SINOPSE:
Quando um coração é partido em pedaços, dizem as regras que só restam a pessoa catar esses pedaços e tentar se curar. Mas quando dois corações são quebrados ao mesmo tempo, em uma mesma noite? Dois corações que tiveram tantas decepções, ma...
Me desculpem o atraso!! E vamos de penúltimo capítulo :)
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Natalie
— Não é sobre quem morreu é sobre quem sobreviveu — A voz de Damien, me atinge a alma.
Respire... Respire... é a única coisa que consigo pensar agora. Respire fundo, Natalie...
Incertezas e me medo me assombra. Damien continua segurando as minhas mãos sobre a minha barriga, que está grande, muito grande. Várias perguntas rodam na minha cabeça e minha respiração acelera mais, quando sinto outro movimento dentro de mim. Quero perguntar, quero saber de tudo, mas minha garganta parece incapacitada, minha voz não acompanha o nervoso que sinto nem meus pensamentos desordenados. Damien passa a mão no meu rosto, com a outra ele trança seus dedos nos meus, livrando uma pressão do meu peito que está começando a crescer.
Como se meu cérebro abrisse uma caixa fechada lembro da noite na Virgínea, o plano suicida de Damien, o meu desespero, a minha raiva. O nojo de Max, o medo que senti por Damien e Seth. Quando Damien foi atingido, o sorriso de Max, a dor da facada que eu tinha certeza ser a final, a que me levaria e o momento em que eu consegui atingir ele e o quanto eu estava preparada para ir. Não lembro da dor do meu corpo dilacerado, apenas sabia que meu coração estava falhando, mas de algum jeito ou forma eu estou de volta. Essa é a quarta vez que acordo em um hospital e dessa vez eu não estou sozinha. O estranho é que posso sentir a vida vibrar dentro de mim.
— Como? — Pergunto, tentando evitar dizer a palavra gravidez. Com medo de que isso possa ser um sonho.
Os olhos de Damien passeiam pelo meu rosto diante do quarto silencioso. Olho para Chloe que está abraçada a Adam chorando, com um sorriso no rosto. Thalles está com um sorriso bobo, parecendo agradecer algo.
— Como o que Natalie? — Ele me pergunta, forçando uma resposta direta de mim? Não sei. Mas Damien me olha com tanto orgulho, como se tivesse ganho uma guerra ou ter resolvido um caso muito complicado.
— Estou com sede e muitas perguntas — Solto o ar dos pulmões o suficiente para me acalmar e sinto até a minha voz sair mais forte.
— Vou buscar uma água — Uma senhora de meia idade, com uniforme de hospital me diz simpática como se me conhecesse há tempos.
Com cuidado Damien me ajuda a me sentar e Chloe aperta um botão, inclinando a cama. Sem nada dizer olho para a minha barriga, sobre o olhar atento de todos. Minha barriga está enorme, olho para a barriga de Chloe e volto a olhar para minha, analisando, pensando, mas com um verdadeiro medo real de perguntar. Porque e se for apenas um sonho? Minha barriga faz mais um movimento para o lado, e sinto algo novo. Posso sentir a vida fluindo em mim, me dando força, fecho os olhos e deixo as lágrimas caírem. Um medo me envolve junto do equilíbrio entre o amor e serenidade. Sinto o perfume de Damien, antes mesmo de sentir o seu abraço. Puxo o ar, entalada e até um pouco tonta.