CAP.4

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"You can find love in the most extraordinary places hiding away, so no one can trace them" - Golden Revolver/
San Cisco

Já era sexta de manhã e eu estava surtando. Eu realmente achava isso uma tolice e um completo clichê, mas eu aceitei mesmo assim.
Minha vida começou a virar um grande clichê depois que você apareceu. Você me fazia sentir uma menininha apaixonada, e eu não gostava disso. Eu odiava isso!

O dia passou rápido e quando vi já era 5:00am. Comecei a me arrumar para sair com você. Nesse dia parecia que minhas roupas tinham sumido, porque fiquei um tempão procurando uma roupa para vestir, e terminei com uma calça jeans clara rasgada que ia até minhas canelas, uma blusa de frio fina preta, e coloquei um tênis all-star de cano médio preto e branco. Deixei os cabelos soltos e tentei passar um pouco de maquiagem, para me deixar um pouco mais saudável. Pronto. Já era 6:03am e sai de casa para me encontrar com você. Meus pais ficaram felizes me vendo saindo com alguém legal, mas eles nem te conheciam, não sabiam o quanto você poderia ser mal.

Chegando lá no posto, vi que você não estava lá e pensei que você estava me dando um fora, meu coração começou a acelerar e a única coisa que me acalmava era o cigarro. Acendi um e comecei a ficar mais calma. Por que me fazia sentir isso? Essa coisa.

Depois de alguns minutos vi você chegando sozinho em um carro preto, era uma caminhonete velha e ao mesmo tempo 'estilosa'. Joguei o cigarro fora na mesma hora que bati os olhos em você. Você sorriu e saiu da caminhonete vindo para perto de mim. Lembro até hoje como estava vestido. Você estava usando uma calça jeans escura e uma blusa long branca, que mostrava algumas de suas tatuagens minimalistas, aquilo com certeza era excitante e bastante interessante. Usava um tênis todos preto. Seu cabelo estava bagunçado como sempre, e isso deixava ele lindo. Você estava lindo. Você começou a se aproximar muito de mim e abriu os braços. Vendo que você tinha chegado muito perto de mim eu te dei um empurrão e você se afastou.

_O que é isso?! -perguntei me afastando um pouco.

_Um abraço?! -você falou como se fosse o óbvio. Eu realmente não reconheci aquilo como sendo um abraço, parecia que você ia se jogar para cima de mim com os braços abertos.

_Ata.

_Você é fortinha hein... -você sorriu e eu revirei os olhos.

_Você que me chama pra sair e se atrasa? Quem faz isso?

_Eu. -você só falou isso e eu fiquei com vontade de te matar, mas eu nunca seria capaz de fazer isso.

_Por que? -cruzei os braços.

_Estava tentando me arrumar a sua altura. Não é fácil sair por ai com uma garota linda do seu lado e você estar parecendo que acabou de sair de um bar as 3:00 da manhã. -sorri e minhas bochechas devem ter ficado um pouco vermelhas.

_Não sou tão fácil quanto você acha. -falei indo para o carro e você também.

_Então por que aceitou sair comigo? -eu parei no mesmo momento. Você achava que eu era uma dessas garotas que você pegava em um dia e largava no outro dia? Eu não era mesmo.

_Porque não tinha nada melhor para fazer! -esbravejei -Se eu quiser posso sair daqui bem agora e ir para a minha casa.

_Calma, não queria que ficasse chateada. Acho que você parece mais uma prova de geometria do que uma garota de tão difícil. -apesar de rir daquilo eu ainda estava com um pouco de raiva de você. -Ainda quer sair comigo?

CIGARETTE DAYDREAMS :: Kaya ScodelarioOnde histórias criam vida. Descubra agora