Tentativa falhada

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Pov Heaven

A Rose tem sido muito querida comigo, estamos a caminho do hospital e estou com um pouco de receio porque vão-me fazer perguntas atrás de perguntas para tentarem saber o que se passou. Será que deva contar a verdade? Tenho medo que meu pai descubra onde estou e me venha buscar, quer dizer eu de certeza que vou para um orfanato, mas a culpa do meu pai estar num estado psicológico muito grave é minha, se eu não tivesse chamado a minha mãe e o meu pai para me ajudar nada disto tinha acontecido. Ele tornou se frio, arrogante, bêbedo e depois do que ele me fez tenho nojo dele.

Rose- Querida chegamos, vamos entrar?- Rose diz me com a sua voz doce e calma.

Eu- Sim...

Rose- Independentemente de tudo eu estarei aqui para te ajudar.

Eu- Obrigada Rose.- tento forçar um sorriso que tenho a certeza que saiu completamente falhado, entramos e Rose foi direta à receção para falar com a senhora magra que estava atrás do balcão, ela nao era muito simpatica e por mais que a Rose tivesse dito que era urgente um médico ver me, ela simplesmente disse para ficar a aguardar e que tinha gente à nossa frente.- Rose não se chateie, tudo a seu tempo.

Rose- Querida não percebes que podes estar magoada fisicamente por dentro? Sinceramente não sei onde arranjam gente COMO ESTA SENHORA PARA TRABALHAR EM HOSPITAIS.- ela grita esta última parte quando ja estavamos sentadas e a rececionista revirou os olhos e eu estava a tentar não me rir da situação.

Xxx- Olhe podiam chegar cá para fazer a ficha de paciente.- a rececionista chama.

Rose- Olhe é assim...- Rose já estava irritada e começou a andar até ao balcão.- Ou nos atendem agora ou quero o livro de reclamações.

Rececionista- Pronto, pronto aguardem um momento que eu ja as chamo para entrar.

Rose- Obrigada.- Rose da um sorriso falso e volta a sentar-se e eu so me queria rir, mas não o fiz porque estava a pensar que se a Rose não soubesse disto ela não teria agora problemas com esta senhora antipática.

Eu- Desculpe Rose por lhe estar a arranjar problemas.

Rose- Não digas asneiras, eu se estou aqui contigo foi porque te quis ajudar.

Eu- Mesmo assim, eu vou embora e talvez volte para casa, o meu pai não fez aquilo de propósito tenho a certeza.

Rose- Claro que fez, ele é um monstro não voltes para lá vais sofrer até ao resto da tua vida. Vais submeter te a estar sempre a fazer tudo por ele? A que ele te bata sem mais nem menos? Tu es jovem precisas de conhecer o mundo que te rodeia, não estar presa em casa sem ver nada nem ninguém. Tu tens que ter um futuro bom. Por favor deixa me ser eu a tratar de ti.- as minhas lágrimas não tardaram a vir, a Rose tinha razão eu nao mereço ter a vida que o meu pai me dava, não quero ser escrava de ninguém.

Eu- Sim, mas...- eu ia falar mas fui interrompida por uma voz na sala de espera a dizer para eu entrar. Olhei para Rose e ela para mim e andamos até ao consultório.

Doutor Robert- Bom dia.- o médico ja tinha os seus 50 e tais anos, estatura média, não era muito simpático, mas também não era antipático.- O que as trás aqui?- eu nesse momento bloqueei e só queria chorar e Rose percebeu o meu estado e começou a falar.

Rose- Doutor o assunto é muito sério e grave ao mesmo tempo por isso tudo o que lhe conta não pode sair daqui de dentro.

Doutor Robert- Desculpe mas se é tão grave como diz eu não posso ficar calado.

Eu- Peço desculpa ter feito perder o vosso tempo, mas eu não consigo. Rose podemos ir?

Rose- Claro que sim.- levantamo nos e Rose despede se do médico e saímos. Eu nao conseguia parar de chorar porque eu não ia conseguir imaginar que alguem soubesse da minha história para além da Rose.

Eu- Desculpe me a sério, só fiz perder o seu tempo.

Rose- Nada disso. Agora vou te levar para casa para descansares, mas tenho que sair para tratar de umas coisas, não te importas de ficar com o meu filho pois não?

Eu- Não.- Entramos no carro em direção a casa o caminho foi feito em silêncio ate chegar mos.- Rose?- chamei quando iamos a entrar em casa.

Rose- Diz-me meu anjo.

Eu- Obrigada pelo que fez hoje por mim.

Rose- Não foi nada de mais. Não ia deixar uma jovem abandonada, sem nada num banco de rua a dormir.- Eu abracei me a ela e penso que foi uma sorte ter encontrado Rose neste dia...

Three empty words [S.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora