28º Capitulo

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O chão foge-me debaixo dos pés e sinto as minha lágrima arderem contra a pele sensível da minha face, fazendo-me fechar os olhos com força, quando oiço as suas palavras.

"Pára de estragar a minha cabeça" digo, enquanto as minhas lágrimas caiem umas atrás das outras.

"O quê?"

"Pára com isso, pára de me confundir!"

"Porra Emma, achas que te ía dizer isto se não sentisse nada?" ele grita.

"Eu não te percebo" as lágrima voltam a cair.

"Sim, percebes" ele suspira. "Tu sabes que é verdade Emma, não te enganes a ti própria!" ele berra e eu encolho-me quando a sua voz ecoa pelo telemóvel, enquanto as lágrimas apoderam-se de mim.

"Pára de gritar comigo!" grito-lhe de volta.

"Porque é que estás tão irritada?" ele cospe, e consigo sentir desprezo na sua voz.

"Eu não estou irritada!" grito. Quem quero enganar? Claro que etou irritada.

"Sabes que mais?" ele pergunta. " Não vale a pena falar contigo, quando estás irritada" ele cospe, e adrenalina corre pelas minhas veias.

"Oh, agora vês o que eu sinto, quando és um idiota!"

"És uma perda de tempo" as poucas e frias palavras caíem bem no fundo do meu estômago.

"Sou uma perda de tempo?" pergunto, enquanto as lágrimas se apuderam de mim. 

"Sim, és tão ingénua Emma,  tão parva, tens um feitio horrível."

"Tu não passas de um cabrão, que só sabe comer gajas, e depois vens para o pé de mim dizer que me amas?" grito incrédula.

" Sabes muito bem, que nunca estive com nenhuma rapariga, desde que começámos isto"

"Isto o quê?"

"Nem sei o que chamar a isto!" ele grita, de novo.

"Pensa antes de abrires a puta da boca, e percebe que as palavras magoam."

"Outravez essa conversa de vítima, que as palavras magoam?!" ele berra.

"Dizes o que te apetece, e nem te preocupas se magoas as pessoas, ou não! Mas sabes, as palavras magoam Harry, e tu está farto de me mandar abaixo, com certas palavras, que dizes como se nada fosse, mas que me magoam. Somos diferentes, mas não fazes ideia do meu passado, nada da minha vida! grito. "Agora depois de tudo, tens a lata de dizer que me amas?" berro e sinto-o soluçar." Pois, agora é a minha vez de me lixar, não acredito em uma única palavra que disses-te."

"Mas eu amo-te caralho!" ele berra "Acredita em mim!"

"Cala-te!" berro-lhe, e a minha adrenalida está em altas, sinto-me como nunca senti, poderosa. "Desculpa, agora vou dizer as coisas sem me importar se magoo alguém." cuspo." Estou farta das tuas merdas, das tuas manias, das tuas conversas de chacha, estou farta de me magoares, estou farta de tudo! Estou farta de te amar!" berro.

"Desculpa" oiço a sua fraca voz grossa.

"As coisas não são assim, Harry." cuspo, e sem pensar desligo o telemóvel, estou tão magoada. As suas palavras frias, são como uma faca no coração, e ele pensa que pode apenas fazer merda, e pedir descupa, que fica tudo bem, mas não fica.

Atiro o meu telemóvel para a minha cama, e dirigo-me até á casa-de-banho, lavo a cara, para que melhore o meu estado e amarro o meu cabelo num despenteado coque, seguindo depois para o quarto. As minhas malas continuam junto ao fundo da cama, em cima desta, dirigo-me até elas, colocando-as no chão, aos pés da cama, retirando de dentro de uma delas umas calças pretas de desporto, largas, e uma sweat cinzenta, vestindo-as rapidamente, devido ao frio que se faz sentir no meu quarto, calçando depois os meus All Star, de novo.

Coloco o telemóvel no silêncio, deixando-o em cima da mesa de cabeçeira e saio do quarto, dirigindo-me pelo grande e acolhedor corredor, desçendo depois as escadas, encontrando de novo a simpática mulher loira e o tal rapaz de olhos azuis, Tate, sim, Tate.

Dou-lhes um sorriso e olho para a minha mãe que me sorri de volta, juntamente com a simpática e o misterioso rapaz.

"A Zoe e o Evan vão ficar para jantar" a minha mãe explica, e ambos me dão um sorriso, retribuo. "Podes ajudar-me com o jantar?" ela pergunta levantando-se, assinto com a cabeça levantando-me do sofá, seguindo-a até á cozinha, fechando a porta atrás dela.

"O que se passa?"  ela pergunta, quando me sento, num dos grandes bancos á volta da mesa da cozinha.

"As coisas não estão bem com o Harry" suspiro e ela olha-me com atenção.

"Chatearam-se?" ela pergunta, mordendo o seu lábio inferior, e assinto com a cabeça, enquanto as lágrimas ameaçam sair.

"O que se passou?" ela pergunta e eu suspiro

"Ele disse-me que me amava" não consigo evitar não morder o lábio inferior.

"A sério?" ela parece entusiasmada." Mas, se ele te disse isso, porque se zangaram?"

"Acho que farias o mesmo, se alguém te dissesse que te amava, e logo de seguida chamava-te nomes e te humilhava" digo rindo, enquanto pequenas lágrimas correm lentamente pela minha face.

"Oh querida" ela apressa-se a abraçar-me, passando a mão várias vezes pelo meu cabelo, sentando-e logo de seguida no banco ao meu lado, egurando-me as mãos, fazendo-me olhá-la, enquanto sou engulida pelo choro. 

"Sabes?" ela começa, apoiando o seu queixo na minha nuca. "Tu sempre na vida vais ter desilusões, mas também vais ter surpresas. Não nos podemos prender a uma coisa, temos de a largar e seguir em frente, com ou sem ela, mesmo que seja importante, para nós. Vai sempre haver alguém que te vai mandar abaixo, mas sabes? Ações não definem pessoas, e muitas mudam, para melhor" ela beija a minha testa." Mas sabes? Podemos ser magoadas, mas se ama-mos essa coisa, não podemos simplesmente largá-la e seguir em frente. Se a amas, mesmo que ela te derrube, tu vais levantar-te, e segurá-la pela mão e dizer, " Todos precisamos de uma 2ª oportunidade" e vais puxá-la contigo e seguir em frente, enfrentando tudo. Porque a vida não é um mar de rosas, vais ter sempre alguém no teu caminho a derrubar-te, mas tens de ultrapassar isso"

"Ele estraga sempre tudo, quando estamos bem, e eu sou tão estupida"

"Tu não és estúpida" ela dá-me um sorriso fechado." Já pensas-te que talvez essa seja a personalidade do Harry?" ela pergunta e eu suspiro.

"Não, o Harry, simplesmente, não controla o que faz, tudo é uma ameaça para ele." digo. "Ele é uma pessoa zangada" 

"Ele não é uma pessoa zangada, é uma pessoa com traumas."

"Não, ele apenas é zangado, e não se controla."

"Emma, trabalho com todo o tipo de doentes mentais e com traumas, sei o que digo" como me podia esqueçer? A minha mãe é uma das grandes conhecidas psiquiatras, do país, é obvio que ela sabe do que fala, e talvez esse seja o problema do Harry, uma pessoa zangada, talvez o passado do Harry, seja a chave, para descobrir, este seu lado.

"Desculpa" choramingo, serrando os olhos, passando a mão pelo meu cabelo."Tens razão" concluo.

"O que eu estou a tentar dizer é isto mesmo, talvez o Harry seja assim, devido a algum problema, talvez familiar." ela explica. "Não quer dizer que isso seja uma doença, mas tenta perceber o que se passa com ele." ela sorri-me." Falem melhor, mas antes pensa na nossa conversa" ela sorri-me e apresso-me a abraça-la. 

"Obrigado mãe, não sei o que faria sem ti" abraço-a fortemente.

"Vou estar sempre aqui, para te ajudar e apoiar." ela sorri e beija a minha bochecha. "Agora vem" ela puxa-me para fora do grande banco. "Vem ajudar-me com o jantar" 

Desculpem este atraso, não tenho andado bem, e não tinha ideias o.e

Votem e Comentem! Digam-me o que acham que vai aconteçer quando ela chegar a Seattle.

P.s: Sigam-me no Twitter, e se quiserem perguntar alguma coisa, ou dar sugestões, mandem para lá (: @violetsuicida

E PARA ACABAR, DIA 26/02 SAI O 1º CAPITULO DA SPECIAL DEATH. s2

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