Trens

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Sonoros Assobios Partindo Da Estação
Fumaça,Neblina,Trilhando
As Vidas
Partindo No Desconhecido,
Ficando No Ar Sentimento Imensamente Recíproco
Mal Saiu Da Estação,Saudade
Já Lhe Acompanha
Saudade Fluindo Com Seus Temores,Revirando Suas Entranhas
Um Abraço Prolongado,Um Bilhete Amassado,Alguns Lágrimas Nas Malas Guardadas,Logo Mais Ela
Se Esvai Se Soltando Das Faces Pálidas
Desce Por Entre O Rosto,Como Forte Corredeira,Fumaça Soprando Nevoeiros,
Acenando Junto Por Já Não Saber O Que a Vida Trama
Se "Adeus"Serão Sempre as Utilmas Palavras
Então Os Trilhos Rangendo,
Os Laços Se Desfazendo,
Os Sentindos Rompendo
Os Trens,Os Túneis
Deixando Cada Ranger Uma História Para Trás
Sol Estampado Por Entre As Nuvens,Luzes Na Vidraça
Nas Janelas Derretendo
Frases Sopradas,Trocando Estação
Continuando Fumegante,Trem
Por Estações Se Mantendo Operante

Voltando Pelas Datas,Trazendo De Volta Toda Saudade,Deixando Ela De Lado,
Nomes Nas Placas Recheados
De Significados,Peito Pulsante,
Qurendo Os Braços,Voltando Sobrevivente De Mais Um Ano Solitário,Rodopiar Nos Andares,Fumaça Seçando.
Os Trilhos Se Acalmaram,
As Rodas Pararam,Se Estacionaram Embarcando Mais Saudades,Deixando No Alívio,Almas Aflitas,
Descanso Sossegado Da Monótona Vida

As Vezes Quando Os Trens Partem De Três em Três Horas,
Deixa No Ar,Será Que Ele Tem Alguém Que O Espere Lá Fora...

Matheus Rosa

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