All I ask

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"I will leave my heart at the door. I won't say a word, they've all been said before, you know. So why don't we just play pretend, like we're not scared of what is coming next or scared of having left?"

Basta um cruzar de olhares para que uma pessoa mude, para sempre, a sua vida.

Desde que Rachel Berry olhou para Quinn Fabray, ainda nos corredores do McKinley High, ela sentiu e soube a importância da outra em sua vida. Rachel quis ser como ela, quis ter o que ela tinha, quis a amizade dela e, posteriormente, Rachel simplesmente a quis.

Primeiramente, de forma carnal e animalesca. Depois, com todo o sentimento que ela prometera a outro no dia de seu casamento.

Ainda assim, os olhares das duas falaram o que elas jamais teriam coragem de manifestar em palavras. Assim como os corpos provaram o que elas tentavam disfarçar. Havia tensão, havia desejo, havia paixão... E elas precisavam, mais do que tudo, uma da outra.

Ela já conhecia aquela cabana de verão, em Lima, assim como também conhecia cada marca e cada curva do corpo de Quinn. Rachel conhecia mais dela do que de si mesma, porque se conhecesse seu coração tão perfeitamente, saberia que aquele aperto em seu peito não era normal, saberia que aquilo que sentia deixara de ser desejo há muito tempo... Cada vez com Quinn era como uma última vez.

Entretanto, ela sempre voltava, ela sempre ia querer... Tudo que ela queria era que durasse tempo o bastante para se tornar eterno. Rachel preferia viver com a dor da saudade do que com a dor de nunca ter vivido.

E era por isso que, toda vez que vinha a Lima, acompanhada ou não por Jesse, ela escapava para aquela cabana. Ela não precisava ligar porque, exatamente às 15 horas, Quinn apareceria. O magnetismo entre elas sempre foi intenso demais, o que as unia era inexplicável e sensorial... Uma sempre saberia onde a outra estava.

E isso, de certa forma, não podia ser chamado de amor?

Quinn e Rachel começaram de forma errada, continuaram o que adquiriram de forma complicada e, aparentemente, o final do que as duas cultivaram poderia ser trágico demais para ambas... Mas, ainda assim, elas não se desvencilhavam do que tinham. Passaram tempo demais negando a conexão que tinham e esta, acumulada, estava prestes a explodir.

Rachel a desejava, mas não sabia o que sentia.

Mas, ela sabia da dependência que tinha de sempre ter uma dose de Quinn... Uma dose que, a cada encontro das duas, se tornava insuficiente. Rachel sabia que estava desenvolvendo um vício que, com o passar dos anos e encontros, só seria apaziguado se ela tivesse Quinn todos os dias em sua vida...

Só que como falar abertamente com uma pessoa tão fechada?

Rachel tateava às cegas, mas ainda preferia caminhar naquela escuridão a enfrentar os flashes das câmeras, todos os dias, com Jesse. A morena preferiria qualquer coisa e qualquer lugar onde Quinn estivesse.

E ela não pedia nada a mais porque sabia que Quinn lhe dava tudo que podia.

A morena abriu a porta da cabana, ainda faltavam 15 minutos para que Quinn chegasse. Mas, Rachel já se despiu de tudo que trajava para viver a sua vida do lado de fora. Abandonou a máscara de atriz vencedora e de esposa feliz. Retirou o caro sobretudo da Dior, chutou os scarpins pretos de salto, desfez o coque bagunçado no cabelo...

E, enfim, retirou a aliança da mão esquerda e a deixou na mesa tosca ao lado da porta.

Caminhou até o interior da cabana, com as roupas em mãos, largou-as no encosto do sofá e tirou as calças. Trajava somente a camisa social branca e olhava ansiosa para a janela quando viu o conhecido Beetle vermelho levantar poeira na estrada de terra.

Projeto 25 FaberryWhere stories live. Discover now