A criatura me olhava, parecia me analisar.
- Você não tem nenhuma arma e quer me enfrentar? Com quer vencer assim?
Por um momento só se ouvia os cochichos dos moradores em volta "ela é louca", "não tem como ela conseguir derrotar esse ogro", "quem é essa forasteira e por que se mete no que não é da conta dela?".
- Você está ouvindo os sussurros? Esta ouvindo o povo falar de você? Heróis não são bem vindos em terras assim, ainda mais se for um herói que ninguém sabe de aonde saiu.
- Não me importo se eles falam mal de mim, eu estou tranquila comigo mesmo, não podia deixar você matar alguém que não fez nada para você.
- Pobre garota, irei mostrar para você que heróis não vivem muito.
Ele ergueu novamente o enorme porrete e balanço de lado conta mim, desviei me abaixando, como ele era enorme, sua velocidade não era grande coisa.
- Você errou, o que iria me mostrar mesmo?
- SUA FEDELHA! - A criatura gritou e tentou me acertar novamente como se estivesse pregando um prego em uma madeira.
Com uma cambalhota por lado, desviei novamente do golpe.
- Errou novamente, agora vai ter que me pegar seu grandalhão - gritei para ele e sai correndo em direção para fora do vilarejo.
- SUA DESGRAÇADA! VOLTE AQUI!
A enorme criatura veio corre do atrás de mim, passando pelas barracas, pelo poço e indo em direção do Ingrus.
- Ingrus, lembra quando você me ofereceu para comprar a espada? Vou fazer um test drive com ela e se eu gostar, irei comprar - gritei para o ferreiro enquanto passava correndo com a criatura atrás de mim e peguei a espada.
Já fora da cidade, dei meia volta, com a espada empunhada em mãos, encarei o ogro.
- Você vai lutar contra mim com esse palito de dente? - Debochou a criatura ao ver a espada.
- Claro que vou e irei sair como vencedora.
- NÃO SEJA TÃO INGÊNUA! - Berrou a criatura balançando o porrete conta mim novamente.
Com dois pulos rápidos para trás, o porrete passou centímetros de acertar a ponta de meu nariz.
- Mas que pena, né? Você errou novamente - debochei dele a partir de seu erro - AGORA É MINHA VEZ!
Avancei contra ele e acertei a espada em seu peito quando se virou recuperado do seu golpe fracassado.
O metal da espada soou forte, parecia o som de metal batendo contra uma parede sólida, infelizmente o golpe foi sem efeito.
- Tola! Um palito de dentes como esse nunca que irar atravessar a forte armadura de um ogro.
- Como?!
- Você pode parece que tem habilidades com a espada, mas se tratando de estratégia, ainda mais contra um ogro, você demonstra ser uma completa novata - riu o ogro com sua voz grossa - nós ogros, possuímos a pele grossa e resistente, para atravessar ela, a espada precisa ser extremamente afiada.
- Obrigado pela dica, eu acho.
- Pena que essa será a sua última dica.
O ogro balançou o porrete fortemente, senti ele cortar o ar quando passou acertando as pontas de meus cabelos ruivos e novamente tentou me acertar como se eu fosse um prego, uma cambalhota por lado, desviei.
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Jennessies: A Viajante || Book One
FantasySe eu lhe dizer que o mundo ao qual vivemos, não é o único mundo que existe? Você iria acreditar em mim ou iria achar que eu sou alguma doida? Se eu lhe dizer que algumas pessoas podem viajar para esse outro mundo, ainda iria continuar a falar comi...