Capítulo 8

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- Calma, Brandon

- Eu ainda estou muito calmo. Apenas me diga quem é esse cara.

- O que aconteceu?

- Responda à minha pergunta.

- Preciso saber o que aconteceu. Ele falou com você? Ligou no meu celular? Você atendeu ao meu celular?!

- Não vou falar nada enquanto você não me disser quem é esse cara.

- Não vou conseguir te responder enquanto você não me explicar o que aconteceu.

Sofia estava com muita vontade de chorar. Brandon estava com a expressão muito séria.

- Atendi, sim. Me desculpe. Começou a tocar All These Things That I've Done e não aguentei, fui até onde estava saindo o som. Sem querer, acabei atendendo. E um cara perguntou pela Princesa Sofia...

Ela viu vários pontos pretos pipocarem na visão. Brandon continuou:

- Eu questionei quem era e ele foi menos que cordial comigo. Falou, entre outras coisas, que independentemente de quem eu fosse, deveria me afastar de você pois você pertence à ele. Perguntei se vocês foram namorados, e, principalmente, quem era, e ele disse que era Michael, que você era dele e que eu não precisava saber de mais nada. Mandou eu não encostar em você, falou mais algumas barbaridades e desligou. 

Sofia nem sabia o que dizer ou por onde começar.

- Há alguma coisa que eu precise saber? - ele perguntou, frio - Você estava saindo com outro cara? Ou... - ele a fitou ainda mais frio - Está saindo com outra pessoa?

- Claro que não - ela disse. Não aguentou e começou a chorar. Sentou na cama.

- Sofia - ele disse, se aproximando - O que está acontecendo?!

Ele nem conseguia demonstrar em palavras a ira que sentiu quando ouviu o rapaz no outro lado da linha perguntando por ela e a chamando de "princesa". Para ele, quando um cara chamava uma garota de "princesa", era porque se sentia íntimo e conhecia tão bem a ponto de considerá-la mais nobre do que qualquer coisa. E imaginar Sofia com outro cara o deixou fora de si. Mas o pior foi a receptividade da pessoa no outro lado da linha. Falava de Sofia como se ela fosse um produto. O deixou enojado.

Foi até ela e se ajoelhou em sua frente.

- O que foi? Por favor, me diga, preciso que você me explique... - ele estava começando a ficar mais preocupado do que com raiva.

- Primeiramente, - ela disse entre as lágrimas, que escorriam enquanto os flashes daquele dia horrível voltavam com força - Não há ninguém, ninguém no mundo como você e você é o único cara que... bem... enfim, não há ninguém além de você.

- Me perdoe - ele pediu, se sentindo um imbecil. Sentia que cometera um erro terrível ao duvidar dela, ainda que por um segundo. - Por favor. Olhe para mim. - ele levou a mão ao rosto dela, enxugando algumas lágrimas. Ela chorava copiosamente. - Me perdoe. Me conte... Quem é esse cara?! O que está acontecendo?! Quem sabe posso te ajudar...

- Não, você não pode - ela disse, lentamente. - É... Uma coisa bem séria. Eu... Sinto vergonha e... Não queria contar, mas...

- Pode me contar. - ele disse, se levantando e sentando ao lado dela. Não soltou sua mão - Eu exijo. Não estamos juntos somente para... Você sabe, para as coisas boas. Eu não quero ficar com você só por isso. Seus problemas agora também são... Meus problemas. Eu realmente me importo com os seus sentimentos.

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