Não foi a primeira vez que o Homem-Café salvou o mundo e não levou o crédito, mas não importava. Havia muito serviço a fazer.
— Você ainda tá aí, moleque? — Café olhava tenso, sob disfarce, para os dois super poderosos que saiam do Elevador Lacerda para entrar na Praça Tomé de Souza, na Cidade Alta. Temia que a ação pudesse levar dano colateral a civis.
— Tô! — respondeu a projeção espectral transtemporal de Coffee Break, surgindo ao lado dele — Agora, espera mais um pouco... Os idiotas vão cair direitinho em nossa armadilha.
Café piscou para Coffee Break. Um vendedor de fitinhas do Senhor do Bonfim e outros badulaques ficou olhando esquisito para Café. Parecia um louco olhando para o vazio e conversando sozinho.
— Vixe, meu rei. Ondé que cê arrumou esse fumo? É coisa boa, né?
Café deu uma boa encarada raivosa no ambulante, e este seguiu seu caminho.
— Num precisava se retá, né painho?
Café voltou sua atenção para a dupla de malfeitores... Estava começando as se habituar e gostar com o fato de ter um parceiro invisível na luta contra o crime. Ainda que isso tivesse alguns inconvenientes.
— Agora, Café, vai! — anunciou Coffee Break.
Ele correu para interceptá-los. Era só mais um dia na luta contra o crime. E no Brasil, infelizmente, não havia perspectiva de faltar serviço para o Homem-Café, tão cedo...
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Homem-Café - Apocalipse
Ciencia FicciónDepois de deixar a presidência da república, o Homem-Café enfrenta uma nova ameaça: o apocalipse. O destino do planeta está nas mãos do maior herói brasileiro. Será que ele conseguirá salvar a todos? O quarto conto da série. Chegando aqui agora? P...