui pra frente, um ou dois com menos de quatro mil palavras, apenas. Eu aviso porque tem gente que cansa de ler capítulos longos. E eu gosto bastante desse, não sei o motivo. USAAUHSHSUA Enfim, espero que gostem. ♥ 

- Invasão Sophia: Hey, abre seu ask no tumblr, preciso muito falar com você. 
báh, amo cap longos *_*

Lauren POV.

 Suspirei deslumbrada pela décima vez em dez minutos enquanto observava Camila dormir. Durante a noite ela rolou para o lado, o que explicava a posição em que se encontrava. As mãos embaixo do travesseiro, um joelho dobrado, a outra perna esticada, os lábios levemente separados onde um pequeno ronco saía de sua garganta, um som gostoso, uma respiração pesada.

Ergui minha mão e coloquei para trás uma mecha de cabelo que caía sobre seu rosto, usando de todo o cuidado do mundo. Esqueci-me de fechar as cortinas da janela, por isso uma pequena parcela da luz do sol estava fixa em seu rosto, um brilho descomunal. Como ela podia ser tão linda até dormindo? Como ela conseguia me fazer respirar mais rápido até mexendo as sobrancelhas perdida em um sono gostoso? Mordi o lábio inferior e sorri, beijando seu ombro antes de me sentar na cama, colocando meus pés no chão gelado.

Olhei ao meu redor e tudo parecia exatamente no lugar que eu deixei, nada fora do meu gosto, do padrão que eu seguia para organizar as minhas coisas. Eu era chata, confesso, chata e perfeccionista, chata e um pouco egoísta com o que era meu, mas acontece que eram minhas coisas, coisas minhas tinham que ficar sob meus olhos e pronto. Bom, naquele momento as coisas não apenas me pertenciam, como também pertenciam à Camila. Eu descobri mais uma vez que a amava enlouquecidamente quando pensei sentada naquela cama, naquele minuto que tudo o que estava dentro daquele quarto também era dela, desde um par de brincos dentro da minha caixinha de joias até meu edredom preferido dobrado cuidadosamente dentro do meu closet. Pois é, quando namoramos não existe mais isso de “apenas meu” não, você passa a não ver problemas em dizer “tudo o que é meu é teu.” Engraçado, não é?

Balancei a cabeça para afastar os pensamentos e me levantei, fechei as cortinas para que o sol não atrapalhasse o sono da minha garota e andei até o banheiro para fazer minha higiene matinal. Depois de ter o rosto lavado e o hálito fresco novamente, dei uma última olhada em Camila antes de sair do quarto.

Silêncio. Ninguém havia acordado ainda, como sempre eu sendo a primeira. Desci as escadas e avancei para a sala vazia e gelada, não sei por qual motivo Normani insistia em deixar aquele ar condicionado ligado até quando íamos dormir. Ela queria o quê? Refrescar os móveis? Rolei os olhos quando alcancei a cozinha, iria abrir a geladeira para pegar meu suco de laranja quando ouvi a campainha tocar. Parei no mesmo instante e girei sobre meus calcanhares, minhas sobrancelhas erguidas.

: - Ué.

Resmunguei sozinha. Olhei no relógio e ele marcava exatamente 9:00 em ponto. Quem seria? O porteiro não anunciou, não tocaram o interfone. Deslizei a mão pelo cabelo completamente curiosa e comecei a andar com pressa de volta para a sala apenas para abrir a porta.

Subi os três pequenos degraus que antecediam a porta grande de madeira brilhosa e levei meu dedo até o pequeno botão do interfone, apertando para falar.

: - Quem é?

Perguntei e logo depois retirei meu dedo. Tínhamos um interfone que era ligado diretamente com a portaria do condomínio e outro unicamente para nós, para uso pessoal. A resposta demorou um pouco, mas logo veio, veio com força e eu pude sentir um chute no meu estômago.

: - Seu pai, Lauren. – Meu pai. Meu pai caralho, meu pai estava do outro lado daquela porta. Mas como assim? O que ele estava fazendo ali? Por que não me avisou que chegaria? Por que não me preparou antes? Não recebi uma ligação dele e do nada ele brota na porta da minha casa. Minha garganta ficou seca, podia sentir um reboliço desgraçado no meu estômago, aquele enjoo matinal de quem está com a barriga vazia piorando triplamente. – Lauren, eu estou cansado, gostaria de me sentar um pouco. Poderia abrir a porta?

Falling in love for the last time Onde histórias criam vida. Descubra agora