Com amor, Shawn!

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O beijo dele me deixou extasiado, enquanto os braços dele envolviam-me em um abraço caloroso. Em seguida, nossos olhares se cruzaram, e meu corpo tremeu complemente, como uma chama atiçada pelo vento.

— Eu gosto muito de você! — ele olhou fixamente para o meu rosto.

— Me solta! — empurrei-o devagar.

— Porra! Eu digo que gosto de você , e me retribui assim? — falou ele.

— Gosta nada, Nick! Você só quer me comer. — disse alto.

— Beleza então! Quer saber, fica lá com o seu novo amiguinho, quem sabe ele não é melhor pra você do que eu. Devo ser um babaca completo mesmo, não consegui nem conquistar o menino mais doce, fofo, carinhoso e lindo do colégio. — ele virou as costas. — Aqui, posso ser o cara mais grosseiro do mundo, um idiota, mas eu te amo! Vou sempre proteger você, mesmo você não querendo ficar comigo. — ele saiu andando em passos largos.

Comecei a me deslocar em direção à portaria principal, quando uma enxurrada de culpa e remorço caiu sobre mim. O Nick era tão gentil comigo, mas ainda não consigo perdoar o jeito que ele me deixou lá na praia, a maneira como ele brigou comigo, fiquei muito chateado. Ainda sinto medo, fico pensando na raiva dele, se um dia ela poderia se voltar contra mim.

— Louis?

...

— Louis?

...

— Terra chamando Louis... Louis? — o menino continuou estalando os dedos e exclamando meu nome.

— Harry? O que você está fazendo aqui? — perguntei.

— Papai mandou vir te buscar. — ele respondeu. — Está tudo bem? — questionou meu estado momentâneo.

— É... tô sim! — entrei no carro e coloquei o cinto de segurança.

— Eu... hmmm... queria pedir desculpas. — Harry gaguejou.

— Oi? Não ouvi direito! — fiz cara de confuso.

— Desculpa! — ele gritou.

— Ain, meus tímpanos! — ri alto.

— Idiota! — ele sorriu.

— Desculpe-me também. Você só estava brincando comigo, e eu gritei sem motivo nenhum contigo.

— Desculpas aceitas! — ele passou a mão em meus cabelos. — Vamos para casa? — ele perguntou.

— Vamos sim! — disse eu.

— Bom, antes iremos passar em um lugar que mudará nossas vidas. — falou ele.

— Oi? Onde? — retruquei.

— Secret! Você vai descobrir! — ele começou a dirigir o carro.

— Ahhhhh! Sabe que sou curioso, sendo assim, não sou muito fã de segredos! — expliquei nervoso.

— Calma! É rápido! — exclamou animado. — Louis, eu só quero que você compreenda, por favor. Sem surto, nem grito e sem ficar estressadinho.

— Ih, vai começar! O que é agora? — murmurei.

— Quero que você descubra o real motivo por termos vindo morar aqui.

— Ué, não foi pelo novo emprego do papai? — olhei para ele.

— Foi! É... mais ou menos! — Harry parou o carro em frente a uma casa cor de goiaba bem simples e sorriu.

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