20 - A CHEGADA DE UM ANJO E AS REVELAÇÕES

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A rodoviária, como sempre, está repleta de pessoas indo e vindo de todas as partes, apesar de ser tão cedo. A Simone está impaciente a espera da sua pequena Ângela, o seu único consolo são as brincadeiras do Eduardo.

Como sempre, ele costuma reparar em todas as pessoas que passam por eles, faz comentários sobre a forma da pessoa se vestir ou de quem elas estão acompanhadas, porém, ele faz isso apenas para descontrair, principalmente porque coloca os seus próprios defeitos no meio da confusão, com isso sempre faz a Simone rir muito.

Finalmente, o ônibus vindo do Rio de Janeiro chega com trinta minutos de atraso. Os passageiros começam a descer, porém, nada da Ângela e da Rose aparecerem, até que a pequena aparece nas escadas, descendo-as, seguida de perto por sua acompanhante.

A Ângela é a cópia praticamente exata da sua mãe, a diferença entre elas está no cabelo que na menina é liso naturalmente e castanho escuro, quase preto. Outra diferença é que a pequena está um pouco acima do peso devido à sua imensa vontade de comer somente besteiras, o único exercício físico que gosta de fazer para queimar as gordurinhas é dançar.

Muito vaidosa, assim como a mãe, gosta de usar vestidos, sandálias de saltos, bijuterias e maquiagem, assim, se sente bem ao trajar um vestido rodado na cor marinho de alcinha fina e com bolinhas pequeninas na cor branca. Sandália preta com salto baixo e quadrado, brincos dourados com pingente em forma de asas, uma correntinha dourada no pescoço com pingente de anjo, maquiagem bem suave quase imperceptível.

Rosilene da Silva Rocha, vulgo Rose, é uma mulher de quarenta e oito anos, de estatura baixa e corpo esguio. Pele morena, olhos negros assim como o seu cabelo que é liso e longo. Bisneta de índios e negros possuí muitos conhecimentos sobre as plantas medicinais e as suas propriedades. A sua religião é a Umbanda devido à descendência africana, por isso utiliza os dois conhecimentos para fazer o bem e trazer alívio aos males das pessoas com quem convive. As suas roupas são simples, não gosta de usar roupas chiques ou caras. Prefere calças jeans clara e blusinhas de cores claras.

Quando a Ângela vê a sua mãe corre para abraçá-la, enquanto a Rose espera na fila, ao lado do ônibus, para pegar as malas no bagageiro.

— Mãe! Que saudade! — A Ângela exclama entusiasmada.

— Eu é que estou com mais saudades, minha Anjinha linda! — responde agarrando-a e enchendo-a de beijos por todo o rosto.

— Ai, já tá bom, mãe! Chega! — ri.

— Só estou tentando matar a minha saudade. — sorri — Lembra do meu amigo, Dudu?

— Lembro por causa das fotos do Orkut. — A menina responde olhando para ele, eis que ela o cumprimenta com sorriso tímido — Oi.

— Oi, Ângela! — O Eduardo abre um grande sorriso para ela — Quanto tempo?! E como você cresceu! Já é uma moça!

A Ângela, ainda com um sorriso tímido, abraça novamente a mãe. A Rose se aproxima da grade que separa os passageiros daqueles que os esperam, puxando duas malas pretas, grandes e com rodinhas, além de uma mochila preta grande nas costas. O Eduardo vai a seu encontro para ajudá-la, quando ele puxa a bagagem se espanta com o peso.

O Despertar dos Sentidos [LIVRO 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora