Levanto a cabeça quando sinto, o meu pulso a ser apertado.
"Não me digas, que vais arrumar as coisas" Ri-se
"Claro que vou, não vou deixar isto no chão."
"Não precisas de gritar" ele solta u sorriso malicioso.
"Tu simplesmente enervas-me!" exclamo, desviando uma madeixa do meu cabelo da minha cara.
"Sim?" ele provoca-me agarrando-me os braços e fechando o pequeno espaço que há entre nós, mordendo de seguida o lábio inferior.
"Sim, eu perco a paciência contigo, estás sempre a faze.." perco as palavras que ia dizer quando olho para o intenso verde dos seus olhos, fixo-me no seu olhar.
"Estou sempre a fazer o quê?" ele pergunta rindo, irrita-me o poder que ele tem sobre mim.
"Estás sempre a ..." o chão foge-me debaixo dos pés tal como as palavras fogem da minha boca quando ele se chega mais perto de mim e roda os braços à volta minha cintura, perco-me nos toques dele, nos olhos dele, na forma como ele morde o lábio inferior.
"Deixa-me mostrar o que mais sei fazer" murmura e a minha respiração sai mais como um gemido quando se aproxima mais de mim, se isso ainda for possivel.
Consigo sentir a sua respiração contra a minha boca, não quero sair dalí, tento encontrar palavras na minha cabeça para descrever isto mas elas pareçem desapareçer. As minhas mãos percorrem o comprimento dos seus braços, chegando aos seus ombros rodeando o seu pescoço enquanto as suas mãos alcalçam o topo das minhas coxas levantando-me, as minhas pernas envolvem-se à volta da sua cintura, se pudesse sentir uma coisa para o resto da vida, seria isto. Fecho os olhos, quando ele cola os seus lábios, aos meus. É isto, é isto que andava á espera desde o primeiro dia, em que o vi. Ele aperta as minhas coxas enquanto me aperta contra a parede, colando os nossos corpos. Faço força nos seus ombros para me puxar para cima, enquanto ele anda para trás até uma das camas sentando-me ao seu colo passando logo de seguida as mãos pelas minhas costas.
"Merda" ele geme na minha boca e sinto-o a endurecer contra mim. Levo as minhas mãos aos seus cabelos, traçando um rasto com os meus dedos pelo seu cabelo, sentido depois as suas mãos no meu rabo. Pergunto-me a mim própria, até onde vou levar isto, mas não quero parar. Ele faz-me sentir tão bem. Como nunca me senti assim, com nenhum outro rapaz. Ele confunde-me, não consigo sair, é bom demais para recusar.
Um clique na maçaneta da porta, desliga-me dos meus pensamentos e entro em pânico quando percebo que a Amy chegou. Levanto-me o mais rápido possível de cima dele e ele cai na gargalhada, permaneço imóvel a olhar para ela tão confusa como eu.
"Vim em má altura?" ela pergunta aguentando o riso.
"Não. " Ele cospe levatando-se e saindo pela porta. Sento-me na cama da Amy e meto as minhas mãos na cabeça e suspiro logo depois de trancar a porta do quarto.
"O que é que aconteçeu aqui?" Ela pergunta-me rindo, sentando-se ao pé de mim logo de seguida.
"Nada de especial."
"Queres que eu acredite que não se passou nada quando chego aqui e te veijo em cima dele aos beijos?"
" Ele chegou aqui para vir ter contigo e começou a provocar-me, chegou ali e mandou as minhas coisas para o chão." suspiro ignorando o seu riso." Não sei como acabei em cima dele." suspiro. " Isto soa tão mal" eu riu de mim própria. " Eu nunca queria-me envolver com ele."
"Não correu como pensavas" .
"Isto é errado, muito errado, eu não quero ser mais uma das suas amigas com benificios! Eu não sou assim."
"Sabes que iria acontecer." ela admite o que eu não quero admitir, todos sabiam, eu sabia que isto ia acabar por acontecer e eu não devia estar assim por causa de algo que sei que iria acontecer e nada fiz para impedir.
"E não posso fazer nada." murmuro.
"Tu sentes algo por ele?" ela pergunta. "Sê sincera Emma."
"Eu não consigo resistir-lhe, eu tenho a certeza que ele fez isto para se satisfazer a ele próprio! Eu não sei até onde iria levar isto, se tu não chegasses." Suspiro.
"Responde à pergunta miuda."
"Foda-se Amy, como eu o amo, ele faz-me sentir tão bem."
"Porquê tanto medo de admitir isso?"
"Admitir-lhe isso iria-me fazer parecer ridicula."
"Mas.."
"Quem é a Holly?" interrompo-a com a pergunta que não me sai da cabeça.
"A ex namorada do Harry." não encontro palavras para lhe dizer e ela apercebe-se disso.
"Ele come as ex's namoradas? Porque é que no outro dia, ela estava ao colo dele aos beijos?"
"Depois de eles acabarem, ela tornou-se uma amiga de benificios dele" ela diz e eu riu ironicamente.
"O que estás a pensar fazer?mVoçês não podem simplesmente esqueçer isto. Não te queria dizer isto, mas não quero que ele te magoe e tu sabes muito bem que ele vai acabar por te magoar. No meio desta merda toda, tu vais sair mal, odeio dizer-te isto, mas tu sabes bem que é verdade." ela diz e eu sei que ela tem razão.
"Eu sei, mas eu não consigo simplesmente afastar-me dele. Sei perfeitamente que me vou magoar, mas eu não consigo."
"Hoje vens á fraternidade e falas com ele."
"Não quero falar com ele, quero apenas esquecer."
"Não te vais fechar aqui por causa disso, precisam de falar, resolver as coisas, perceber o que isso significou."
"Tudo bem" eu desisto, de facto eu preciso de saber o que aquilo significou para ele.
Não sei o que pensar, não sei o que aconteçeu aqui, não sei como me deixei levar por ele, mas foi tão bom. Perco-me nestes pensamentos enquanto arrumo os meus livros de novo na prateleira que à pouco o Harry deixou cair.