A floresta sombria

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- E o plano seria correr por aí gritando o Methews? - Pergunta Charlotte.
- Sem lembrar da fumaça. - Diz Cristyane.
- Relaxa, Anny não sabe que fugimos, então ela acha que ninguém está por aí, sem contar que estamos em um local de Fairy que ninguém seria louco de entrar. - Diz Daniela.
- Algum motivo em especial? - Pergunta Austin.
- Essa parte da floresta sofreu muito nas mãos de Anny, fazendo com que ela ficasse escura, praticamente sem vida "humana", todos que entraram se perderam e nunca saíram, acreditam que monstros desconhecidos vivem aqui, e que pode ouvir gritos de pessoas que nem estão aqui. - Diz Daniela.
- Como assim? - Pergunta Caroline.
- Tem um monstro, ele tem vários insetos em seu pelo, esses insetos ficam voando e para desabilitar seu oponente, ele emite um pedido.de socorro, só que imitando a voz de quem você mais ama. - Explica Daniela.
- Caraca, mas não podemos ir pra outro local? - Diz Austin.
- Bom, temos duas opções, a primeira é voltar para o palácio e morrer ou seguir em frente, mesmo que também possa significar nossa morte. - Diz Daniela.
- Seguir em frente né? Até porque não temos uma opção melhor. E por quanto tempo dura os gritos desses insetos? - Pergunta Caroline.
- Não sei, acho que até desmaiar, e aí eles comem seu corpo. - Diz Daniela.
- Tem algum jeito de evitar esse bichos? - Pergunta Caroline.
- Sim, tapar os ouvidos antes que eles gritem, deitar no chão e fingir de morto, e assim que eles pararem de gritar, você os mata. - Diz Daniela.
- Tem como matar o monstro que solta esses bichos? - Pergunta Austin.
- Acho que sim, ninguém nunca conseguiu, mas não quer dizer que não possamos tentar. - Diz Daniela.
- Espera, disse que ninguém sai daqui, então estamos presos? - Pergunta Charlotte.
- Não, mais ou menos, acho que vamos conseguir sair. - Diz Daniela.
- Então... Tampar os ouvidos né? - Pergunta Austin.
- Sim, por que? - Pergunta Daniela.
- Porque eles estão vindo, rápido cubram os ouvidos. - Grita Austin.

Todos conseguem tampar os ouvidos, menos Charlotte, rapidamente Daniela cobre os ouvidos de Charlotte mas Daniela não consegue se salvar.

- Dani... Socorro, você tem que me ajudar, Daniiiiiii. - Grita os insetos ao som da voz do pai de Daniela.
- Nada disso é real, tente se proteger. - Grita Cristyane.

Mesmo com Cristyane tentando ajudar, Daniela não consegue levantar suas mão para se proteger e desmaia,  todos deitam e fingem que morreram. Os insetos são grandes, e param de gritar, se aproximam do corpo de Daniela para se alimentar, mas Caroline os queimam antes de acontecer algo com Daniela.

- Todos morreram. - Diz Austin.
- Sim. Aus, você pode carrega-lá? - Pergunta Caroline.
- Claro, mas para aonde vamos?
- Não sei, precisaremos de água. Carol, voe e veja se encontra algum rio ou algo assim. - Diz Charlotte.
- Ok. - Diz Caroline.
- Enquanto ela voa, vou procurar comida. - Diz Charlotte.
- Cuidado Charlotte. - Diz Cristyane.
- Tudo bem, não se preocupe. - Diz Charlotte.

Charlotte pega um pedaço de madeira bem afiado e sobe em uma árvore para tentar encontrar alguma comida até que Caroline volta para o grupo.

-Charlotte, encontrei um rio aqui perto, vamos para lá tentar algo. - Diz Caroline.
- Vamos então.

Todos vão segundo Caroline. Cristyane vai pelo caminho todo tentando usar seus poderes mas sua cabeça está cheia da cena de ver Klaus traindo o grupo, ela não consegue se concentrar em nada, Charlotte percebe que Cristyane está meio chateada então tenta ajudar.

- Cristy, tenta ignorar o que vimos hoje, e tenta se concentrar somente nos poderes, talvez consiga algo. - Diz Charlotte.
- Obrigada, você sempre sabe de tudo né? - Pergunta Cristyane rindo.
- Eu tento. - Responde Charlotte sorrindo.

Eles caminham por pouco tempo e encontram o rio.
Charlotte pega a casca de uma fruta bem grossa e forte, coloca água do rio e rasga uma parte do seu sobretudo, ela joga água aos poucos no tecido rasgado e coloca na testa de Daniela, mas nenhum sinal de melhoramento.
Duas pessoas aparecem saindo do meio do rio.

- Pela roupa de vocês eu acredito que sejam os tais rebeldes da resistência. - Diz um homem misterioso.
- Quem está aí? - Pergunta Caroline com uma bola de fogo em suas mãos.
- Calma fadinha, não queremos machucar vocês, se não já teríamos feito. Sou Elisa, rainha de Atlântica, e esse é meu marido o rei Mark. - Diz Elisa.
- Espera, atlântica a cidade submersa? - Pergunta Austin.
- Isso mesmo jovem guerreiro. - Diz Mark.
- Então vocês seriam sereias e tritões? - Pergunta Charlotte surpresa.
- Nunca chamaram o nosso povo assim, mas creio que somos isso. - Diz Elisa.
- Podem vir ajudar a nossa amiga? Um monstro a machucou muito. - Diz Cristyane.
- Claro querida. - Diz Elisa.

O rei e a rainha se aproximam e seus rostos ficam mais claros. Elisa é ruiva de olhos verdes, usa um vestido verde, Mark tem olhos azuis, barba e cabelos brancos mas não aparenta ser tão velho, sua roupa é como uma armadura azul turquesa.

- Vocês não tem caudas? - Pergunta Cristyane.
- Olha só, aparentemente já ouviram bastante da gente, só não sei aonde. - Diz Mark.
- Tem razão pequena feiticeira, mas controlamos quando queremos caudas ou pés. - Diz Elisa.
- Entendi, mas vem cá, como sabe o que somos? Tipo, feiticeira, guerreiro e... Bom não sei o que a Dani é. - Diz Cristyane.
- Conseguimos identificar as espécies, mas a sua amiga desmaiada por algum motivo não sabemos. - Diz Mark confuso.
- Enfim, vou mandar meus filhos trazerem os remédios para sua amiga. - Diz Elisa.

Elisa começa a cantar como em um chamado só para sereias e tritões, é um som encantador.
Dois jovens aparecem no rio rapidamente.

- Pessoal esse é meu filho mais velho Phillipe, tem meus cabelos mas os olhos do pai. - Diz Elisa.
- Ah, prazer. - Diz Phillipe olhando diretamente para Charlotte.
- Já a Lisa tem os cabelos do pai mas os meus olhos, dois anos mais nova que o Lipe. - Diz Elisa.
- Desculpa cortar seu clima familiar mas precisamos da Daniela acordada porque vamos lutar daqui poucos dias. - Diz Austin.
- Ah sim, pois bem, Lisa já sabe o que fazer. - Diz Mark.

Lisa fecha os olhos por alguns segundos, coloca as mãos no peito de Daniela, ao abrir seus olhos, suas mãos começam a brilhar e uma luz aparece no coração de Daniela, a luz começa a subir e escurecer, até que sai um inseto da boca de Daniela.

- On... Onde estamos? - Pergunta Daniela meio tonta.
- Aí graças a Deus você está bem. - Diz Austin.
- Acho que estou bem. Conheço esses reis, por histórias mas quem é essa menina de cabelo branco?
- Dani, essa é Lisa, e ela salvou sua vida. - Diz Cristyane.
- Elisa obrigado por toda a ajuda e remédios para ajudar na recuperação de Daniela. - Diz Caroline.
- Por nada, qualquer coisa só chamar por essa concha. - Diz Elisa.
- Já que está aqui, precisamos de alguns homens do seu exército, e se possível, preciso que vocês reúnam quantas pessoa possíveis disposta a lutar, não importa a espécie. - Diz Charlotte.
- E pra que seria? - Pergunta Mark.
- Precisamos de ajuda, pois daqui alguns dias, o reinado de Anny sob Caeruleum vai cair. - Diz Charlotte.

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