XII. Keep the past in the past

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Olá seres humanos, gostaria que me perdoassem pela demora em atualizar, forças maiores atuaram (falta de criatividade, emprego, faculdade, ganhei um gato *U*, enfim...), mas vou tentar melhorar, prometo... E era basicamente isso, espero que curtam o capítulo, see ya. 

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LUNA

Minha cabeça repousava contra o travesseiro, o corpo de Ontari ao lado do meu era ao mesmo tempo reconfortante e aterrorizante, pois eu temia que algum movimento em falso fosse fazê-la explodir e tudo que eu menos queria era chateá-la, principalmente agora, que ela parecia tão leve... Orgulhosa por suas táticas terem dado resultado e ela ter finalmente recebido o dinheiro que Fox a devia, na realidade, ela me mostrou diversas vezes como estava feliz e agora apenas deitávamos sobre a cama. Contentes por aquele ninho que havíamos criado.

- O que a Niylah falou sobre eu estar aqui? – sussurrei, pois não precisava mais do que isso para ser ouvida.

Apenas a menção a prima fez Ontari se retesar sobre a cama, inconfortável.

- Nada, ela não decide merda nenhuma aqui – respondeu sem muito humor, mas continuou com os movimentos fluídos contra minhas costas nuas.

- Posso te perguntar algo? – indaguei um pouco incerta.

- E o que você está fazendo?

Sorri levemente daquela tentativa de fazer uma piada.

- Fora essa pergunta, posso fazer outra? – "me corrigi".

Ontari apenas acenou em concordância. Ainda me avaliando com seus olhos âmbar brilhantes e felinos, mas que, pelo menos dessa vez, não eram assassinos.

- É verdade que ela fez isso no seu rosto? – gelei no mesmo instante que a pergunta abandonou meus lábios, eu sabia que tinha que ser menos impulsiva, mas era difícil me controlar certas vezes.

Ontari parou as carícias contras minhas costas e apenas encarou o teto, ou melhor dizendo, a parte debaixo do beliche superior.

- É isso que as pessoas dizem? – não parecia afetada, o que era um bom sinal.

- Sim – afirmei e mordi o lábio inferior.

Ontari ergueu o sobrolho, talvez em admiração, mas logo me lançou um sorriso de canto, capaz de derrubar todas minhas barreiras.

- Gêmea errada – respondeu simplesmente e voltou os carinhos contra a minha pele. Era como se cada toque dela fosse capaz de irradiar uma onda de calor por todo meu corpo. Cada toque me preenchia de faíscas... Como uma viagem em LSD, só que melhor, pois todas suas alucinações são reais.

Abocanhei o lóbulo da sua orelha, enquanto sentava sobre sua barriga e deslizava meus dedos carinhosamente por seu corpo bem definido. Nossos olhares cruzaram-se brevemente e um sorriso sacana percorreu o meu semblante, antes que eu colasse nossos lábios num beijo faminto e rapidamente correspondido.

A cada dia eu tinha mais certeza, Ontari era a droga na qual eu estava mais viciada.

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LEXA

Três malditas semanas que eu havia voltado para minha rotina e já desejava outra surra, mas, por hora, Cage havia interrompido suas rinhas e, a não ser que eu quisesse me passar por estúpida, era melhor manter-me na minha melhor forma física.

Obviamente que suas investidas não diminuíram, na realidade, aumentaram exponencialmente, acho que enquanto seu clubinho de luta estava fechado ele precisava achar outra coisa para torturar e que coisa melhor do que eu, não é mesmo?

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