inicio de um longo caminho

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Pov. Emma Swan.

Estava parada a frente de sua porta. Será que devo entrar? Respiro, inspiro, conto até 10, e por fim me decido que sim.

Com um gesto do meu punho direito, bato contra a porta de madeira. Ariel havia sido a única a ficar ao meu lado, já que Ruby estava viajando com seus pais. E eu não conseguia nem mais olhar nos olhos de Graham. Eu sei que no fundo que ele não fez por que quis, mas isso não justificava nada. Ele me traiu, assim como Regina. Ela pode ser uma vadia, mas sei que sabe muito bem manipular alguém.

E ele caiu no seu joguinho. Assim como eu.

A mesma atende a porta de seu apartamento, e rapidamente abro um sorriso fingido. Eu não me sentia bem, nem um pouco, porém não queria conversar e ficar mais triste. Eu não estava lá para chorar, e me vitimizar, Isso ainda me doía muito, e ainda vai doer para o resto da minha vida, por isso era meu fardo. Mas eu não podia deixar a Regina trazer toda essa dor a tona. Eu não daria esse gostinho a ela. Então, chega de tristeza! Tudo o que eu mais queria era uma distração. Algo que me fizesse sentir viva. E pelo que percebi, Ariel parecia querer me fazer sentir assim. Viva.

Ela sorri abaixando o olhar quase como se tivesse vergonha de mim. Ou não conseguisse fitar os mesmo por muito tempo. Rolo os meus olhos por todo seu corpo, estranhamente ela está vestida por um roupão em tons escuros, que destacavam ainda mais a cor de sua pele alva, e seus cabelos vermelhos, que estão amarrados em um coque feito as pressas, e delicadamente alguns fios dos mesmo caiam sobre seu rosto deixando-a incrivelmente linda. Percebo que em sua mão direita ela segura, uma caneca grande de café.

Ariel queria apenas conversar. - concluo.

Seu corpo me dá espaço para que eu entre. Olho cuidadosamente toda a sala, fitando cada pecadinho e logo depois parando de pé no meio da mesma. Ariel segue meus olhos, com os seus.

— Fique á vontade. - ouço-a dizer atrás de mim. Olho desnorteada não sabendo o que fazer. Talvez essa tenha sido uma péssima ideia, penso. — Sente-se. Vou buscar café para você. - Ariel diz com um sorriso doce.

Dou uma ultima checada olhando de um lado para o outro. Antes de sair, ela pousa sua caneca em cima da mesinha de centro que ficava de frente para o seu sofá principal. E vai até a cozinha, que é separada da sala apenas por um balcão com pequenas pedrinhas na cor lilás. Tudo era tão delicadamente pequeno, e detalhista que mais parecia uma casa de boneca. Vejo-a pegar a garrafa de café, e despeja-lo em uma caneca rosa.

Ariel estava sendo muito diferente. Agora ela parecia mais frágil, fofa, e não aquela sexy mulher de vestido vermelho que conheci naquele bar. No mesmo instante tenho vontade de ir embora. Realmente foi uma péssima ideia.

Logo um monte de pensamentos invadem minha cabeça, deixando-me paranoica. Sei que ela vai perguntar sobre meu surto no Associated Mills, e depois vai querer saber sobre minha infância. Sei que se começar a falar sobre isso, me desmancharei em lágrimas, e não sei se conseguirei parar.

Quando percebo ela está em pé na minha frente, com uma caneca tão grande quanto a sua em sua mão direita, e logo depois senta-se ao meu lado no seu grande sofá antigo me entregado a caneca. Sorrio nervosamente ao ver o que está escrito nos arredores da caneca. "Filha da mamãe coruja". Ariel abaixa a cabeça novamente e sorri, tirando um fio de cabelo que insistia em cair sobre seus olhos.

Tento relaxar. Estava me sentindo sufocada só de pensar que Ariel pudesse me encher de perguntas, que eu não saberia como responder.

— Foi a minha mãe. - levanta o olhar, me fazendo fitar os seus profundos olhos azuis.

Você mudou tudo em mimOnde histórias criam vida. Descubra agora