Capítulo 6

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Quando chegamos ao hospital, fomos direto para a recepção, informei a recepcionista os meus dados, que nos mandou para a sala de espera logo após. Na sala de espera tinham varias mulheres grávidas algumas acompanhadas de seus maridos, o que me fez pensar no Jason, em como eu gostaria que ele estivesse aqui comigo. Mas logo trato de dispersar esse pensamento, ele nunca mais vai voltar para a minha vida e se voltar, eu sumo de vez da vida dele.

Uma mulher de meia idade chama meu nome e pede para acompanha-la, a todo momento Eva fica ao meu lado e a olho agradecida por isso, entramos na sala e sentamos nas cadeiras de frente para a médica.

- Bom dia. - Nos cumprimenta com um grande sorriso.

- Bom dia. - Respondemos em uníssono.

- Então, Calíope, meu nome é Larissa. Preciso te fazer algumas perguntas, irei te passar alguns exames e te encaminhar para uma obstetra, que poderá atende-la logo após nossa conversa. Certo? - Indaga a mulher a minha frente  

Depois mais ou menos meia hora respondendo as perguntas da médica, ela me passa vários exames, incluindo uma consulta com um ginecologista e me pede para esperar enquanto liga para a obstetra que irá fazer minha primeira ultrassom. 

Em pouco tempo uma mulher ruiva, de olhos verdes, que se apresentou como Roberta, aparentando ter no máximo 25 anos, entra na sala pedindo para acompanha-la. Entramos em uma sala com uma maca e alguns aparelhos. Ela pede para que eu me deite e levante a blusa, faço o que ela pede, com cuidado ela passa um gel em minha barriga e começa a passar um maquininha.

- Esse é o seu filho. - Diz apontando para a tela. - Quer ouvir os batimentos? - Me pergunta. Eu apenas balancei a cabeça indicando que sim.

Em poucos minutos escuto o som de um coração batendo o que me fez querer chorar e eu não sabia o porquê mas naquele momento só sentia que era uma das coisas mais lindas que já ouvi na vida, e uma felicidade sem tamanho começou a me preencher como se fosse um copo de água, sentia que iria transbordar a qualquer momento, estava tão feliz. Me concentrei no sonzinho de seu pequeno coração e olhei assustada para a mulher ruiva a minha frente enquanto Eva estava chorando. O coração do bebê estava acelerado demais, como se fossem dois barulhos diferentes.

- São gêmeos. - Diz a obstetra sorrindo com carinho. A olho desesperada não podem ser duas crianças. - Olha a tela, as duas. Uma estava escondida atrás da outra, por isso não percebemos.

- Como eu vou cuidar de dois bebês? - Olho para Eva com desespero.

- Eu e Joana iremos te ajudar querida, não se preocupe. - Fala tentando me acalmar.

Em seguida a doutora Roberta me orientou sobre os cuidados que eu preciso tomar, por ser gêmeos, eu teria que tomar muito cuidado e me alimentar bem, pois tinha que me alimentar por três.

Admito que Joana estava certa. Ouvi os corações dos meus filhos foi uma melodia perfeita para meus ouvidos, eu entrei naquela sala decidida a não ter esse bebê e sai realizada, sem acreditar que vou ser mãe e decidida a ter esses bebês e vou ama-los tanto.

Eu estava feliz, como poderia não estar? Mas pensar que teria que cuidar não de uma, mais sim de duas crianças ao mesmo tempo, é uma bagagem enorme. Mas Deus colocou a Joana e a Eva em minha vida e não foi a toa. Não que eu queira que elas criem meus filhos por mim. Mas toda ajuda agora será bem vinda.

Saiu do hospital com Eva em meu encalço me dando mais orientações. Pegamos um táxi e fomos direto para a floricultura. Quando entro vejo Joana vermelha e o Daniel, o dono do restaurante. Minha amiga não estava com uma cara muito boa, seu ódio era palpável.

- Suma da minha frente, eu não vou nem dá uma chance para você entrar na minha calcinha e me jogar fora como um copo descartável, seu grande imbecil. - Gritava ela com o pobre homem.

Nosso amorOnde histórias criam vida. Descubra agora