Era natal na casa de Bobby Singer, época de paz, alegria, confraternização... E o velho beberrão decidiu fazer aquela festa pra comemorar ao lado das pessoas que ele mais amava. Todos os amigos da família foram convidados. Era um dia para festa, para alegria, dia de esquecer os problemas com monstros e apocalipse.
Pela primeira vez em semanas, Dean estava feliz, assim como seu irmão. Estavam dispostos a fazer daquele o melhor natal de todos. Decoraram a casa inteira, assaram um imenso peru, que quase não coube no forno. Os amigos começaram á chegar. Rufos foi o primeiro, trouxe consigo uma garrafa de vinho, logo depois Ellen e Jo, trazendo consigo uma salada de batatas.
Castiel, chegou todo no clima de natal, pelo menos o que havia aprendido observando os humanos, gorro de Papai Noel e gravata vermelha com tema de árvores de natal. O anjo não achou educado chegar á festa de mãos vazias, então trouxe uma torta de morangos com chantilly, para a imensa felicidade do Winchester mais velho. Na verdade foi exatamente por isso que Cass trouxe uma torta, sabia que Dean adorava, e queria agradar o caçador.
Quando Cas estendeu a torta para Dean, e o loiro segurou do outro lado, seus dedos roçaram um no outro, transmitindo uma corrente elétrica através dos dois. Há tempos Dean vinha sentindo-se diferente em relação ao anjo de olhos azuis. Já aceitara seus sentimentos, mas não sabia se o moreno sentia o mesmo. Tinha medo de perder seu amigo. E com tudo o que vinha acontecendo seria muito difícil dar atenção á qualquer coisa que não fosse matar Lúcifer.
Mas diferente do que Dean pensava, Castiel sentia a mesma coisa. O anjo já havia notado vários sinais do caçador, como um olhar mais demorado ou um sorriso inesperado. Mas aquilo não era suficiente, ele esperava uma atitude.
(...)
A ceia de natal já havia se encerrado, todos estavam cheios de comida. Chegou a hora da troca de presentes do amigo oculto, do qual Cass não estava participando, pois não conhecia as regras da brincadeira. Mesmo que Dean explicasse que não era algo difícil.
Rufos foi o primeiro.
- Eu tirei um velho caduco, bêbado e muito feio.
Disse o homem.
- Você não entendeu a brincadeira, seu idiota! É pra você falar coisas boas de mim.
Disparou Bobby.
- Idiota é você! Agora cale a boca e venha pegar seu presente.
Entre as risadas, Bobby levantou-se, os dois se abraçaram e o quase pai dos meninos abriu seu presente. Era uma garrafinha de colocar bebida, com uma capinha de couro bordada com o nome de Bobby.
- É tão lindo que nem vou usar.
- Você devia incentivá-lo a parar de beber, não o contrário.
Comentou Jo.
- Pra que desfazer uma amizade tão antiga. Ele e o álcool já são praticamente casados. Não quero ser culpado pelo fim da relação de niguém.
Disse Rufos, irônico e todos riram. Chegou a vez de Bobby.
- Eu peguei uma pessoa muito gata, durona e que é incrível, tanto como caçadora, quanto tocando aquele bar caindo aos pedaços, que é definitivamente o lar de muitos caçadores. Vem cá Ell!
Ellen se levantou sorridente, abraçou Bobby e abriu seu presente. Um canivete suíço vermelho com borás douradas.
- Eu amei! Bom, meu amigo oculto é um rapaz muito bem apessoado, muito inteligente e muito educado. O genro perfeito, mas não faz o tipo da minha filhinha... Uma pena. Sam Winchester levante o traseiro daí e venha buscar o seu presente.
O Winchester mais alto, foi até Ellen e abraçou a mulher com afeição. Abriu seu presente era um kit com três livros de Stephen King, agradeceu muito, pois S.K. era um de seus autores favoritos. Logo, então, era sua vez.
- Meu amigo oculto é egocêntrico, irônico, tarado e um péssimo piadista. Mas mesmo assim eu te amo, idiota.
- Também te amo, vadia!
Dean deu um salto e abraçou a montanha que é seu irmão caçula. Abriu seu presente, e quase deu um beijo de verdade no irmão. Era um álbum platino de colecionador do AC/DC. Com um livro com fotos de toda a carreira e todos os CDs. Depois de beijar e abraçar aquele kit, ele pegou seus presentes. Dois na verdade.
- É meio óbvio quem eu tirei, mas vamos lá. Ela é linda, tão durona quanto a mãe, e já foi loucamente apaixonada por mim. - Jo revira os olhos. - Jo esse daqui é o seu.
Ele entrega a sacola cor-de-rosa. Jo abre e encontra um lindo colar com pingentes de revolver, adaga e armadilha do diabo. Ela sorri e abraça Dean de forma fraternal.
- Pra quem é o outro, Dean?
Sam pergunta.
- Não queria ninguém sem presente... - Ele olhou para Castiel. - É só uma lembrancinha, Cass...
Castiel, levantou-se surpreso.
- Dean, eu não tenho nada pra você...
- Tudo bem, Cass. Abre.
Castiel abriu e sorrio, era um colar masculino, com um símbolo em enoquiano. Dean precisou estudar muito os anjos para encontrar aquele símbolo, que significava amor. Cass encarou Dean, os dois se abraçaram demoradamente.
- Obrigada Dean.
Jo e Sam trocavam olhares cúmplices, carregados de um largo sorriso sacana. Os dois já haviam notado á séculos tudo o que estava acontecendo entre o Anjo e o Caçador, e torciam muito para que os dois se acertassem logo.
(...)
A festa ainda estava longe de terminar, os mais velhos estavam reunidos em frente á lareira, bebendo e relembrando o passado, dando altas gargalhadas. Os mais novos estavam na cozinha, bebendo e babando seus presentes.
Dean não parava de dizer o quanto amava Sam, e o quanto amava aquele álbum perfeito. Jo não parava de olhar seus pingentes, gostando da forma como eles brilhavam sob a luz. Sam folheava cada livro com imensa excitação. Castiel estava na porta, observando a cena, segurando seu colar entre os dedos.
Aquela havia sido a atitude que ele estivera esperando há tanto tempo, então porque aquilo não parecia suficiente? Deve ser porque o símbolo enoquiano de amor, se parecia muito com o de amizade. Dean poderia ter se confundido...
Absorto em seus pensamentos, o anjo nem notou a aproximação do loiro. Á certa distância, Jo cutucava o braço de Sam, que logo prestava atenção na cena que se seguia.
- Gostou do presente?
O caçador perguntou de forma casual, chamando a atenção do moreno, mas na verdade outra coisa atraiu os olhos do anjo. Acima da cabeça deles havia um ramo de uma conhecida planta natalina, chamada visco. Cass olhou aquilo, com curiosidade, então voltou os olhos para Dean.
- O que é aquilo?
Dean levou os olhos até o visco e sorriu, continuou sorrindo ao encarar o anjo novamente.
- Conhece as regras, gostosão. - Falou Jo dando risinho. - Sobre estar embaixo do visco.
- Eu sei.
Disse Dean, sem tirar seus olhos verdes dos olhos azuis de Castiel. Então se aproximou, segurou o rosto do moreno e beijou-o, para a surpresa do anjo. Castiel logo retribuiu o gesto, segurando a cintura do loiro e puxando-o pra mais perto.
Havia tanta paixão naquele beijo... Era o sinal que o anjo estivera esperando todo esse tempo. Dean sentia o mesmo que ele e era só isso que importava naquele momento.
FIM.
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Destiel
FanfictionContos Destiel. Retratando pequenos momentos do shipp mais perfeito de todos os tempos Desde que sejam no universo de Supernatural ou em um Universo Alternativo... O importante é retratar toda a paixão deles.