Já está a escureçer, e eu estou a tentar arranjar coisas para fazer, para não pensar em coisas que não devia. Meto o que estava a fazer em cima da pequena secretária, de madeira clara, e preparo-me para dormir. Precisava de um banho, para me desligar desta merda toda, mas estou sem paciencia para tal coisa. Visto o meu pijama, ainda sem novidades da Amy, e preparo-me para dormir.
Acordo com o barulho da porta, devendando atrás dela, a Amy, entrando devagar, aumentando o passo quando repara que estou acordada.
"Bom dia, não te queria acordar" ela sorri.
"Não há problema" digo-lhe sentando-me na cama, prendendo logo asseguir o meu cabelo no coque despenteado.
"Queres falar?" Já sei que o Harry contou-lhe tudo o que aconteçeu aqui, ou espera, ele fez de mim a má da fita.
"Sim" suspiro.
"Ele disse-me o que aconteçeu. Voçês estão sempre a discutir Emma?"
"Pelos vistos, esse é o nosso método de comunicação" cuspo
"Estavam a tentar dár-se bem?"
"Sim, até ele chegar aqui, estragar tudo, e eu explodi e disse-lhe das boas"
"Ele contou-me que lhe chamas-te pega"
"Oh, e não te contou que me chamou pita iludida?" riu-me sarcasticamente. " Claro que não contou"
"Não.. não disse nada disso. Ele chamou-te isso?"
"Sim"
"Como estão as coisas entre voçês?"
"Não me pareçe que ele me queira ver tão proximamente"
"Então?"
"Dei-lhe um estalo" cuspo
"Deste oquê?!" ela grita, abrindo-me os olhos.
"Isso mesmo. Não deixo que um gajo daqueles me chame nomes e depois ainda se fica a rir"
"Sabes que a ultima rapapriga que lhe deu um estalo, ele bateu-lhe"
"Amy, deixa-me rir, ele até deixou exclarecido que não bate em gajas como eu. Que gay"
"Não tens medo dele, pois não?"
"Não tenho medo! Tenho pena da mãe dele, que tem um filho destes!"
"A mãe do Harry está morta.."
O meu coração parou, não sabia que a senhora estava morta, nunca me ninguém me tinha dito, nem esperava que ele me contasse algo sobre ele. Tenho vontade de espetar com a cabeça na parede por ter dito isto.
"Está? Oh Amy, eu não sabia.."
"Oh, não faz mal, eu percebo" ela faz um sorriso forçado.
"Passa-se alguma coisa?" pergunto, com os olhos cheios de preocupação.
"Hm, não" ela tenta sorrir.
"Desculpa assério, não sabia que ele não tinha mãe."
"Não te preocupes, tu não sabias, é normal."
Não fazia a minima ideia disto. Quero acabar com esta conversa o mais depressa poccivel, sinto-me mal, por ter dito aquilo, e não quero mais falar nisto.
Suspiro e levanto-me da cama, dirigindo-me á casa-de-banho, para tomar um banho.
A água quente corre pela minha cara, e afogo-me nas minhas lástimas. Os pensamento vêm á flor da pele, o que causa um arrepio pela minha espinha acima. Todos os pensamentos, os momentos, as palavras, até as brigas, os sorrisos, as gargalhadas, os abraços, as conversas, os beijos e os olhares, sobem á minha cabeça, e sinto os meus olhos arderem, e a minha cara fica molhada. As lágrimas inssistem em escorregar pelas minhas bochechas, e a saudade aumenta. O sentimento, também aumenta, a cada dia que passa. Baixo a cabeça, e deixo os meus pensamentos, virem ao de cima, enquanto a água quente cái.
Abro os olhos lentamente, e desligo a água, levnatando-me, metendo uma toalha, á volta do meu corpo húmido, e outra á volta do meu cabelo. Visto uma roupa confortável, não tenho em mente sair deste quarto, até porque tenho a certeza de que para onde for, ele está lá.
Seco o meu cabelo, a amarro-o num bagunçado coque. Sei que não devia estar triste, até porque ontem diverti-me imenso a brigar com ele, mas não me arrependo de lhe ter batido. Eu não sou um boneco, com que ele pode brincar quando quer. Não vou falar com ele, nem ele precisa de vir falar comigo.
Saio da casa-de-banho, para encontrar a Amy, que se encontrava ao colo de Zayn, na sua cama. Eu sabia que havia algo entre eles, a Amy, é que não me disse nada. Assim que me vê, ela levanta-se rapidamente do seu colo e senta-se ao seu lado, consigo ver as suas bochechas vermelhas.
"Deixa estar, pensas que não sabia?" riu-me. Eles riem de volta.
"Desculpa não te ter dito, antes" ela torçe o nariz.
"Sem problema" riu-me." Não estejas nervosa e envergonhada" riu-me alto.
"Pois, agora percebo o que sentiste quando te apanhei a beijar o Harr.." ela pára quando percebe o que está a dizer, e tapa a sua boca com a mão. Voltou a tocar no meu coração e a puxar os pensamentos de volta á minha cabeça. Tento dar-lhe um sorriso forçado, mas ela percebe.
"Desculpa Emma, não queria.." ela desculpa-se. Sei que não fez por mal.
"Não te desculpes" abano a cabeça e rio-me forçadamente, voltando a voltar a arrumar as minhas coisas.
"Peço desculpa assério"
"Não peças desculpa Amy, assério" olho-a nos olhos e digo-lhe sinceramente. Percebo depois que o Zayn, não estava a perceber nada da conversa, e está confuso.
Oiço uma batida na porta, e vejo a Amy levantar-se. Continúo a arrumar as minhas coisas, e sento-me ao pé de Zayn.
"Parabéns! Estou farta de a ouvir falar de ti" rio-me dizendo-lhe. Ele ri-se comigo.
"Eu ouvi-te!" oiço a Amy gritar e rimo-nos de novo.
"Isso é bom sinal?" ele pergunta-me sussurrando-me, rindo-se.
"É" sorrio.
Fico imóvel quando vejo uma figura alta, mesmo em frente a mim, os seus olhos espalham ódio por aquele quarto e frieza.
"Harry?! Eu disse-te para não subires! Merda!"
"Vou arrumar as coisas lá dentro" digo, levantando-me da cama, sem lhe dirigir nenhum olhar, quero sair dalí o mais depressa possivel.
"Emma, espera" a Amy chama-me, e segue-me logo de seguida até á casa-de-banho."Desculpa, eu disse-lhe para não subir" ela suspira e baixa a cabeça.
"Está tudo bem" esfrego a minha mão no seu braço, tentando mantê-la confortável. " Porque é que ele subiu?"
"Não sei, mas não te preocupes, vou levá-lo daqui" ela dirige-se para a porta da casa-de-banho.
"Espera" agarro-a pelo braço. "Não me vou esconder por causa dele" sorrio.
"Sim, não podes esconder-te dele" ela sorri-me. Sigo-a até ao quarto, e encontro o Harry e o Zayn, sentados na cama da Amy a falar. dirigo-me á minha cama e sento-me nela.
"Vamos?" A Amy pergunta-lhes, e ambos se levantam, seguindo-a até á porta.
"Se precisares de algo, liga" ela sorri-me, antes de fechar a porta.