Capítulo 5

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Olha eu vindo na quarta, senti saudades de vocês :) Vamos escutar a música, acho que vocês vão gostar do capítulo ;)


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Damien

Poucas pessoas da minha idade nesse bairro pobre têm algum senso de lealdade, ou amizade. E se eu tenho ainda isso, juro que nem sei porque. Mas por essa menina maluca, minha mãe e o senhor Ramirez ainda tenho. Me levanto de perto da porta e guardo o taco na bolsa. Antes de dar as cinco da manhã, cubro Natalie com a sua coberta furada e pulo da janela. Nem que eu tivesse que arrebentar aquele gordo do George com o taco, ele não iria entrar no quarto de Natalie. Não, enquanto eu estivesse ali para protege-la de algum jeito.

Vou direto para a minha casa, entro pela porta dos fundos, agradecendo mentalmente que hoje é sábado; não tem aula e seu Ramirez sempre me dispensa. Ao ver a sala toda revirada e minha mãe largada de qualquer maneira no sofá, evito respirar fundo por causa do cheiro de vomito. Largo a minha mochila no chão da cozinha, pego uma toalha. Umedeço com água fria e vou até Lauren, quase nem a reconhecendo mais de tão acabada pelas drogas que ela está. Limpo o seu rosto, a sua boca suja e a ajeito melhor no sofá, ela resmunga me dando um safanão e volta a dormir. Tiro as suas sandálias imundas, me perguntando quando eu perdi a minha mãe para o vício? Porque ela não me escutava e se afundava cada vez mais, junto desses viciados de merda.

Passos os olhos pela mesa da sala, com restos de cocaína, cigarros, garrafas de vodcas vazias, jogadas de qualquer maneira. Solto um suspiro cansado, tiro meu casaco de moletom passando os olhos por toda aquela imundice. Indo para a varanda pego o pano de chão, desinfetante e vassoura. Armado com tudo isso começo a limpar a sala, acho que pedindo a Deus que não deixe a minha mãe morrer. Mas se ela continuar assim, vai acabar morrendo igual a minha tia, que andou doidona no meio da rua e foi atropelada por um ônibus, ou de overdose. Depois de limpar toda a sala, vou para o banheiro e o lavo, limpo a cozinha. Termino lavando as minhas roupas acumuladas e até as da minha mãe.

— Oi... — A voz dela é envergonhada. Seus cabelos loiros e olhos castanhos brilham, se transformam em cor de mel e escurecem contra a luz do sol.

— Ei!

Natalie se abaixa, pegando algumas peças e me ajuda a terminar de estender as roupas na corda.

— Obrigada por ontem — Ela coloca o último pregador em uma peça — Pelos cachorros quentes e o refrigerante... Quero dizer.

Finjo me esquecer que George quase entrou no quarto dela. Natalie é muito orgulhosa para pedir ajuda.

— Tudo bem, garota maluca. Cristine te liberou hoje mais cedo?

Ela dá de ombros

Atraída a Você - Série Destinos traçados - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora