2 - My Happiness (KIM JUN-MYEON)

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INSPIRAÇÃO: Mary’s Song – Taylor Swift

Boa Leitura!

⚜⚜⚜

“Eu ainda olharei pra você como as estrelas que brilham...”Taylor Swift {Mary's Song} 

     Recordar é sempre bom, se tratando em boas memórias então é ainda melhor. É desta maneira que me pego recordando de tudo em mais uma tarde de outono. Sentada na varanda de casa, observo as folhas amarelada atingirem o gramado, assim toda a vegetação ao nosso redor se prepara para a chegada de mais um inverno. Não sei dizer ao certo se é essa a minha estação do ano favorita, porém, a maioria de nossas datas mais importantes aconteceram nela.

    Lembro-me vagamente do dia em que nos conhecemos. Eu tinha em torno de sete anos e ele acabava de completar nove. Os garotos implicavam comigo no parque próximo à minha casa, então meu herói apareceu. Talvez Jun-myeon nem sabia o que estava fazendo aquela época, mas graças à sua ação para proteger que pouco conhecia, retornei para casa sem um arranhão. Aquela foi a primeira vez que o observei, e foi ali que a admiração nasceu.

     O olhei e desde então, o admirei como admiro as estrelas que brilham no céu, passei a tê-lo como um parte importante da minha vida. A amizade foi inevitável, tanto que com o passar dos anos, nossos pais costumavam fazer brincadeiras como: "Olha só para eles. Vão crescer, se apaixonar e casar algum dia”. Bobagem, nem sabíamos o que era de fato um casamento, porém, deveríamos ter acreditado neles. Enquanto afirmávamos que éramos apenas amigos, os mais velhos já previam parte do futuro.

     Lembro-me da casa-da-árvore no quintal, do meu clube de adolescência que se encontrava ali todos os sábados pela manhã. Me recordo com precisão de quando minhas amigas me pediam para afastá-lo. “Pare de andar com ele”, essa é a frase que escutava constantemente. Diziam isso usando como desculpas o fato de Jun-myeon der um cara mais velho. Sempre tive uma personalidade forte, que sorte a minha não ter dado ouvidos a elas. Afinal, são apenas dois anos e alguns meses de diferença, coisas que se tornam apenas números se tratando de amor.

     Não dei ouvidos a elas, até porque ele sempre foi um cavalheiro comigo. Por conta de minha conduta acabei perdendo inúmeras amizades, as mesmas que depois descobri que só tinham inveja de nossos sentimentos. Naquela época nosso mundo se resumia apenas em uma quadra, eu e minha visão limitada sobre o mundo à nossa volta. Recordo-me de quando o desafiei a me beijar, de quanto suas bochechas ficaram vermelhas, e de como Jun-myeon saiu correndo por conta de sua timidez. Éramos apenas duas crianças, apesar de que nossos corações já reconheciam tal sentimento.

     O tempo passou, completei meus dezesseis anos, não era mais a garotinha que ele estava acostumado a ver. Cresci, não fiquei tão alta quanto imaginava, mas foi o bastante para me sentir bem. Seus olhos ainda continham o brilho que tanto amo, eles nunca saíram dali. Nessa época meu pai passou a sentir ciúmes, coisa de sua proteção, acredito que o mais velho tenha despertado, e reconhecido que aquelas brincadeiras de infâncias se tornaram reais. Jun-myeon e eu nos apaixonamos intensamente, e não era coisa da idade.

     Lembro-me daquela fuga para o parque de madrugada, minhas risadas enquanto ele dirigia sua caminhonete às duas da manhã. Tal aventura me fez perceber que a única coisa que eu precisava era dele ao meu lado, no entanto, naquele mesmo dia ocorreu nossa primeira briga séria. O motivo não consigo me recordar bem, apenas sei que ambos ficamos magoados por palavras proferidas sem pensar. Saímos em lágrimas, até tentei ir embora sozinha, porém, Jun-myeon me convenceu a entrar no carro e me deixou na porta de casa.

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