Capítulo 9

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O Natal chegou e Sofia foi passá-lo com seus avós e sua mãe no Maine. Levou Giselle e a mãe dela, para não passarem sozinhas.

Houve troca de presentes e a ceia, em que Greta foi convidada. Tudo estava bem.

O pai de Sofia ligou e ela só atendeu para dizer que agradecia e que não era preciso ele lhe mandar nada.

Sofia estava com Marta, sua mãe, Giselle e a mãe dela na biblioteca. Marta havia acendido a lareira e elas estavam conversando e lendo, enquanto a neve caía sem dó lá fora.

Marta estava lendo uma das crônicas de Sofia e perguntou, tranquilamente:

- Você está saindo com alguém, querida?

Giselle nem olhou para Sofia.

- Hmm... - respondeu - Sim.

- Oh, é mesmo? E quem é?

Sofia olhou para Giselle, que olhou para ela e não falou nada. Sofia disse:

- Acho melhor não dizer.

- Por que, querida? É um conhecido?

Giselle quase se afogou com o chá que estava bebendo

- Não, exatamente...

Marta a fitou com mais atenção.

- Por que você não quer me dizer, querida?

- Ahm... Eu e ele achamos... Melhor manter segredo, entende...?

- Sofia - sua mãe a fitava bem séria - Ele por acaso é casado?!

Ela ficou petrificada. Giselle parou de comer biscoitos e olhou de Sofia para Marta com uma expressão "vish"

- Sofia - Marta estava com outra expressão - Responda.

- Sim - Sofia se ouviu dizer

- Você está se envolvendo com um homem casado - Marta parecia não acreditar, tamanha era sua indignação

- Mas, mamãe... Não conseguimos evitar. Eu e ele...Nós tentamos. Mas...

- Se esqueceu do que passei com seu pai?!

Sofia estava imóvel. Marta estava extremamente chateada.

- Ele por acaso tem filhos?

- Sim... - respondeu Sofia, se encolhendo.

- Mais isso ainda! Não tenho nada a ver com sua vida, mas gostaria que refletisse um pouco e fizesse uma mera regressão de memória. É mesmo correto o que está fazendo?! Talvez vocês esteja respondendo a seu coração, mas também pode não ser o mais correto. Se ele a ama, por que não deixa a esposa de uma vez?!

- É melhor que ele não a deixe do que fazer como papai fez com você - disse Sofia - Eu tenho princípios, eu quero seguir em frente dessa maneira. Penso mais na esposa dele do que você imagina, mamãe.

- Claro que você pensa. É visível. - Marta se levantou - Com licença.

- Mamãe...

- Sofia, não fale comigo, não por enquanto. - e saiu do aposento.

Mary, a mãe de Giselle, estava visivelmente sem saber o que fazer.

- Pode ficar lendo aí, mamãe, fique tranquila - disse Giselle, se levantando para acudir Sofia, que estava com cara de choro.

Sofia chorou por alguns momentos. Giselle, que a tinha abraçado, estava murmurando coisas como "calma, calma", "ela ficou com a cabeça quente", "vocês logo vão voltar a conversar", "calma, calma..."

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