Nota: Oiçam a música que está aí em baixo, no sítio dos vídeos, até ao fim do capítulo (:
Rapidamente o ar quente do ar-condicionado invade o meu corpo, quando entro no carro suspirando, passo a minha mão pelo meu cabelo molhado, devido á chuva abudante, e logo de seguida esfrego os meus olhos com as minhas mãos, fazendo os meus dedos deslizarem pela minha face, chegando até aos meus lábios, fazendo-me lembrar o Harry.
"Aquele rapaz é.." a minha mãe quebra o silêncio. "Muito tatuado" ela diz, e reviro os olhos.
"Ele gosta" se o tema de conversa irá ser o Harry, prefiro mandar-me para fora do carro.
"Gostas dele?" a pergunta vem directa a mim.
"Devia?" não vou ter esta conversa, á frente do meu pai.
"Não é feio" ela começa. " Se fosse mais nova, aproveitaria."
"Mãe?!" exclamo, deixando o meu queixo cair.
"Ele pareçe gostar de ti. Conheces-o á muito tempo?" ela atira, quando o meu pai pára numa bomba de gasolina, saindo depois do carro.
"Qual é o interesse nele?" pergunto.
"Ele beija bem?" vou mesmo mandar-me para fora do carro.
"Porque achas que já o beijei, para estares a fazer essa pergunta?"
"Não sou parva, Emma" ela ri. " Entrei no quarto e ele estava sentado na tua cama, parecias assustada, depois ficaram imenso tempo no corredor, e ele veio trazer-te a mala." ela explica. "Têm algo?"
"Chega desta conversa!" digo rindo, e ela ri comigo." Não temos nada." concluo.
"Beija bem, pelo menos?" ela gargalha.
"Sim" murmuro, e a minha mão é levada até ao bolso das minhas jeans, retirando o meu telemóvel, dele, e colocando logo de seguida os meus headphones, quando o meu pai volta para o carro.
A musica ajuda-me a desligar do mundo, mas não de todo, porque faz os meus pensamentos exporem-se á flor da pele, dando-me oportunidade, de pensar demais, no que devia ter feito e não fiz, ou disse, ajuda sempre a mostrar-nos que há sempre coisas que ficam por dizer. O já conhecido sabor a menta apura-se, e apurando também os pensamentos, que quero enterrar, para mais tarde não me arrepender de tudo.
Esta espécie de relação, se é assim que se pode chamar, faz a confusão governar na minha cabeça. Não sei o que posso chamar a isto, e as mudanças de humor do Harry, nunca ajudam. Agora que reparo, ele mudou, consigo ver mudanças, apesar de não serem muitas, mas noto. Não vejo o Harry zangado como era, á algum tempo, e agora que penso, estará ele a guardar tudo para descarregar em mim, no melhor momento?
As suas palavras, de á pouco, voltam ao meu subconsciente, " Eles já sabem" "O que é que eles sabem?" " De nós" Não há um nós, Harry" "Ambos sabemos que há". Será que há? Nunca pensei bem nisto, e nunca falámos, em relação a isto. Já sabia que iria começar a pensar demais, nas coisas, e quando isso acontece, nada corre bem. Acho que penso demasiado nas consequências. Eu sei que ele gosta de mim, e eu gosto dele, tornou-se uma pessoa muito especial, desde o princípio, mas eu e os meus pensamentos, andam a adiar isto, e vou estragar tudo se não admitir rapidamente, que o quero só para mim. As confusões da minha cabeça vão acabar por estragar isto, e a nossa boa amizade, vou apostar nele, e ignorar o que os outros pensam, ou sente, em relação a isto, antes que seja tarde demais. Penso demasiado no que as pessoas pesam, ou dizem, isso faz-me ser insegura.Tmabém pelo facto, e nunca saber como o Harry vai ser, ele é tão confuso e imprevisível. Tão depressa é tão querido, como no minuto seguinte, pode tornar-se a pessoa mais arrogante, que conheço. Acho-me demasiado fraca, nunca me importei, com o que as pessoas diziam de mim, ou o que achavam de mim, mas desde que o Harry me magou e me deitou a baixo, com meras palavras que para ele são normais de se dizer mas que para mim, magoam imenso, já não sou a mesma pessoa. Tornei-me mais insegura de mim própria, e deixei de ser eu mesma.