*Capítulo 8 - Memórias dos 11 aos 15 anos*

49 1 0
                                    

(...) Em 2010, uma das minhas primas, teve uma menina a qual lhe deu o nome de Ana Rita (Ritinha). O seu batizado foi em 2011, em outubro.
Foi realizado em Sanfins, Paços de Ferreira, o almoço foi em casa de uma amiga próxima da minha prima, a São (diminuitivo do seu nome, Conceição).
Para a reunião da família, para comemorar o batizado foram também convidados os senhorios da São. Um casal, que rondam a casa dos 40 anos, o Lando (Orlando) e a Sónia.
Pessoas muito simpáticas
Já estávamos a almoçar quando no meio da conversa surgiu o tema IRS. Naquela altura a minha mãe precisava de fazer, sendo que o Lando tinha conhecimento de como podia ser feito. Ora, ele tem uma empresa de móveis, e é formado em gestão (e a Sónia em contabilidade).
Começaram a falar sobre esse assunto, e o Lando disponibilizou se para a ajudar.
Combinaram que uns dias depois a minha mãe vinha a casa da São e lhe dava os papeis e as informações necessárias.
Assim foi.
Depois de entregue os papeis, no meio das informações não podia faltar...
... O numero de telemóvel...
Seguindo isto, os dados e as informações fornecidas, tudo seguia como devido.

Mas, para além do convívio que ambos tinham, e das festas onde se encontravam, algo mais estava a ser desenvolvido.
Uma atração? Um sentimento?

Isso eu não sei. Mas algo aconteceu...

*Quase um mês depois...*

O telefone toca!
Número restrito - quem será?

Do outro lado da ligação, estava o Lando convidando a minha mãe para ir tomar café.
Mas como é possível?!
"Como é que ele tem o meu número?"
Perguntava ela! (...)

Não faz sentido. Ele é casado. - pensava ela.
Mas... Não. Não posso.

A conversa ficou por ali.

*2 meses depois*

Uma chamada perdida. Número restrito novamente.
Ao final do dia, o telefone volta a tocar.
Mais um convite.
E agora?
Sim ou não.
Não sei, talvez.

"Váh! Eh só um café, o que mais pode acontecer?" (pensava) - tudo bem, eu aceito. Quando, onde, a que horas?

Ficou marcado. Ninguém sabia, nem desconfiava.

Eu não sabia.
Ela sabia que eu não iria aceitar. Ele é casado. E eu, também como ela, sabíamos disso.

*O dia chegou, e eu não sei o que aconteceu, onde foram ou o que acontecera.
Mas naquele dia achei a minha mãe estranha... Quero eu dizer... Feliz.
Mas não sabia o que se passou.
Fiquei tranquila, era um dia normal.

Isto tornou se repetitivo... Aproximadamente umas 5/6 vezes... A felicidade começou a surgir muitas vezes.
Estranho!!... Comecei a desconfiar... Mas ao mesmo tempo estava sem motivos, eu não sabia.

Mas um dia eu iria saber... Isto é... Se continuasse...

Sim, não...
Não sei, talvez...

"Don't Tell Mommy"Onde histórias criam vida. Descubra agora