Decisões incertas

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Acordei com uma tempestuosa dor de cabeça, olheiras horrendas e uma vontade imensa de continuar deitado para sempre

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Acordei com uma tempestuosa dor de cabeça, olheiras horrendas e uma vontade imensa de continuar deitado para sempre. Levantei da cama, entrei no banheiro, tomei um banho bem quente e demorado, me sequei e vesti uma roupa qualquer.

Meu café da manhã já estava na mesa, com um sorriso estridente do meu irmão e um abraço caloroso do meu pai, sempre de bom humor.

— Nossa, Louis! Que cara é essa? — Harry indagou.

— Bom dia para você também, mano! — retruquei.

— Bom dia, estressadinho. — ele fez cara feia. — Adolescentes! — bufou.

— Não estou irritado, só não entendo porque já começou a implicar comigo de manhã. — expliquei.

— Eu só estava brincando. — gritou ele.

— Não interessa, só não estou afim de brincadeira hoje. — respondi raivosamente.

— Ah, beleza! Agora preciso adivinhar quando o senhor raivinha está de bom humor. — debochou.

— Você só deveria ser menos irritante

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— Você só deveria ser menos irritante. — disse eu.

— E você menos chato e rabugento. — retrucou ele.

— Chega vocês dois! Preciso de paz de manhã, colaborem! — gritou meu pai.

Tomamos o café em silêncio, e 30 minutos depois, levantei da cadeira e fui até meu pai.

— Desculpe, meu velho! Não devo descontar minhas frustrações em vocês. — dei um beijo no rosto dele.

— Hum... frustrações de quê? Contas para pagar ou está precisando de um emprego? — indagou Harry.

— Cala a boca, Harry! Que saco! Eu tenho outros problemas. Você que deveria sair para trabalhar ou vai atrasar-se. — falei.

— Eu sei a minha hora. — retrucou ele.

— Então tchau! — disse eu rispidamente. — Te amo, papai! — dei um abraço nele.

Sai de casa e comecei a caminhar até a escola, pois não queria pegar ônibus hoje. Cheguei à sala, coloquei minhas coisas na carteira, fui ao meu armário, abri-o e comecei a procurar uns livros.

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