32º Capitulo

122 12 1
                                    

"Querida, podes dar-me uma ajuda a acabar de preparar a mesa?" ouço a minha mãe da cozinha.

É noite de véspera de Natal e não podia estar mais ansiosa e feliz, por ver toda a minha familia junta, e ter um jantar, como não tenho a algum tempo. O jantar está pronto, a tipica toalha vermelha de Natal está posta, as luzes que enfeitam toda a arvore estão a pimpilar, os presentes rodam-na, a televisão passa os habituais filmes de Natal que toda a gente já viu, mas que vê outra vez porque é Natal, e as pessoas começam a juntar-se junto à lareira.

Parece que anos passaram desde que estive com os meus avós, tios e primos, quando na verdade, passaram apenas alguns meses. A minha mãe está preocupada com o facto de deixar queimar o perú e arruinar a seia de Natal e isso faz-me rir devido à vermelhidão nas suas bochechas, não pelo calor da lareira mas sim pela nervosidade. Perguntas são disparadas contra mim, se estou a gostar da Universidade, da área, como estão os namorados, perguntas de tia. Sinto-me livre delas quando a minha mãe avisa que o jantar está pronto e fico aliviada, tanto por aquela conversa acabar, como por ver que a minha mãe não queimou o perú, não está nos meus planos comer carne queimada no Natal. 

"Talves fosse melhor começar-mos a distribuição das prendas" a minha madrinha avisa um pouco depois da meia-noite e os meus primos englobados ainda na ideia de que o Pai Natal, o lendário velho vestido de vermelho com o seu gorro, barbas brancas e trenó puxado por renas, rapidamente correm até à árvore e avisam toda a familia que daqui a pouco o Pai Natal irá descer pela chaminé e deixar os presentes debaixo da árvore. Tudo era melhor quando eu também pensava assim, o Natal é mágico quando temos 8 anos e no dia 25 acordamos e corremos à velocidade da luz até à árvore para ver se o Pai Natal nos deu o que pedimos na carta que lhe enviámos na escola, que supostamente ia ter até à sua casa, no Polo Norte.

A minha mãe vê-se surpreendida quando vê o vestido que lhe comprei, não aquele horrivel trapo roxo que ela viu na loja, mas um que eu penso que ela irá querer usar todos os dias da sua vida, porque, se eu pudesse comprar imensos, eu usaria um daqueles todos os dias. 

Rapidamente, perco o sentido de ontem está o chão devido à quantidade de papel de embrulho rasgado que o cobre, laços, fitas e caixas. Uma ultima e grande caixa está junto à arvore e rapidamente me é dada para as mãos pela minha mãe, quando a campainha soa e ela se apressa a abrir a porta enquanto tento descubrir o que está ali dentro no meio de tanto papel, talvez seja daquelas partidas em que te dão uma caixa enorme para pensares que é algo grande, quando na verdade a prenda é uma caneta e todo o outro espaço da caixa é preenchido por esferovite, papel e sacos vazios.

"Emma?" ouço a minha mãe chamar da porta quando retiro metade dos papéis de dentro da caixa.

"Harry?" sou apanhada de surpreesa quando o verde dos seus olhos atravessam toda a sala até aos meus e um sorriso cuidadoso e nervoso é direcionado para mim, e a minha unica reação é atravessar a sala à velocidade da luz, não para ver que prenda o Pai Natal me trouxe, mas para o abraçar pelas saudades que tenho. "Harry" murmuro contra o seu pescoço quando os nossos braços se alcaçam.

"Feliz Natal miuda" ele ri puxando-me até à sala e eu acho que o vou sofucar se não largar o seu pescoço rapidamente. Largo-o e rio, ainda a tentar perceber se estou a ter alucinações devido ao fumo da lareira ou se ele foi doido ao ponto de atravessar o país. 

Os seus lábios colam aos meus e sinto-me como se fosse-mos os unicos naquela sala, e que não estão mais de 20 pessoas pasmadas a olhar para nós sem preceber nada, as saudades desaparecem quando volto a sentir o sabor a menta da sua língua, ele realmente deve estar sempre a lavar os dentes, ocorre-me e riu para mim própria pelo o que acabei de pensar.

"O que estás aqui a fazer?" não consigo parar de sorrir e honestamente, os meus maxilares estão a começar a doer.

"A Amy deixou queimar o perú, portanto, vim arriscar o da tua mãe" ambos ri-mos, adoro o seu bom humor e é de louvar quando o Harry não está a ser uma besta quadrada.

"Por pouco que a minha mãe o queimou, mas deve estar melhor que o da Amy" ele ri e abraça-me.

"Então és tu o Harry, que todos estamos fartos de ouvir falar" a minha mãe diz da sala de estar.

"Não me disseste que a tua rua vinha toda ao jantar" ele sussurra-me ao ouvido devido à quantidade de pessoas que estão em casa, realmente é muita gente.

"Este é o Harry" eu apresento-o, ignorando a sua observação. "Um.." não sei o que lhe chamar.

"Sou o namorado da Emma" ele diz por mim e o meu pai fica mais roxo que o vestido que a minha mãe experimentou naquela loja. Agarro o seu braço, não esperando o que vai sair da boca do meu pai.

"Prazer, sou o pai da Emma" o meu pai levanta-se e aperta-lhe a mão. " E por acaso, sei como usar uma espingarda." devia ter comprado um buraco, para o Harry se enfiar lá dentro.

"Prazer em conhecê-lo" ele sorri. "Suspeito que não vá ser preciso usá-la"

Apresentado a toda a gente, ele parece dar-se muito bem com os meus tios, primos e pai, e encontro-me com ciumes do meu pai, estar ter mais a atenção dele, do que eu. Soube tão bem vê-lo, tinha imensas saudades e esta foi definitivamente uma boa prenda de Natal.

"Harry?" eu chamo-o e ele rapidamente olha para mim, quando a maioria da minha familia já foi embora, e ele está a falar com o meu pai. 

"Diz?" ele pergunta e senta-se ao meu lado no sofá.

"O meu pai fica demasiado entusiasmado quando lhe dão demasiada atenção" digo-lhe a rir e agarro a sua mão.

"Isso pode ser bom, ele deixou bem claro que sabe usar uma espingarda" ele ri e ambos olha-mos para ele.

"Ainda não me disseste porque vieste cá"

"Não gostaste da surpresa?"

"Gostei, só não estava à espera"

"Isto realmente é melhor do que ir aquele estupido jantar de Natal, ou desculpa para beber e fazer uma festa." ele diz. "Tinha saudades."

"E estás a pensar ficar quanto tempo?"

"Até me mandares embora" ele ri.

"Acho que isso não vai demorar muito tempo até acontecer" eu gozo e ele ri.

"Vem" eu puxo-o pelas escadas. "Vou mostrar-te onde vais dormir" digo-lhe enquanto subimos as escadas e nos dirigi-mos até ao quarto de hóspedes.

"Espera" ele pára-me quando abro a porta do quarto. "Achas mesmo que eu vou dormir aqui?" ele gesticula sobre o quarto.

"Então?"

"Eu não atravessei o país para vir ter contigo e conheci o teu pai para dormir longe de ti."

"E aliás, eu ainda não te dei a minha prenda" ele solta um sorriso malicioso e eu percebo-o apenas por isso.

"Percebi" murmuro e digo e o seu lábio inferior é preso entre os seus dentes, quando o puxo até ao meu quarto. Onde rapidamente o meu corpo é atirado até à cama, pesando com grande parte do seu.

Cada beijo investido na minha boca, é cheio, cheio de paixão, loucura e ansiosidade, cada toque. A minha pele arde quando os seus dedos a traçam. Os seus dedos traçam um caminho imaginário pelo lado lateral da minha anca e perna e a minha espinha dobra quase involuntariamente, rapidamente a minha camisa é retirada pela minha cabeça e cada centimetro de pele é coberta pela sua boca. Rapidamente me apresso a retirar a sua t-shirt, descobrindo a tinta por todo o seu peito e braços, reparo que ele está muito mais em forma desde a ultima vez que o vi. Os nossos corpos tocam-se por cima do inutil tecido, que rapidamente é tirado de nós e cada parte do meu corpo é arrepios. Cada momento com o Harry faz-me esquecer tudo, faz-me sentir tão bem, tal como um vicio, a porra de um vicio que nos faz desejar essa coisa como nunca. Ele é o meu vicio, o seu toque é o meu vicio, o seu corpo suado contra o meu, os gemidos abafados contra o meu pescoço são a filha da puta de um vicio, um preenchimento de paixão e loucura, que eu quero sentir para sempre.

Unconditionally | hsOnde histórias criam vida. Descubra agora