3. Everything is wrong with this horrible world

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Quando a notícia se espalhou tanto pela cidade quanto pela escola, o resultado foi devastador. Supermercados e salas de aulas eram preenchidos por sussurros e comentários sobre o acontecido. Muitos não conheciam Sherlock, por isso murmuravam entre si mesmo, trocando algumas teorias e ideias. Outros conheciam, mas apenas de vista, então não sabiam muito o que falar. Apenas comentavam que esse incidente ocorreu por causa de um bullying que o garoto estava sofrendo; mas nada era confirmado com ninguém.

Já Watson, este não sabia o que falar ou pensar. Ficava perambulando pela escola, como um corpo totalmente sem vida e emoção, observando as aulas e o tempo passar. Não tinha ninguém para conversar ou para dividir a dor que estava sentindo; na verdade, ninguém se importava o suficiente para ajudar o pobre garoto. As poucas boas pessoas que iam até ele apenas falava a mesma coisa de sempre, vai ficar tudo bem.

Aquilo lhe irritava ao máximo, então nunca respondia tais frases. Irritava-o porque era aquilo que ele sempre falava para o amigo, diversas vezes, em meio aos choros quase mudos. E, pelo visto, nada ficou bem, e provavelmente não irá ficar.

John tentava se fechar para as pessoas, mas seu plano sempre era atrapalhado por conta de alguns curiosos que insistiam em fazer perguntas para todos os alunos da escola. Eles faziam parte de alguma projeto contra o bullying, provavelmente. Watson não prestava atenção em nada, apenas respondia o máximo de questões que conseguia e ia embora o mais rápido possível.

O pior de tudo era olhar todas as gravações que a mini câmera havia filmado ao longo dos meses. Mesmo que tentasse, John não conseguia evitar de ver alguns vídeos; e de chorar com a cabeça apoiada na mesa de sua escrivaninha. Ver Moriarty ali, com o corpo totalmente colado com o do amigo lhe causava enjoo, e raiva. Conseguia escutar claramente os sons abafados que Sherlock emitia, e os angustiantes pedidos de socorro; as súplicas para que o garoto de cabelos perfeitamente arrumados parasse com aquele ato grotesco.

Queria poder te ajudado mais o amigo, dado seu melhor; mas agora tudo isso parecia apenas um sonho distante de ser realizado. Poderia mostrar as gravações para alguém, mas havia prometido que não iria. Iria ter que sofrer com tudo isso sozinho, com esses pensamentos lhe pesando a mente, sem poder fazer nada.

A mãe do garoto até tentou conversar com o mesmo, duas ou três vezes; provavelmente mais. Definitivamente mais. Entretanto, todas as tentativas iam por água a baixo, com John se trancando em seu quarto enquanto a mulher de cabelos loiros curtos insistia em bater na porta de madeira.

Watson também não queria visitar o amigo no hospital. Odiava hospitais; o lugar era preenchido por uma aura ruim, pessoas doentes e morrendo lentamente, e cheiro de remédios doces e enjoativos. Não aguentaria ver o cacheado deitado em uma cama macia de hospital, desacordado e com um tubo de oxigênio em seu rosto ajudando-o respirar. Não aguentaria ter que ver o moreno ali, com a pele mais clara do que o normal, com seus cachos escuros caindo em seu rosto.

Sempre que o loiro olhava para o amigo ele sentia uma paz imensa dentro de si, como se tudo neste mundo completamente fodido estivesse completamente bem. E ele se sentia culpado, pois o mundo estava sim completamente fodido, e ele ainda permitia-se pensar o contrário. Ele ainda permitia-se enganar a si mesmo, vivendo em um conto de fadas falso, enquanto seu melhor amigo estava perdido neste vasto universo.

John se sentia culpado. Até mais do que ele se sentia triste.

Talvez ele devesse visitar o cacheado no hospital; enfrentar seus medos e suas frescuras, afinal, ele devia isso para o moreno. Porque ele foi o culpado de tudo isso, já que ele não o deu atenção suficiente. Como tudo tinha dado errado, sua única opção agora era visitá-lo no hospital, sentar-se ao lado da cama em uma cadeira acolchoada de cor acizentada, e observar o amigo com os olhos fechados como se estivesse em um sonho profundo e calmo.

Sherlock iria ficar bem? Ele iria conseguir lutar contra isso, e vencer este jogo cruel? Tais perguntavas pairavam sobre a cabeça cansada do loiro, enquanto o mesmo costumava ficar olhando fixamente para um ponto qualquer de seu quarto.

Watson queria acreditar que a resposta era um sim, com todas as letras. De todas as coisas que ele mais desejou em toda sua vida não tão alegre; ele apenas queria Holmes de volta.

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capítulo curtinho, eu seeei. mas eu queria atualizar hoje, já que dia 23 eu tenho a viagem de formatura e só volto dia 27/28 i dont remember tbh. see ya sweeties.

A boy like him・ShortficOnde histórias criam vida. Descubra agora