Coração.

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A morte de alguém que gostamos, é algo muito triste, por mais que nossas lembranças com essa pessoa seja um bola de confusões e você não lembra ao certo o que aconteceu entre vocês, mas do mesmo jeito é algo que toca, é algo que nos chorar.

- Só peço que você possa me perdoar por isso tudo - eu dizia enquanto sacava a espada com dificuldades e enterrei ela na mão da criatura que soltou um berro de dor.

A criatura havia deixado de prestar atenção em mim e começava a olhar a ferida que jorrava um sangue negro.

- Talia! Você está bem? - veio Aylana me perguntar voando.

- Estou sim, mas você tem certeza que esse não é mais o Ashiroji? - perguntei a ela limpando as lagrimas do rosto.

- Sim, olha para ele, não é mais o Ashiroji que conhecemos...

A criatura olhou novamente para nós, possuía um olhar frio, um olhar morto.

- Me... Me... Me... - a criatura começou a mover os lábios, parecia querer dizer alguma coisa - me mate... Me mateee.

Ouvir aquilo, fez meu coração gelar, um suor gélido desceu pelo meu rosto, o frio na espinha me paralisou.

- Ay-Aylana... Aylana... Me diga que você ouviu o mesmo que eu... Me diga que eu não estou ficando louca...

- Você não está ficando louca... Eu também ouvi - respondeu Aylana com uma expressão de pavor em seu rosto.

A criatura começou a olhar para os lados, a escuridão dos cantos do salão parecia se esticar até ele e se envolver nele. Ele parecia ter grande pavor da escuridão, ele recuava para que ela não a pegassem, mas quando o alcançou, ele se debatia,, mas tudo em vão, a escuridão havia tomado por completo seu corpo.

Seus olhos que era sem vida, estava agora sendo tomado por um forte cor vermelho sangue.

Ouviu um enorme berro da criatura e depois somente sua respiração ofegante que exalava um instinto assassino, um instinto que tinha sede por sangue.

Ele avançou ferozmente contra mim, tão rapidamente que ao meu salto, o simples toque do vento em minha pele abriu um corte.

- Agora você acredita em mim que ele não é mais o Ashiroji? - perguntava Aylana torcendo o bico como alguém que queria dizer "eu lhe avisei".

- Certo, vamos dá o descanso que Ashiroji realmente merece.

- Certo.

Eu sentia meu coração bater forte, o sangue corria quente em minhas veias, eu sentia o pode fluir livremente pela minha pele.

Novamente a criatura me deu uma investida velozmente, com o levantar de uma de minhas mãos, um muro de rocha solido se ergueu em minha frente parado o ataque da criatura.

Com o simples ato de pensar, surgiu uma escada ao qual eu subi para saltar por cima do muro de rocha.

Cai com um forte ataque na nuca da criatura que jorrou sangue negro e gritava de dor, mas logo em seguida se regenerou, ele me acertou com uma de suas mãos, me atirando contra a parede, fazendo assim que eu quebrasse a perna com o impacto contra a parede.

Jennessies: A Viajante || Book OneOnde histórias criam vida. Descubra agora